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Em Julho de 1838, Charles Darwin estava pensando em se casar com sua prima, Emma Wedgewood. A decisão foi registrada racionalmente em prós e contras:
Casar Não Casar Filhos (se Deus quiser) – Companhia constante (& amigável na velhice) que sentirá interesse em um, – objeto de amor & diversão – melhor que um cachorro de qualquer modo – Casa, & cuidados da casa – Charmes da música e da fofoca feminina – Essas coisas podem ser boas para a saúde de alguém, mas são uma terrível perda de tempo – Meu Deus, é intolerável pensar em desperdiçar a vida inteira como uma abelha neutra, trabalhando, trabalhando & nada – Não, eu não vou – Imagine viver todos os dias solitário numa casa suja e fumacenta de Londres – Veja-se com uma boa esposa num sofá, uma boa lareira, & livros & música talvez – Compare essa visão com a realidade suja da Gr[ea]t. Marlb[o]ro[ugh]‘ St[reet]. Liberdade para ir onde quiser – escolha da Sociedade & um pouco disso – Conversas com homens sábios em clubes – Não ser forçado a visitar parente nem a ceder em cada discussão – não ter o custo & ansiedade com filhos – talvez debater – Perder tempo – Não posso ler à-noitinha – Gordura & preguiça – Ansiedade & responsabilidade – menos dinheiro para livros, etc. – muitos filhos forçam a ganhar o pão (mas aí é ruim para a saúde trabalhar demais) – Talvez minha esposa não goste de Londres; então a sentença é banimento & degradação em indolência, loucura idiota.
Por fim, ele escreveu “Casar, casar, casar Q.E.D.”. E eles se casaram em Janeiro do ano seguinte.