Já se passaram quase 100 anos desde a publicação de “Cinema contra Cinema”, um estudo de Joaquim Canuto sobre os aspectos práticos e teóricos da utilização do cinema em sala de aula, acrescido de um projeto-piloto entregue à então Diretoria de Ensino do Estado de São Paulo que nunca saiu da gaveta. A ideia do cinema curar-se de si mesmo talvez soe dicotômica demais para nosso ouvido moderno, como se houvesse um cinema infesto e um outro higiênico. Entretanto, a ideia do cinema contrapor-se a si mesmo parece conservar certa vitalidade, merecendo ser revisitada.