Pelo menos essa é a promessa de uma nova interpretação judicial feita pelo governo chinês, relatada em um artigo publicado pela Reuters. Na China a pena de morte é algo bem comum, mas nunca foi levantada para casos ligados ao meio ambiente. Segundo o portal Death Penalty Worldwide a China executa entre 4 e 5 mil pessoas por ano. Com mais esse crime sendo considerado e tendo em vista o histórico “sujo” da indústria chinesa em termos ambientais essa conta pode subir mais um pouco.
Realmente um dos gargalos na contenção do impacto ambiental está na punição efetiva e exemplar dos poluidores. Mas será que o uso da pena de morte realmente assustaria grandes empresas? E no caso de um crime ambiental, a cabeça de quem iria rolar? A realidade é um pouco distante da encontrada em nosso país. Aqui tentamos pressionar grandes empresas com multas salgadas, que foram até aumentadas no ano passado. Mas de que adianta aumentarmos o valor das multas se elas não são pagas? Segundo um relatório do IBAMA, somente 0,75% das multas emitidas por crimes ambientais entre 2005 e 2010 foram realmente pagas. E isso é uma média. Se considerarmos apenas 2010 esse percentual não passa de 0,2%. Talvez um foco mais produtivo estaria em aumentar a fiscalização para que os impactos não ocorram e que o dinheiro das multas fosse realmente pago e reinvestido em medidas ambientais.
Não sou a favor de cortarmos cabeças em troca de árvores, mas uma medida mais efetiva do que emitir multas milionárias que não são pagas tem que ser feita. Urgentemente.
Se tratando da natureza eu sou a favor sim!