![mosquitos-extincao-morte.jpg](https://www.blogs.unicamp.br/discutindoecologia/wp-content/uploads/sites/225/2011/08/mosquitos-extincao-morte1.jpg)
O título deste post foi feito a partir de uma reportagem publicada pela Agência de notícias da Nature no final do mês passado. Para vocês terem uma ideia da polêmica gerada, segue o título e subtítulo da reportagem (assinada por Janet Fang):
“Um Mundo sem mosquitos
Erradicar qualquer organismo traria consequências sérias para Ecossistemas, não é? Não se tratando de mosquitos.”
Ao longo do texto a repórter defende de forma bem argumentada a posição de que os mosquitos em geral causam grandes problemas para a espécie humana devido a doenças como a Malária e que a extinção destes insetos não traria grandes consequências para os Ecossistemas. Alguns cientistas foram entrevistados para a reportagem, incluindo o entomologista brasileiro Carlos Brisola Marcondes da Universidade Federal de Santa Catarina. É do brasileiro que a repórter pinçou uma frase bem marcante: “O mundo sem mosquitos seria mais seguro para nós“. Dentre os poucos exemplos levantados que contariam pontos para os pobres mosquitos foi uma situação descrita como “excepcionalmente rara” pelo entomólogo americano Daniel Strickman, a situação da tundra no ártico. Segundo o cientista em determinada época do ano a população de mosquitos pode ser bem relevante e ser um importante alimento para várias espécies de animais. Mas logo depois na reportagem o biólogo americano Cathy Curby diminui mais ainda este caso, informando que estudos mostram uma baixa presença de mosquitos no estômago de aves da região.
Outros argumentos foram dados ao longo do texto, mas a parte realmente polêmica foi deixada para o final:
” (…) A noção romântica de toda a criatura tendo um lugar vital na natureza pode não ser suficiente para pleitear o caso do mosquito. Trata-se das limitações dos métodos de erradicação de mosquitos, não das limitações de intenção, que fazem um mundo sem mosquitos improvável.
E assim, enquanto seres humanos encaminham inadvertidamente espécies benéficas, de atum aos corais, para a extinção, os seus melhores esforços não podem ameaçar seriamente a um inseto com poucas características compensadoras. ‘Eles não ocupam um nicho insubstituível no ambiente‘, diz o entomologista Joe Conlon, da Associação Americana de Controle de Mosquitos, em Jacksonville, Florida. ‘Se erradicarmos eles amanhã, os ecossistemas onde eles são ativos sofrerão um contratempo e depois continuarão a vida. Algo melhor ou pior assumiria.”
Claro que a resposta a esta reportagem foi tão forte quanto as declarações do glorioso membro da Associação americana de controle de mosquitos. Não que eu possa desmerecer o especialista americano, mas acho que ele falou de algo mais complexo do que parece. E não sou apenas eu que digo isso. Na edição do periódico científico Nature publicada hoje (não confundam a agência de notícias com o prestigioso periódico científico americano) várias cartas foram publicadas em repúdio à reportagem do mês passado. Uma destas cartas chamou minha atenção por não apenas criticar a reportagem em si, mas toda a política que envolve a conservação de espécies:
“Se um mundo sem mosquitos seria melhor para a humanidade e infligiria não mais do que ‘danos colaterais’ sobre os ecossistemas, então o que mais poderíamos razoavelmente eliminar da face do planeta – cobras venenosas, pragas de gafanhotos?
Não importa se os danos colaterais de erradicar os mosquitos podem incluir a perda de um grupo de polinizadores e uma fonte primária de alimento para muitas espécies. Talvez um outro organismo vai vir para preencher o nicho eventualmente – supondo que os organismos são substituíveis e intercambiáveis.
Nesse caso, os ecólogos têm que perguntar qual nível mínimo de biodiversidade é necessária para a provisão funcional dos serviços ecossistêmicos para sustentar a humanidade.”
