Entra ano e sai ano e o debate a respeito do lugar da tradição na Dança Contemporânea é figurinha carimbada nos fóruns de conversa. Ontem e hoje se reuniram os artistas, estudantes e estudiosos no Centro Cultural de Portugal para tratar da problemática. Percebo que a centralidade do debate reside na questão identitária africana (ou dos Estados nacionais do continente) que supostamente a tradição carrega, versus a liberdade criativa individual dos artistas. Datada da década de oitenta, a discussão mostra que ainda em 2017 está longe de ser superada. Para quem se interessar pelo assunto, escrevi em 2014 um texto a partir de uma revisão bibliográfica no Centre National de la Danse, de onde recebi uma lista exaustiva de referências sobre o assunto dança contemporânea africana.