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Em 1873, Lewis Carroll emprestou o diário de viagem de sua pequena amiga Ella Monier-Williams, sob a condição de que ele não o mostraria para ninguém. Ele devolveu-o à menina junto com essa cartinha:
Minha querida Ella,
Eu, muito agradecido, devolvo seu livro. Você deve estar pensando porque o mantive por tanto tempo. Eu compreendo, com base no que você disse sobre ele, que você não tinha ideia de publicar nada em seu nome. Espero que você não fique brava por eu ter enviado três capítulos curtos, extraídos dele, para serem publicados no The Monthly Packet [O Paquete Mensal]. Eu não apresentei nenhum nome por inteiro nem coloquei qualquer título mais definido do que o simples Diário de Ella, ou As Experiências de uma filha de um Professor de Oxford durante um mês de Viagem ao Exterior.
Eu lhe remeterei fielmente qualquer dinheiro que eu possa receber de Miss Yonge, editora do Monthly Packet, por isso.
Seu afetuoso amigo,
C.L. Dodgson
Fico muito sentido em ter que te dizer que cada palavra da minha carta era estritamente verdadeira. Eu agora vou te contar mais — que Miss Yonge não recusou o Manuscrito, mas ela não vai pagar mais do que um guinéu por capítulo. Isso será o bastante?
Minha querida Ella,
Eu temo ter lhe passado um trote grande demais. Mas era verdade mesmo. Eu esperava que você não ficaria brava, etc. simplesmente porque eu não o fiz. E eu não coloquei Diário de Ella como título, aliás não coloquei título algum. Miss Yonge não recusou o manuscrito — porque ela nem o viu. E eu nem preciso explicar porque ela não lhe deu mais do que três guinéus!
Nem por trezentos guinéus eu o mostraria a qualquer um — depois de te fazer uma promessa, eu não poderia.
Com pressa,
Afetuosamente seu,
C.L.D.
(La)ize
>kkkkque safadeza kosaosaoE pensar que as coisas eram por carta, imagina pro quanto tempo ela não ficou aflita! kkkk
O alfabeto quadrado de Carroll | hypercubic
[…] Carroll era um insone — e daqueles que passam a noite toda tendo ideias. Cartas, paradoxos, enigmas, experimentos mentais, contos… não importa. O que importa é que, para […]
O alfabeto quadrado de Carroll | hypercubic
[…] Carroll era um insone — e daqueles que passam a noite toda tendo ideias. Cartas, paradoxos, enigmas, experimentos mentais, contos… não importa. O que importa é que, para […]