Simples, direto e correto. Mesmo se os “danos colaterais” da eliminação dos mosquitos fossem mínimos, mesmo se houvesse outro inseto voador que substituísse o nicho ecológico deixado pelos mosquitos. Não existem estudos conclusivos sobre o papel real dos mosquitos em seus ecossistemas. Mas mesmo se esses estudos existissem e mostrassem que a eliminação dos mosquitos não fosse causar nenhum efeito em termos ecossistêmicos, os mosquitos não são as únicas criaturas que trazem malefícios ao homem. Vamos então eliminar todos os animais peçonhentos? Todos os repugnantes? Vamos reduzir a biodiversidade até o mínimo teórico levantado por Wickson?
Estamos em um mundo realmente estranho onde investimos rios de dinheiro para salvar os animais bonitos e pensamos em uma extinção intencional de espécies que mal sabemos o papel na natureza. Onde gastamos milhões de reais para salvar ecossistemas “famosos” e achamos que biomas como o Cerrado podem ser degradados de forma irrestrita. Vivemos no século da informação, mas o que mais falta é informação de qualidade. Principalmente sobre meio ambiente.
Ótimo Artigo,
No momento em que escrevo esse texto o Brasil não vive uma epidemia de dengue ou outra doença transmitida pelo mosquito, mas em algum outro país do mundo é provável que uma epidemia esteja ocorrendo e muitas pessoas morrendo. Eu nunca ouvi falar de epidemias causadas por aranhas, cobras, gafanhotos, escorpiões... Daí porque não precisarmos extinguí-los deliberadamente.
Já os mosquitos... Quantas espécies foram e continuam sendo extintas no mundo? Várias. E o mundo contínua aí, não é? Os humanos (infelizmente) já extinguiram espécies benéficas/úteis porque não uma que esteja nos aniquilado? Eu já peguei dengue 2x e quase morri, não estou dizendo que eliminar os mosquitos não traga um dano colateral para o ecossistema, mas vai chegar a hora que ou a gente erradica os mosquitos ou eles nos erradicam: Causar um dano menor para evitar um maior, essa é a decisão que teremos que tomar.
Eu não sei os senhores ecologistas, mas eu sou homo sapiens e defendo a sobrevivência da minha espécie.
Maravilhosa argumentação a sua e não espere um mas, o meu mas, é que faltaram espécies que não foram listadas . Porque o mundo precisa de pulgas ? Que diabos comem piolhos ? Que benefícios nos trazem ratos urbanos ? Esta situação de defesa dos ambientalistas me parece muito fraca. Tenho dito !
Porque o mundo precisa de nós João Carlos? Que benefícios trazemos?
No final do texto, ele fala:" Vamos então eliminar todos os animais peçonhentos? Todos os repugnantes? Vamos reduzir a biodiversidade até o mínimo teórico levantado por Wickson?". Não e questao de igualdade, so porque "nós" temos a ideia de acabar com alguma especie para beneficio humano, nao quer dizer que tem que matar todos os animais que sao mortíferos para o humano, eu acho que tinah q acaba com o mosquito porque ele e muito pequeno e as vezes nao da pra ver ele. É so ver os numeros.
Do site: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2015/10/06/com-693-mortes-brasil-bate-recorde-de-vitimas-por-dengue.htm0 , "Com 693 mortes por dengue confirmadas, o Brasil já registrou no ano recorde de vítimas da doença, revela o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. É o número mais alto desde 1990, o dado mais antigo disponível. O recorde anterior havia sido registrado em 2013, com 674 óbitos"
Por que criariam um mosquito geneticamente modificado para eliminar um dos maiores geradores de fortunas para indústria farmacêutica? Por que criariam campanhas de combate ao Aedes Aegypti? Os mosquitos causam doenças, das doenças criam-se vacinas, vacinas dão lucros para os fabricantes e daí vai. Por que acionistas investiriam em empresas com projetos que vão na contra mão dos seus investimentos? Tudo o que esses "pesqui$adore$" falam que vai ajudar, no meu entendimento, é para beneficiar algum bom "inve$tidor". E não a população.
Olá Ugo,
Engraçado que as mesmas empresas que você diz que só ganham com as doenças são as responsáveis por investir em um mosquito modificado que comprovadamente diminui a incidência de dengue. Deve dar um nó na cabeça de quem defende teoria da conspiração né? Na maior parte das vezes é melhor acreditar em uma história fácil e sem evidências do que entender como as coisas funcionam. O que é uma pena.
