Em 2007, ano de início desse blog, escrevi um post falando sobre a China e um pouco da realidade ambiental daquele país, usando como referência histórias de conhecidos e notícias da imprensa. Passados exatos 11 anos, o que mudou? Olha, pode ser um longo tempo, mas fico contente que a China tem olhado para o meio ambiente com um pouco mais de preocupação, toda semana recebo pela imprensa alguma notícia, de certa forma, empolgante sobre o assunto.
Semana passada Ronaldo Lemos me trouxe a informação que a poluição está na agenda da ciência para ser nada mais nada menos que eliminada e que “o próximo ciclo de desenvolvimento chinês prevê a transformação do país em uma economia verde.” Pra quem há 11 anos leu que durante uma semana inteira a poluição impedia que os habitantes de Pequim não vissem o céu por conta da espessa camada de poluição isso é um avanço considerável.
Hoje (atrasada diga-se de passagem) li que a China investiu entre 1999-2013 algo em torno de R$60 bilhões em projetos de reflorestamento e que eles tem apresentado resultados positivos.
O anúncio do país ano passado em investir US$360 bilhões em energia renovável até 2020 tem me deixado otimista quanto aos rumos que a China tem dado na sua preocupação ambiental. Parece mesmo que o meio ambiente é uma assunto que está na pauta para eles. E se eles são um dos poucos exemplos de tecnocracia no mundo, se não o único, não é preciso ser nenhum gênio para entender essa mudança de direção.
Mas como uma pessimista inveterada não posso deixar de ver como o ser humano ainda tem muito a melhorar e repito de certa forma aqui parte do meu discurso quando escrevi o texto aqui no blog em 2007. A China pode estar no caminho de acertar o rumo, mas precisava perceber isso depois do estrago feito? Parece que a humanidade tem um certo apreço por repetir erros, né? Ou simplesmente ignora os erros e só depois que o estrago tá feito é que se dá conta. Bom, pelo menos a China está tentando acertar a direção. E o que podemos dizer do Brasil? Essa reportagem nos dá uma pequena amostra de como as florestas brasileiras tem sido tratadas, por onde a preferência por combustível fóssil tem nos levado entre tantos outros exemplos e não tem me parecido um acerto de rumo na melhor direção, tanto para os brasileiros, como para a humanidade como um todo.
É, China, antes tarde do que nunca…