Esse negĂłcio de descartar corretamente os produtos tem me preocupado e o alvo de pesquisas agora foram as lĂąmpadas. Veja alguns problemas sobre o lixo aqui e aqui.
Na verdade eu liguei para a empresa das lĂąmpadas flourescentes que compro (todas as da minha casa sĂŁo flourescentes) e eles me disseram para entregar as lĂąmpadas queimadas na loja onde as comprei. Simples, fĂĄcil assim.
Ai descobri que eu tenho uma Ășnica lĂąmpada incandescente aqui em casa, pois quando eu mudei comprei uma pra testar se a energia jĂĄ estava ligada. Bom, fui pesquisar na Internet como descartĂĄ-la, eis que nĂŁo achei… Entrei no site da Philips, da Osram e nada, nenhuma indicação do que fazer com as (em extinção) lĂąmpadas incadescentes. AlguĂ©m sabe? Jogo no lixo normal mesmo?
Pelo menos nessa pesquisa encontrei um FAQ sobre lùmpadas flourescentes muito interessante no site da Osram, reproduzo algumas das perguntas e respostas que mais me chamaram a atenção.
O nĂșmero de acendimentos em uma fluorescente reduz sua vida Ăștil ? Preciso sair e retornarei daqui Ă 1 hora, serĂĄ que vale a pena desligar a luz?
Resp.: Sim. A vida Ăștil indicada pelo fabricante (100%) Ă© obtida realizando-se um ciclo de chaveamento, onde liga-se e desliga-se a lĂąmpada baseado na norma IEC :
165 minutos ON (ligada)
15 minutos OFF (desligada)
No caso de um dia de 24h, observa-se que este ciclo pode se repetir 8 vezes. No caso da ausĂȘncia temporĂĄria, recomenda-se que o sistema fluorescente nĂŁo seja desligado caso este perĂodo seja inferior a 15 minutos.
A propĂłsito, Ă© vantagem deixar uma fluorescente acesa o tempo todo, ou quando sairmos do ambiente temos que apagĂĄ-la ?
Resp.: Como vimos acima, a fluorescente, sendo uma lĂąmpada de descarga, tem sua vida mĂ©dia dimensionada para oito acendimento diĂĄrios e, a cada acendimento a mais, terĂĄ sua vida diminuĂda e, contrĂĄrio senso, a cada acendimento a menos, aumentarĂĄ sua vida Ăștil proporcionalmente. Assim, recomenda-se que quando sairmos do ambiente por tempo superior a 15 minutos devemos apagar a luz e, quando nĂŁo ultrapassar esse tempo, Ă© mais econĂŽmico deixĂĄ-la ligada.
O mercĂșrio das fluorescentes faz mal a saĂșde?
Resp.: O mercĂșrio Ă© um metal pesado e como tal prejudicial ao meio ambiente, porĂ©m no caso da saĂșde, hĂĄ muitos aspectos a considerar e tambĂ©m muitas lendas sobre o assunto.
Durante o racionamento de energia no ano de 2001, apareceram muitos entendidos em lĂąmpadas que, em horĂĄrio nobre, diziam alguns absurdos com autoridade. Certa feita, disse um âprofessorâ que uma pessoa quebrando uma lĂąmpada fluorescente tubular numa bancada, na altura de sua barriga, o mercĂșrio penetraria em seu organismo, causando-lhe malefĂcios.
A verdade Ă© que em primeiro lugar o mercĂșrio, sendo um metal pesado muito denso, nĂŁo consegue penetrar no organismo pela pele, mas sim por uma Ășnica forma que Ă© pelas vias aĂ©reas e, claro, na forma de vapor. Acontece, que o mercĂșrio sĂł se vaporiza em temperaturas altas e, mesmo assim, sendo pesado, tem a tendĂȘncia de cair. Tecnicamente, afirma-se que para uma pessoa ser contaminada minimamente por mercĂșrio, na situação citada, ou seja, quebrando lĂąmpadas numa bancada â o que na prĂĄtica nem acontece, teria que ficar anos e anos fazendo apenas esse trabalho com altas temperaturas no local.
No caso de contaminação do meio ambiente, hĂĄ a preocupação, tanto que hoje existem empresas recicladoras de lĂąmpadas de descarga, que vivem em função desse trabalho. Recolhem as lĂąmpadas, reciclam os materiais, especialmente o mercĂșrio, que vendem novamente para os fabricantes. Esse processo de reciclagem cria novos empregos pela formação de novas empresas. Essas empresas sĂŁo controladas, licenciadas e fiscalizadas pelo Ibama.
Foto: http://www.acores.net/images/noticias/2_264_19097_lampada11.jpg