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“Ajude a acabar com a caça das baleias!”, diz a frase piegas escrita no gelo. Crédito: mym

O Greenpeace anunciou esta semana que não enviará barcos para combater as frotas baleeiras do Japão este ano. “Como co-fundador do Greenpeace, estou muito ofendido devido ao fato do Greenpeace levantar milhões de dólares pela defesa das baleias durante todo o ano e agora, duas semanas antes da frota baleeira japonesa entrar em operação, eles anunciam que não irão”, disse Paul Watson. “(…) eles coletam fundos sob falsos pretextos e agora eles abandonaram as baleias.” Em um comunicado oficial, o Greenpeace afirmou que eles não irão enviar barcos para o Japão porque acham que podem impedir os baleeiros antes mesmo deles saírem do cais. (se é tão fácil, porque não fazem isto desde 1970?)

O autor da frase acima, Paul Watson, foi expulso do Greenpeace em 1978. O principal motivo alegado foi que ele não compartilhava dos princípios de não violência da empresa organização. Em uma entrevista à revista super interessante Paul Watson já afirmava há quase uma década:

“Hoje o Greenpeace é uma corporação burocrática que arrecada 200 a 300 milhões de dólares por ano e está mais interessada em levantar dinheiro vendendo produtos do que em salvar a Terra. Os ativistas deixaram a entidade, que foi tomada por burocratas, contadores e advogados. Nas campanhas, eles mostram fotografias de 20 anos, porque não têm nenhuma nova. Me sinto como o doutor Frankenstein criei o grande monstro verde. Eu os chamei, numa entrevista, de garotas-Avon do movimento ambientalista, porque vão de porta em porta pedindo dinheiro. Nunca me perdoaram por isso.”

Gostei do termo “Grande monstro verde”. Não afirmo que o greenpeace não faça nada de relevante, mas se você colocar no google o termo “Greenpeace critica” (entre aspas mesmo), temos mais de 16.100 resultados. Eles criticam tudo e todos, tendo sempre a cobertura da grande mídia. O consultor em tecnologia Daniel Eran afirma que um relatório feito pelo Greenpeace em 2006 para denunciar a Apple e a HP era mentiroso e negligente. Este é só um exemplo dentre tantos outros que mostram o outro lado desta grande organização. Como “ser verde” está na moda, criticar organizações ambientalistas fica fora de pauta na grande mídia.

Vi no blog The Great Beyond.