O aumento ou diminuição da camada de ozônio depende muito de fatores meteriológicos regionais, fazendo com que esta sofra uma forte variação interanual. Isto quer dizer que apenas com mais estudos de longa duração poderemos ver se há realmente uma recuperação ou deteriorização da camada. A situação mais preocupante neste caso é que os principais fatores que influenciam tanto o tamanho do buraco quanto a espessura da camada de ozônio são a temperatura e a dinâmica atmosférica. Desta forma, alterações na atmosfera terrestre decorrentes do aquecimento global podem causar grandes diferenças na camada de ozônio, sendo portanto de extrema importância um monitoramento contínuo destes fatores.
Como grande parte das coisas em ecologia, tanto a falta como o excesso pode ser tornar um problema. Um estudo da Royal Society, a agência nacional de ciências britânica, mostra que houve um aumento de aproximadamente 2 p.p.b. (partes por bilhão) por década desde 1980 das concentrações de O3 no nível do solo, chegando a valores muito perigosos de 35-40 p.p.b. na maior parte das cidades industrializadas do mundo. Ao nível do solo, o ozônio é um forte poluente, sendo prejudicial tanto a nossa saúde (causando vários problemas respiratórios) quanto para a vegetação. Sua ação em plantas é devido ao seu forte poder oxidante, o que pode causar a necrose de tecidos internos das folhas após a passagem pelos estômatos. Este impacto normalmente ocorre quando as concentrações de ozônio chegam a 40 p.p.b. As principais fontes antropogênicas dos percussores de ozônio na troposfera são escapamento de veículos, indústrias e solventes químicos.
O estudo diz que o prejuízo em plantações da União Européia foi estimado em U$ 9 bilhões, devido a este problema. Se todas todas as legislações atuais forem respeitadas, as previsões são de que as concentrações de ozônio até 2050 devem sofrer uam queda de 15 p.p.b. Mas tal queda não é esperada para países em desenvolvimento, onde o aumento pode chegar a 3 p.p.b. até mesmo ano.
Alguma proposta de transferência do ozônio da troposfera para a estratosfera, salvando assim o nosso planeta do colapso? Talvez será o próximo trabalho do Lovelock …
Marcello, você não ouviu a explicação do Lula? A terra é redonda!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,
Desculpem, mas não podia perder a piada!
Como que o CFC, que é produzido em todo o mundo menos na Antártida, vai parar na Antártida?
Olá Marcello. É apenas uma questão física.
Basicamente os CFCs (são vários e não apenas um) não são solúveis em água (então não são retirados da atmosfera pela chuva) e têm uma longa vida. Então devido a diferenças de temperatura e pressão eles podem migrar longas distâncias. Esses CFCs só sofrem ação significativa da radiação UV em grandes latitudes, que são próximas aos polos. Desta forma, eles só viram um problema maior nestas regiões.
Uma explicação mais completa foi publicada na revista Scientific american (em inglês):
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=chlorofluorocarbons-cfcs
Abraços.