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Gostaria de compartilhar com vocês um texto publicado pelo jornal Folha de São Paulo no dia 13 de janeiro por Rogério Cezar de Cerqueira Leite, que é físico e professor emérito da Unicamp. É uma visão crítica do papel das ONGs na conservação ambiental. Abaixo um trecho selecionado por mim deste artigo.

“(…) Não nos ocuparemos aqui daquelas denominadas “ONGs do mal”. Dentre elas, aquelas cujo propósito único é o usufruto de benesses financeiras e materiais. São denominadas ONGs sanguessugas nos compêndios de parasitologia. Tampouco consideraremos aquelas ONGs que, sustentadas por instituições e governos estrangeiros, defendem interesses alienígenas e se mantêm insensíveis às aspirações do povo brasileiro.

Concentraremo-nos, portanto, naquelas denominadas “ONGs do bem”. Vamos também incluir nesse conjunto bem intencionados defensores públicos e autoridades do setor de meio ambiente. E vamos começar pelo recente leilão de eletricidade que teve como consequência a autorização e incontornável implantação de 50 termoelétricas a combustíveis fósseis.

Argumentam esses missionários verdolengos que hidroelétricas reclamam represamento de água e que represas são prejudiciais ao meio ambiente por vários motivos. Inicialmente, porque ocupam o espaço do ambiente natural, principalmente florestas, ameaçando espécies naturais e o equilíbrio ecológico.

Ora, qualquer espécie que estiver restrita exclusivamente à região de uma futura represa hidroelétrica já está condenada à extinção devido ao espaço limitado. Por outro lado, a questão de espaço vital é ridícula, pois, se assim fosse, teríamos que secar os lagos naturais. A maior diferença entre lagos naturais e represas é que os primeiros foram feitos pela mãe natureza (Jeová para alguns), enquanto as represas resultam da ação do homem sobre a natureza. No fundo, uma grande parcela da aversão dos chamados ambientalistas por represas é de origem religiosa.”

Leia o texto completo no sítio do Jornal da Ciência.