Eutanásia de Bebê… mas bebê-baleia. Tudo bem?

Filhote de baleia abandonado deve ser sacrificado na Austrália

Pobre criaturinha. E não tem outro jeito?
Bom, nessa idade de 4 messes os filhotes só se alimentam de leite materno. Mas vamos extrapolar:

Nos últimos dias, os especialistas analisaram opções para salvar Colin. Uma possibilidade estudada era tentar devolvê-la ao oceano e deixá-la ali sozinha apenas se estabelecesse contato com outros cetáceos e conseguisse uma mãe adotiva.

Imaginem se um barquinho conseguiria driblar um bebê baleia. Eu acho difícil.
E adoção acontece, mas imaginem quanto tempo uma mãe-baleia adotiva levaria para começar a produzir leite. É, má idéia.

Outra opção avaliada pelos especialistas seria criá-la em cativeiro, mas para isso seriam necessários 600 litros de leite por dia e 30 pessoas para alimentá-la durante os 11 meses de lactação.

Pergunta: leite de vaca? Porque não sei de nenhuma ordenha de baleias. E mesmo que pudesse, cairiamos no triste mas real “economicamente inviável”.
A opção escolhida foi a eutanásia.
E então, concorda?
P.S.: piada de humor negro do meu colega Marcos – Se uma tartaruga gigante de galápagos ficasse órfã, ela adotaria um fusca?

Publicidade para cientistas: um público-alvo diferente?

No esforço de enfiar a cultura científica guela abaixo da cultura pop, ou pelo menos aumentar esta interação, eu gostei da iniciativa da Eppendorf com a campanha para seus pipetadortes.

Pipetadores são aquelas coisinhas que estão sempre nas mãos de cientistas de jaleco, nas suas bancadas com seus tubos e reações minúsculas. Afinal, sem eles seria dificil medir 10 microlitros de reagentes para trabalhar. Como devem imaginar, este trabalho de montar reações não é nada glamuroso, e sim repetitivo e monótono. Mas com um toque de magia publicitária até este tipo de trabalho pode ser tema de propaganda.
Afinal, nós cientistas também queremos o direito de ser tratados como mercado-alvo!!! E com uma boy-band de verdade da próxima vez, que a gente merece!
Ou ninguém merece. Na verdade a publicidade para cientistas deveria ser algo novo, menos chato do que é, mas não tão popularesco como este. Claro que vale a piada, mas essa interação pop-ciência pode ser mais fecunda.
Veja outro vídeo para um equipamento que amplifica DNA, a famosa máquina de PCR.

Comentado em Nature

Ambiente social e cultural, ou genética? Qual decide nosso destino?

Ambiente social e cultural, ou genética? Qual decide nosso destino?
Casos e mais casos sugerem a influência dos dois. Como eles interagem ainda permanece um mistério. Afinal, como a dieta de uma larva de abelha pode definir se ela será uma operária ou uma rainha? Como o ambiente social pode “neutralizar” o efeito de um gene, deixando alguém mais ou menos violento?
É difícil pensar nas nossas ações, decisões e personalidades sendo moldadas por genes. Mas não é tão difícil imaginar que o exemplo dos pais pode moldar a personalidade de uma criança. Afinal, o exemplo paterno está na mesma classe de eventos que a formação da personalidade infantil: a psicológica. O gene está ligado só a doenças, ao corpo diretamente. E se tudo isto estiver interligado?
Isso leva a uma pergunta antiga: a mente está ligada ao corpo? Os bons e velhos cartesianos achavam que não. E por muito tempo esta foi a visão mais aceita pelo mundo. Hoje em dia, estudos de fisiologia, psiquiatria, psicologia, neurociências, têm mostrado a ligação direta entre o corpo e a mente.
Muitas de nossas ações são moduladas por hormônios e neurotransmissores, que são todas proteínas, e as proteínas são feitas por genes. Uma das grandes perguntas que se faz hoje em dia é esta, já feita acima, mas aqui generalizada: como o ambiente pode interagir com nossas proteínas e influenciar nosso comportamento?
Prometo trazer toda informação possível para esclarecê-lo, caro leitor. Porque eu faço isto? Não sei. Talvez minhas proteínas precisem do seu reconhecimento. E isto talvez só Freud explique!

Proporção entre machos e fêmeas importa sim! Pergunte a um solteiro.


Deu no G1: Proporção entre machos e fêmeas influi mais em extinção do que ambiente

Os autores do estudo concluíram que os modelos científicos atualmente utilizados para prever a extinção das espécies são imperfeitos, pois não dão importância suficiente ao fator proporção entre machos e fêmeas.

Isso parece que funciona também em padrões de migração humana. Afinal, a maioria dos solteiros que eu conheço, a primeira pergunta que fazem quando você viaja para outra cidade ou país é: “Tem muita mulher?” E a segunda é: “são bonitas?”. Isso não passa de uma sondagem que muitas vezes influencia a decisão do solteiro caso ele tenha que se mudar e escolher onde morar.
Isso que estou falando agora não é um dado, é uma suposição partindo dos meus amigos solteiros (não eu porque já sou comprometido e não quero problemas com a patroa), mas acho que acontece isso sim.
Parece que desde insetos até nós, a proporção entre machos e fêmeas importa sim.
Só um errinho na notícia: “Resultados indicam que espécies estão mais ameaçadas do que antes se pensava.” Não tem nada disso. Só descobriram mais uma variável importante que deve ser analisada, que é a proporção macho/fêmea. A ameaça não aumentou, aumentou a nossa compreensão sobre o processo.