Terça-feira participei de um bate-papo com os responsáveis da Coca-cola sobre o Del Valle Reserva Açaí+Banana, que vem apresentar o novo coletivo da empresa, o Coletivo Floresta.
As primeiras unidades do Coletivo Floresta estão instaladas nos municípios de Manacapuru e Carauari, no estado do Amazonas, onde se localizam agroindústrias credenciadas pela Coca-Cola Brasil. A ideia do coletivo é ser uma parceria entre a empresa e o estado que por meio de um termo de cooperação, buscam um relacionamento com as comunidades extratoras, com o objetivo de preservar a cultura e o meio ambiente, e contribuir para seu desenvolvimento sustentável.
Pelo que eu pude entender a Coca-cola está tentando criar um novo jeito de fazer negócios. Ao invés de ir para o Pará e comprar açaí de comunidades já certificadas ela buscou ajudar na profissionalização das comunidades da Amazônia que ainda não chegaram nesse patamar de organização como fornecedoras de insumos da floresta. Pelo que eles contaram as comunidades que eles estão trabalhando eram comunidades ribeirinhas que não tinham necessariamente a cultura de vender o açaí, a maioria das pessoas que hoje fazem parte desse coletivo tinham o açaí como a árvore do quintal, sabe? Só coletavam para consumo próprio. E agora eles estão encarando a árvore do quintal como forma de renda.
Achei a iniciativa muito boa, afinal não foi apenas um novo produto no portfolio da DelValle, foi além disso, é um novo modelo de negócios que incentiva o empreendedorismo das comunidades da Amazônia.
Mas como eu já falei aqui uma vez, eu não fico feliz com o “produto eco” onde todos os outros produtos da empresa não tem nada de eco, verde, sustentável ou responsável e logicamente perguntei quais os planos para as outras linhas de produtos da marca. Eu achei que essa seria só mais uma pergunta retórica com a resposta clássica, “por enquanto não temos planos de ampliar essas práticas para as outras linhas”, mas eles cogitam a ideia de fazer o mesmo com outras linhas dos sucos DelValle sim, inclusive o responsável pela área de negócios sociais, Pedro Massa, que fez a apresentação, falou que já andou visitando alguns produtores de manga, tomara que daqui algum tempo a gente tenha não só o Coletivo Floresta de açaí na Amazônia, mas também o de manga, abacaxi, maçã por todo o Brasil.
Sobre o produto: experimentei o néctar e gostei, mas confesso que não sou muito fã de açaí, acho o sabor muito forte, pra mim é uma bebida pra tomar só de vez em quando.