Abraços e uma boa sexta-feira.
Na verdade dá pra resolver o problema patologico sem interferir muito no meio ambiente. É só espalhar mosquitos geneticamente modificados imunes a contaminação dos mesmos. Assim com o tempo todos os mosquitos seriam hibridos resistentes a patogenos. Ou dotar o mosquito da capacidade de se reproduzir sem precisar de sangue. As plantas continuariam a ser polinizadas e os animais continuariam a comer mosquitos.
Olá Leonardo, obrigado pelo comentário.
A grande questão é: como fazer isso? Qual seria essa "capacidade"? O sangue é muito importante como reserva energética para maturação dos ovos. E os mosquitos estão aí a tanto tempo pois o sucesso evolutivo das suas adaptações foi muito grande. Mudanças como essa podem até ser feitas pontualmente, mas o problema em si é como eu falei no texto não saber das consequências em grande escala. Nunca é fácil "brincar" de seleção natural 🙂
Abraços.
Amigão, respondi a sua questão acima... Esse método parece confuso. Não é viável para os donos das patentes eliminar seus principais "trabalhadores", os Aedes Aegypti. É preciso avaliar a questão antes de apoiar esses projetos milionários de interferência na natureza. Ninguém investe uma fortuna em Bioengenharia para solucionar algum problema de populacho. Até onde eu sei, boa parte das doenças existentes no mundo vem de experiências como essas.
Amigão,
É aí que ocorre o problema. Afirmações como "ninguém investe uma fortuna", "até onde eu sei" mostram que antes de criar teorias conspiratórias era melhor ler mais sobre o tema. As tentativas atuais de combate ao Aedes Aegypti não irão eliminar todos os mosquitos da Terra. Elas focam em diminuir a população somente dessa espécie (existem milhares de outras) o que diminuiria a incidência da doença. Sim, eles irão ganhar dinheiro com isso, assim como ganham tratando doenças. E se não fosse o dinheiro investido pela indústria farmacêutica provavelmente nós não estaríamos conversando aqui pois estaríamos mortos por uma doença simples que hoje em dia é tratada por um remédio que custa 5 reais.
Abraços amigo.
Luiz Bento, não é teoria da conspiração. É estranho e sem lógica, só isso. Luiz Bento, sei que ninguém busca fazer o que você faz se não gostar da natureza e de ajudar as pessoas, mas enquanto profissionais como você buscam solução, empreendedores veem oportunidades para tirar proveito. Você deve saber disso. Muitas fundações são só pra omitir certas coisas.
Não é uma questão de teorias, o homem é ambicioso. Alguém quer lucrar com alguma coisa. Os milionários que conhecemos da vida não chegaram lá ajudando pessoas no mundo, correto? Bom, é isso. Desculpa minha ignorância mas prefiro questionar.
Ugo,
Acho ótimo você questionar, mas antes sempre é bom se embasar. As pesquisas com esse método não são novas e têm trazido bons resultados que são publicados em grandes periódicos científicos. A base de qualquer "teoria da conspiração" é trazer uma narrativa mais fácil e palatável, mas sem embasamento. Sabemos que empresas querem ganhar dinheiro, mas isso não significa que todos só querem tirar proveito. Temos milhares de casos onde as empresas faturam dinheiro resolvendo problemas da sociedade. O que não significa que todas as empresas sempre buscam isso.
No caso do aedes a prova de que não é algo "inventado" pela indústria são os estudos que mostram que o método pode ser efetivo. Isso nos indica que precisamos de mais pesquisas sobre segurança e efeito a longo prazo. Se "preferirmos questionar" sem nos embasar em dados e na realidade, nossos problemas não serão resolvidos. Lembre-se, questionar sempre é consequência de embasamento. Questionar por questionar não é ter pensamento científico.
Abraços.
Luiz Bento.
