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Belle Gunness e seus filhos. O olhar dessa senhora já revela tudo. |
Durante os seis anos seguintes, diversos pretendentes — muitos deles prósperos —, visitaram a fazenda da viúva norueguesa e jamais voltaram. Se você é leitor de romances policiais, já deve ter sacado que a perda de dois maridos em questão de meses e diversos pretendentes ao longo dos anos não foram meras fatalidades ou acidentes.
Em abril de 1908, quando o irmão de um desses homens desaparecidos resolveu investigar, a casa da fazenda foi incendiada de forma súbita. Os bombeiros descobriram quatro corpos no meio dos escombros. Três eram de filhos de Belle Gunness, mas o quarto — que era de uma mulher adulta — não pôde ser identificado por que estava decapitado.
Investigadores nas ruínas do porão de Mrs. Gunness. A autoria e as causas do incêndio nunca foram esclarecidas. |
Mesmo assim, as investigações prosseguiram e descobriram vários cadáveres esquartejados enterrados pela propriedade. Em depoimento à polícia, o trabalhador rural Ray Lamphere disse que Gunness atraía suas vítimas até a sede da fazenda, sedava-as, matava-as a machadadas e depois enterrava-as no chiqueiro ou perto dele.
Ray Lamphere: único empregado de Mrs. Gunness. Suspeito (?). |
Ainda hoje, estima-se que Gunness matou mais de 40 pessoas. Assim, ela é considerada uma das maiores serial killers da América. Há também quem diga que ela foi a primeira matadora compulsiva da História (ou, pelo menos, da História Moderna).
Misteriosamente, seu destino é desconhecido. Belle Gunness foi declarada morta após o incêndio, mas seus vizinhos insistiam que o corpo decapitado não poderia ser o dela. Lamphere também acreditava nessa hipótese e disse que Belle havia forjado sua própria morte para fugir com 100.000 dólares em dinheiro roubado. Mais tarde, porém, ele foi considerado o verdadeiro suspeito de assassinar a “viúva negra” de Indiana. Nunca saberemos quem tem razão nesse caso — não sobrou DNA suficiente para fazer uma identificação segura do cadáver decapitado e carbonizado.