Política ainda não é Ciência

Mr. [Henrry Thomas] Buckle [1821-1862], em sua ponderada History of Civilization, faz o seguinte comentário: “No presente estado do conhecimento, a Política, longe de ser uma ciência, é uma das mais retrasadas de todas as artes. O único caminho seguro para o legislador é ver seu ofício como a adaptação de planos temporários para emergências temporárias. Seu negócio é seguir sua época, nunca sequer tentar liderá-la. Ele devia satisfazer-se com o estudo do que se passa ao seu redor e devia modificar seus esquemas não de acordo com as noções herdadas de seus pais, mas de acordo com as verdadeiras demandas de seu próprio tempo. Pois ele deve reconhecer que os movimentos da sociedade agora se tornaram tão rápidos que as necessidades de uma geração já não servem de medida para as necessidade de outra; e que os homens, urgidos pelo senso do seu próprio progresso, estão se conscientizando do discurso vazio sobre a sabedoria de seus ancestrais, sendo ágeis ao descartar aquelas máximas batidas e sonolentas que tem sido impostas sobre eles, mas com as quais eles não vão mais ser enganados por muito tempo.” — TIMBS, John. Knowledge for the Time: a manual of reading, reference and conversation on subjects of living interest, useful curiosity and amusing research [Conhecimento para o tempo: um manual de leitura, referência e conversação sobre assuntos de interesse vivo, curiosidade útil e pesquisa recreativa]. Londres: Lockwood and Co., 1864. p. 20

Um século e meio depois, é notável o acerto da observação de Mr. Buckle sobre a velocidade das mudanças e o crescimento de demandas sociais ao mesmo tempo em que a política e os políticos se tornam cada vez mais tradicionalistas e retrógados.

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