Obrigado por divulgar meu comentário. Resumindo, o que não tem remédio remediado está, ou seja:
É preciso conviver com essa praga e usar prevenção para evitar a disseminação das doenças. Para isso a pesquisa em saúde atua com quatro frentes principais: uma trata os que adoecem, outra busca evitar que o microorganismo se reproduza; uma terceira estuda as formas como esses microorganismos se instalam nos corpos de pessoas e de animais; uma quarta linha de pesquisa estuda as formas de resistência que são possíveis desenvolver para evitar as doenças.
A complicação nisso tudo é que as mudanças nos microorganismos ocorrem mais rápido que a ciência pode avançar, assim, há sempre novidades a serem enfrentadas.
No caso da malária, há registros que indicam mais de 10.000 anos de convivência com humanos. Assim, o plasmodio tornou-se especialista em humanos que são seu principal nicho, mas eles utilizam os mosquitos, com quem também desenvolveram relação milenar, para parte de sua reprodução e para transitar entre as matrizes ambientais e entre os seres que nelas habitam.
Não tem como extinguir um ou outro.
Abraço.
Então tá.
Agora para e pensa um pouquinho, põe tico e teco para conversar ...
O problema é doença com transmissão vetorial por mosquitos?
A maioria delas, mas a maioria mesmo, ocorre nos zonais tropicais e temperados.
Significado?
Cada patógeno (geralmente um ser vivo microscópico) possui seu próprio nicho ecológico e algumas preferências, desenvolvendo simbioses que o sustentam.
Consequência?
Só ocorrem em locais específicos, ainda que esses locais sejam maiores que continentes ou abranjam continentes.
Tem jeito?
Sim. Combater o vetor (mosquito ou outro diptera, ou o que seja, pois não só os diptera são vetores), dentro das áreas de risco para as pessoas (vejam o que é isso na net, tá cheio).
Depois, adotar prevenção, ao nível dos indivíduos, famílias e comunidades, admitindo que as pessoas não fazem muito para se proteger. Pensa na agonia das grávidas, agora com o Zika.
Outra, usar a ciência, conhecendo para controlar, desenvolver meios de evitar que o agente causador da doença, o patógeno ou enfim a etiologia seja disseminada, igual ao que foi feito com a hanseniase, tuberculose, poliomielite e outras. Isso existe e é feito, mas tem uns "pobreminha" - viu, pobreminha é probleminha que deriva de gente que pensa curto, é pobre de idéia, é antropocentrico e egocentrico.
Que que tem a ver?
Precisa exterminar esse tipo de gente das ações de saúde, em esferas de pesquisa, de hospitais, de agencias de saúde, em todo o mundo tem uns artistas assim. Eles conduzem as ações para a razão produtivista racional e fica o dito pelo não dito, fazem patente dos achados e dificultam o acesso, isso quando não jogam tudo no lixo porque pode comprometer o "ganha-pão" de alguns.
Tem mais para dizer, na seriedade, sem brincadeira, mas isso tá ficando jornal.
Nelson, juro que tentei mas não consegui entender o seu ponto e/ou contraponto ao texto.
Abraços e obrigado pela visita.
A MAIORIA DESTAS PESSOAS Q DESEJAM ELIMINAR ESTAS PRAGAS NAO SABEM O QUE DIZEM , SAO IGNORANTES NESTE QUEZITO, POIS NAO SABEM Q O EQUILIBRIO DO SISTEMA ESTÁ EXATAMENTE NESTAS PRAGAS QUE EQUILIBRAM O ECOSISTEMA DO MUNDO
POBRES DE ENTENDIMENTO, FORAM INFELIZES EM DIZER TAL BOBAGEM
De acordo com a "ciência" o mundo não teria problemas ecológicos sem os mosquitos, mas veja bem, se não fossem as doenças matando um bocado de humanos o mundo não poderia manter tantos humanos ativamente. Todo tipo de desastre natural, doenças em geral e até mesmo guerras são importantes para que a população de humanos não se torne insuspentável no planeta.
Como o @luizbento disse, gastam milhões para saber se poderiam erradicar uma espécie enquanto não conseguem descobrir um meio de melhorar efetivamente a vida das pessoas.
Galera, seguinte... Eu sou um antropocêntrico, ok? Mas não gosto radicalismos. E essa minha postura tbm a levo até aos biocentristas, embora eu discorde desses em quase tudo que afirmam.
