São Paulo – Carnaval “Ambiental”

O Carnaval de São Paulo se mostrou bastante preocupado com o tema meio ambiente, desde os samba-enredos das escolas até a iniciativa da SP Turismo em plantar árvores de reflorestamento da Mata Atlântica para neutralizar as emissões de gás carbônico nos dias do desfile.

Uma série de ações no Carnaval do Sambódromo este ano vão refletir a preocupação da Prefeitura com o meio ambiente. Seguindo os padrões estabelecidos de compensação ambiental pelas emissões maciças de carbono na atmosfera, que a partir de março passa a ser regra em todos os eventos realizados nos parques da Cidade, 1.500 árvores serão plantadas na Mata Altlântica de Mogi das Cruzes para neutralizar o efeito da emissão de 700 toneladas de carbono (cálculo aproximado pelo consumo de energia elétrica, gás, transporte e lixo) geradas durante os desfiles. De acordo com o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho, o Carnaval de São Paulo será o primeiro ecologicamente correto da história. “Dessa forma, não só damos o exemplo como deixamos claro para a sociedade, por meio de ações efetivas, a grande preocupação da Prefeitura de São Paulo com este tema”, declarou.

Durante todos os dias de desfile, incluindo o das campeãs no dia 23, o Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) realizará, a Coleta Seletiva no Sambódromo do Anhembi.


Equipes farão a coleta dos recicláveis nas lanchonetes e arquibancadas dos nove setores do Sambódromo. Os resíduos recolhidos serão levados para uma das 15 Centrais de Triagem da Prefeitura, onde serão separados, prensados e comercializados.

A expectativa é que sejam coletadas cerca de 15 toneladas de material nos seis dias do evento. Caso a meta seja atingida, cada cooperado poderá embolsar uma renda extra de aproximadamente R$ 500.

Além dos 580 banheiros fixos e 70 químicos, este ano o Sambódromo testará novo conceito de sanitários ecologicamente corretos, que envolve um sistema de tratamento de esgoto e reaproveitamento de água, visando à economia do recurso natural e à preservação ambiental.

Chamado de DBR Móbil, o novo sanitário é dotado de um sistema de tratamento de esgoto acoplado aos boxes de banheiro, onde o esgoto gerado é tratado e a água das torneiras é reutilizada para a descarga.

Seis unidades do DBR Móbil, contendo seis cabines de banheiros cada uma, serão instaladas no camarote dos patrocinadores (setor I), no camarote do Bar Brahma e na área de dispersão do Sambódromo. No total, 36 boxes de banheiros ecologicamente corretos poderão atender cerca de 3 mil pessoas por dia de evento.

Várias escolas também terão o meio ambiente em seus sambas-enredo…

No desfile do Grupo Especial, a preocupação com o futuro do planeta e o aquecimento global estarão em foco. Escolas de samba paulistanas discutirão o tema em seus sambas-enredo, carros alegóricos e fantasias.


Com o enredo “Canta, encanta com minha história… Cubatão rainha das serras”, a Unidos de Vila Maria abordará a questão por meio da história de Cubatão, que realizou um programa de recuperação ambiental e conseguiu se transformar em uma referência de preservação.

A Acadêmicos do Tucuruvi, entrará com o enredo “Renovar é preciso para que o “viver” seja preciso”, que cita recursos renováveis. O quarto carro deve surpreender, já que será movido à energia eólica.

A Imperador do Ipiranga, com o enredo “Siderurgia forte constrói um mundo de aço”, terá uma ala que representará a sucata feita com material reciclado, como tecidos, papéis e CDs.

A agremiação Tom Maior, com o enredo “Com licença, eu vou à luta”, já no abre-alas mostrará a modernidade e a necessidade da reciclagem.

A Rosas de Ouro, com “Tellus Matter, o cio da terra”, mostra preocupação com o aquecimento global. E a Vai-Vai, que fala do plástico, afirma no samba: “chega de lixo e poluição/ sua difícil decomposição a mãe natureza não pode esperar”. O plástico demora mais de 400 anos para se decompor.

Apesar de não apresentarem referências diretas à questão do ambiente, as outras três escolas desta primeira noite também reciclaram material.

Alguém assistiu o desfile? Me contem…

Fonte: http://www.cidadedesaopaulo.com/noticias.asp?idMat=689

http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=14779

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/inde16022007.htm

Foto: Leonardo Wen/ Folha Imagem

3 Comments

  • Allan Robert P. J.
    18 de fevereiro de 2007 - 05:29 | Permalink

    Parabéns pelo blog.Li quase tudo, mas prometo voltar pra concluir a leitura. Gostei especialmente do post que fala de responsabilidade social das empresas e deste último, que informa sobre o Carnaval ecologicamente correto de Sampa.Voltarei. 🙂

  • André Luiz
    18 de fevereiro de 2007 - 12:01 | Permalink

    Espero que se utilizem da folia como uma boa oportunidade de conscientização

  • Amanda
    24 de fevereiro de 2007 - 14:52 | Permalink

    ... então ... bem bacana a Prefeitura cuidar do lixo produzido no carnaval - mas e o nosso lixo de todo dia?Aqui em casa nós separamos o lixo reciclável, lavamos tudo e não separamos por material por que a moça que vem recolher diz que não se importa em separar antes de vender ...É bacana ver que estamos contribuindo com a preservação do meio ambiente e ainda gerando um emprego ... pra Tia Eliana - a moça do reciclável aqui de casa.Mas essa semana, quando liguei pra pedir pra ela vir buscar nosso material reciclável ela anunciou uma novidade: Não quer mais as embalagens de leite tetrapack!As caixinhas tão ecologicamente corretas não estão mais sendo compradas no lugar onde ela vende - ela não soube explicar exatamente por que, mas falou sobre problemas com a vigilância sanitária e ainda algo sobre "cheiro".Imagino que seja algo associado a embalagens não lavadas ...?Enfim - ficam alguns pontos:1. Será que não cabia à Prefeitura, ao invés de se auto-promover com campanhas carnavalescas - investir mais na educação de sua população (para que além de reciclar seu lixo o lave). Além de tornar mais viável pequenas atitudes sustentáveis de cada cidadão, promovendo a coleta seletiva.2.Alguém consegue me explicar que estória é essa de tetrapack de leite não ser mais reciclável?Bom, acho que era isso - desculpem a informalidade

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