>De novo, de novo

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Em dezembro de 1895, o engenheiro de minas norueguês Adolph Beck saiu de seu apartamento em Londres e foi abordado por uma mulher que acusava-o de roubar-lhe as jóias. Beck protestou, alegando inocência — ele estava em Buenos Aires quando o crime ocorreu —, mas a polícia acusou-o de uma série de furtos do mesmo tipo e ele foi condenado judicialmente a sete anos de trabalhos forçados.

Ele foi posto em liberdade condicional em Julho de 1901 e a mesma coisa aconteceu de novo: uma mulher acusou-o de roubo de jóias, ele foi preso e julgado por um júri que o considerou culpado. Beck só foi salvo por que outro homem foi preso pelo mesmo crime durante seu segundo julgamento. O verdadeiro ladrão de jóias era, como se descobriu, Wilhelm Meyer. O engenheiro tinha sido condenado duas vezes por crimes que ele nunca cometeu.

Adolph Beck ganhou a liberdade e 5.000 libras [cerca de 14.000 reais em valores de hoje] de indenização. Mas o estrago já estava feito. Desiludido e isolado da sociedade, Beck tornou-se um homem amargo, que morreu poucos anos mais tarde, em 1909.

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