Entretanto, sobre a questão dos mosquitos, digo aqui o seguinte: que estas pestes desapareçam definitivamente das cidades e, que vivam lá na floresta, cerrado etc...
Se para extinguir os mosquitos na cidade é necessário controle biológico ou um "genocídio", tanto faz. O bom seria não tê-los aqui. Mas certamente, o conveniente é poder compreender que estes mosquitos são, em algum nível, necessários para a sobrevivência de determinados seres d'algum nicho.
Forte abraço!
Caro Luiz
Aqui lhe deixo uma notícia sobre o mosquito,na suposição de que não tenha dado por ela,que as novidades,ou não,sucedem-se,aos montes.
Vem na Sience Daily,24 de Agosto,2010,e é- Mosquitoes:genetic structure of the first animal to show evolutionary response to climate change determined.
Trata-se dum estudo publicado em Proceedings of National Academy of Sciences.
Muito boa saúde,Caro Luiz.
Olá pessoal,
Podemos tirar poucas conclusões sobre a importância dos mosquitos, ainda assim o simples fato de existirem no momento atual já é um forte, se não definitivo, indicativo de sua importância ecológica.
De fato os mosquitos são muito incômodos para nós, penso seriamente em desistir de visitar a Amazônia algum dia por causa deles, mas não confundam, controle biológico sim, extinção, sem chance!
Até mesmo por motivos antropocêntricos a conservação de qualquer espécie é importante, segundo um artigo da Nature intitulado The value of the world's ecosystem services and the natural capital o valor atribuído aos serviços prestados pela biodiversidade chega ao valor de 33 000 000 000 000 por ano! Esse valor supera em duas ou três vezes o valor do PIB somado de todos os países do mundo, sem dúvida os mosquitos estão nessa conta, digo mais, esse valor deve estar muito subestimado pela clara falta de conhecimento básico sobre ecologia.
Um abraço!
Eita!! ...tem gente se comparando à mosquitos.Ou será que eu entendi errado? oO'
Se for realmente comprovado o fato deles serem irrelevantes num contexto geral, e as consequências forem aceitáveis.
SE FOR viável, Por que ñ?
Se é que têm jeito de medir as consequências...
O que não se pode é romantizar os bichinhos.Odeio essa briguinha Natureza Vs Ser Humano.
PRECISAMOS de pesquisas.Só isso. !
Para aqueles que possuem muitas dúvidas sobre algumas importâncias desses pequenos seres "repugnantes" ao ver de muitos, aqui fica o convite para o congresso de Entomologia. Realizar-se-á em Natal/RN a partir do dia 25 de setembro.Para quem for, nos encontramos lá.
O mundo sem os mosquitos seria o fim da picada!
seria perfeito um mundo sem mosquitos. *-*
nada a ver essas pessoas metidas a ambientalistas que fingem se preocupar com a vida desse ser insignificante. HIPOCRESIA.
esses vermes incomodam e transmitem doenças e sujeira. têm q ser
extintos mesmo.
Vale aquele ditado. Se os mosquitos acabarem, será o fim da picada.
Um mundo sem mosquitos? Para mim seria o fim da picada...
Claudia,
Infelizmente temos algumas declarações de biólogos na reportagem. Uma pena mesmo.
Ai, ai, seria tão bom se resolver problemas desse tipo fosse assim tão fácil, né? Simplista demais esse pensamento de q vamos acabar com os mosquitos e todos os nossos problemas serão resolvidos, hein? Tem certeza se o cara q falou isso é biologo, ecologo ou algo do genero? Talvez se fosse geólogo eu até entenderia, mas tenho certeza q um geólogo não teria qq propriedade para afirmar um absurdo desses e não seria levado a sério.
Olá "Eu",
A questão toda do post está voltada para isso. Quais pesquisadores disseram que a erradicação dos mosquitos não traria danos? Os entrevistados pela reportagem. Sabemos que os estudos sobre o papel ecossistêmico dos mosquitos são muito raros e pouco conclusivos. Não existe uma base científica que afirme que o papel dos mosquitos não é importante. Por isso o Fern fez aquele comentário.
