Notas

Nossa, eu passo uma semana fora e parece que várias coisas resolvem acontecer…

Meu amigo Hugo finalmente colocou no ar o blog dele Nosso Futuro Comum. Fiquei super contente pois já tinha um tempo que ele estava com essa intenção.

A Marina da Silva pediu demissão… Essa notícia me deixou arrasada. Recebi uma enxurrada de e-mails e notícias sobre o assunto, não consegui ler tudo ainda, nem sei se conseguirei, mas é fato que perdemos um ícone respeitadíssimo mundialmente.

Espero que o meio ambiente não saia da pauta ambiental do governo, que essa fome de crescimento dos governantes não nos transforme numa nova China (se é que já não nos transformou) e que possamos acreditar que algo para o bem das futuras gerações está sendo feito e não para o bem das próximas eleições.

Reproduzo abaixo como foi a repercussão no mundo da saída da Marina do governo, do site O Eco.

Ecos de Marina
14.05.2008 | Lula tanto quis, que seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sua política desenvolvimentista ganharam manchetes internacionais. Mas não exatamente pela pompa que levam, e sim por terem empurrado a ministra do Meio Ambiente para as margens do governo. Nesta terça-feira, quando a carta de demissão de Marina Silva chegou aos ouvidos da imprensa, os diários estrangeiros logo acionaram seus repórteres. Afinal, saía de cena a mulher que já teve o nome entre os políticos considerados mais verdes do mundo e num ranking que listava as 50 pessoas que poderiam salvar o planeta.

A notícia rodou o mundo como mais um golpe na combalida Amazônia. Aqui ao lado, os vizinhos Chile e Argentina destacaram em seus principais jornais os desentendimentos políticos que levaram Marina a cair. O argentino Página 12 diz que o Brasil acaba de perder uma ministra de biografia que “poucos políticos são capazes de se igualar”, e relaciona a renúncia à fome por terra dos grandes produtores de soja: “É um duro revés para os defensores da Amazônia”. O conterrâneo Clarín frisa que as divergências dentro do governo já “se arrastavam desde o ano passado”, e o chileno El Mercurio põe a ex-ministra como uma das vozes mais fortes na proteção da floresta tropical.

O New York Times também citou o caso dando ênfase no currículo ambiental de Marina. A reportagem a coloca como “renomada defensora da floresta tropical” e uma “estrela ambiental universalmente conhecida”. O diário, assim como o International Herald Tribune, comenta o fato de ela não ter acusado o presidente Lula como culpado direto pela demissão. No Reino Unido, o influente The Guardian deu a notícia como manchete na seção de meio ambiente. O texto começa em tom de lamentação, prevendo tempos difíceis para o maior bioma brasileiro: “O medo sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo aumentou ontem”.

Na Europa, o pedido de demissão também chamou atenção. O fato de Marina Silva ter entrado no governo como uma das pessoas de maior confiança de Lula e ter saído por desavenças foi ressaltado pelo diário espanhol El País: “A relação de ambos foi se desgastando devido ao claro apoio do presidente a outros ministérios voltados a fomentar o desenvolvimento na Amazônia”. Já o francês Le Monde afirma que a ex-ministra deixou a pasta após cinco anos tentando proteger o Brasil de “interesses econômicos predatórios”.

Não era bem essa imagem que Lula queria lá fora. Com tantos confetes sobre a figura de Marina Silva, o presidente pode ficar em maus lençóis, como lembra nosso colunista Sergio Abranches.

http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=72

Acabei de ver esses links sobre a saída da Marina da Silva do governo que gostaria de compartilhar: Perdendo o Pescoço e A Grande lição de Marina da Silva.

One comment

  • MARISCO
    18 de maio de 2008 - 16:18 | Permalink

    Foi só a Marina Silva, sair para a canalhada recomeçar essa papo de que a Amazônia é do mundo e o Brasil que se dane.Que se dane é o cacete. Aliás, que sentem no cacete e esperem. Já estou achando que o Minc está certo: ocupar a Amazônia com nossa forças armadas. Essa idéia é de arrepiar, pois somos uma nação que viveu muitos anos sob ditaduras e as forças armadas deram sustentação à essas ditaduras, mas se é para defender e garantir nosso território somos obrigados a correr o risco.

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