Dando uma limpeza na caixa postal achei um texto que gostei muito e mandei para uns amigos. O texto chama-se: Uma lição de sustentabilidade do Ricardo Voltolini, editor da revista Idéia Socioambiental.
O texto conta basicamente o caso da Nike com a sustentabilidade, é bastante interessante, mas a parte que mais me chamou a atenção mesmo foi o parágrafo final.
“Enquanto a sustentabilidade for tratada como um conjunto de metas a alcançar, uma obrigação conveniente para não perder negócio ou o mero objeto de um plano com cuja essência as pessoas parecem não se identificar intimamente, então as soluções encontradas serão sempre superficiais, utilitárias e de curtíssimo espectro. Nunca é demais lembrar: sustentabilidade não representa um trabalho a mais, um custo a mais ou uma função a mais com que se preocupar numa corporação. Significa o modo mais humano—e portanto, o melhor – de pensar e fazer negócios.”
Quando as empresas, as pessoas, a mídia, o sistema econômico vão entender isso?
Meu pai outro dia me perguntou se meu trabalho de meio ambiente (eu faço supervisão ambiental de obras) é mesmo sério. Ai eu respondi com uma pergunta: Algum dia um problema ambiental vai fazer a produção da sua plataforma parar? (ele trabalha numa empresa de petróleo). Ele: Não, nunca, imagina! Eu: É, então, se lá é assim, imagine em construção civil como é?
Infelizmente meio ambiente só é levado a sério onde não comprometa o lucro de uma empresa. Tá bom, podem existir raras exceções, mas é assim que são as coisas, infelizmente… Acho que isso responde minha crítica de qual a causa dos cases de sustentabilidade serem sempre os mesmos.