Obrigado pela visita.
Abraços.
Achei o comentário de Fern Wickson, no mínimo, ridículo. Os pesquisadores disseram que a erradicação de mosquitos não traria danos consideráveis ao meio ambiente. Por outro lado, a erradicação de cobras peçonhentas, por exemplo, geraria sérios problemas ao meio ambiente, pois as cobras tem um papel importante no equilíbrio ambiental, visto que são predadoras de vários animais (roedores, por exemplo) que se multiplicariam descontroladamente se não tivessem predadores.
Pois é Zé...
É de pessoas como você que mencionei acima.
É, está na hora de bolarmos um plano para liquidar a raça humana, antes que seja tarde demais.
Nádia, lamento dizer, mas NÓS SOMOS SIM os seres masi importantes do planeta. Se não concorda, vá pentear macaco!
O que mais me instiga é essa hipocrisia do homem de pensar que ele é o ser mais importante do planeta, de querer modificar, extinguir ou implantar qualquer coisa que venha o favorecer. Quem somos nós para desmerecer os outros seres viventes desse planeta? Não somos os donos do entendimento da vida na terra, simplesmente inventamos hipóteses que esperamos serem corroboradas e que nem sempre o são. Conhecer o que nos rodeia é imprescindível, mas modificar nem sempre é o mais sensato a se fazer, pois as consequencias podem nos fugir das mãos.
"O mundo sem mosquitos seria mais seguro para nós" e um mundo sem nós seria mais seguro para todas as outras espécies...
Caro Luiz
Apresso-me a avisá-lo do que um mosquito amigo acabou de me segredar. Esconda-se,muito bem escondidinho,que os mosquitos,em reunião universal,decidiram eliminar a raça humana.
Esconda-se,muito bem escondidinho,pode ser que escape.
Obrigado pelo ótimo complemento ao post Rafael.
Sem dúvidas o trabalho ainda é grande e por isso precisamos de mais profissionais na área. Sem pesquisa básica sobre as espécies dificilmente teremos noção da importância ecossistêmica de cada uma.
Abraços.
Sempre odiei moscas, quando era criança, fiquei imaginando uma forma de matar todas elas da forma mais Nazista possível, servem para que afinal, só para estragarem nossas sopas?. Demorou muito tempo até eu topar com larvas de mosca em ação, depois disto mudei de ideia completamente, desisti das armadilhas de veneno, estudei formas de mante-las longe de casa e não tenho mais este tipo de ímpeto maligno embora continue odiando moscas.
Agora você me mostra essa história do mosquito, creio que entre no mesmo ramo. Levanta outras perguntas também? Quais espécies devem ser preservadas? Quantas? Por que? Qual o nicho delas?
As políticas de conservação, como você mencionou, me parecem bastante confusas e orientadas a certos grupos por motivos não muito técnicos. Afirmam, por exemplo que ao preservar uma espécie bandeira, se preserva o habitat dela e todas as outras formas que nele habitam, desta forma, preservam-se muitos organismos. Mas existem lugares que não têm espécie bandeira, ou pelo menos não é tão bandeira assim. Tenho uns amigos que trabalham com ecologia de tartarugas e eles uma vez disseram: "Todo mundo quer salvar as tartarugas marinhas pro causa do Tamar e por que são fofinhas e as limícolas que se danem!"
Devo admitir que nem sabia que haviam tartarugas de água doce, para mim ou eram marinhas ou eram terrestres (para mim tudo com casco que anda no seco é jabuti, sou um ignorante com essas coisas). Como você disse ainda não se sabe ao certo o papel dos mosquitos no ambiente. Imagino que a maioria das pesquisas se concentre nas espécies que são vetores de doenças e conseqüentemente nas fêmeas. Acho que nunca ouvi falar sobre machos de mosquito, só sei que existem por que são inevitáveis. Nem sei se existem espécies não transmissoras de doenças, pelo menos nunca ouvi falar...
Ainda tem muito trabalho para se fazer em pesquisa básica, antes de pensarmos em algo tão arrogante assim como a extinção planejada de uma espécie.