Achei um otimista da ciência brasileira: Stevens Rehen

Nessa crise é difícil ser otimista com a ciência brasileira. Mas eu achei um e ele não está no governo!
Para ele, a ciência no Brasil não é das melhores porque somos uma nação nova, mas vai melhorar.
Stevens Rehen é um pesquisador reconhecido, faz minicérebros e investe boa parte do seu tempo em divulgação científica.

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Tudo sobre ele aqui: http://stevensrehen.blog.uol.com.br/
No twitter: @stevensrehen
No facebook: https://www.facebook.com/stevens.rehen

Citado no episódio:

https://www.youtube.com/user/nerdologia

https://www.youtube.com/user/minutosp…

Fraude científica: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/n…

Todos confiam nos cientistas

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Os cientistas que erram, ou agem de má fé mesmo, podem até trazer uma vantagem. Isto nas palavras de Steven Wiley em artigo para a revista New Scientist. Lá ele fala que estes erros não chegam a afetar a credibilidade dos pesquisadores perante o público, e só reforçariam a idéia de que o senso de moralidade também está presente nos cientistas.
Realmente parece que o ser com mais crédito na praça é o pesquisador. Wiley cita uma pesquisa americana de 2001 onde 90% das pessoas perguntadas acham que os cientistas são pessoas dedicadas, trabalhando para o bem da humanidade. Lembro também de uma pesquisa feita no Brasil (pena não lembrar a fonte), em que a classe em que as pessoas mais acreditam é a de pesquisador com pós-graduação.

Nota Mental: Interessante o resultado dessa pesquisa americana, afinal mais de 50% dos mesmos americanos não acreditam na evolução do homem segundo a teoria de Darwin, a qual é praticamente consenso entre os tão confiados cientistas.

Êxito ou má conduta
A ciência aparece na mídia de duas formas principais: por êxitos ou má conduta. O êxito é um produto do trabalho, e a má conduta diz respeito a personalidade do pesquisador. Perceba que as duas coisas não estão na mesma classe de qualidades.
Quando se noticía um êxito, quase nada se fala das qualidades ou defeitos do pesquisador. Só interessa o resultado. Somente em casos de má conduta se põem em xeque as qualidades pessoais do pesquisador.
Um bom resultado, além claro de trabalho duro, exige muito de sorte. Já a personalidade reflete um conjunto complexo de escolhas ou características intrínsecas da pessoa. Quem deve ter mais mérito, um pesquisador voraz, agressivo e sortudo com bons resultados ou um pesquisador com menor relevância científica mas ponderado e responsável?
Este último seria à prova de fraudes, mas a falta de agressividade competitiva faria a ciência andar mais devagar.
Fato é que as duas estratégias funcionam a seu modo, afinal as duas permanecem na academia. Pela pouca experiência que tenho, realmente podemos dividir, grosso modo, a personalidade dos grandes pesquisadores nessas duas categorias, o agressivo e o ponderado.
Há ainda os pesquisadore irrelevantes que abundam em países como o Brasil, onde passando num concurso universitário pode-se ser um “pesquisador” sem ter que pesquisar. Mas isto é outro caso.
Bons exemplosbeakman cientista.jpg
A população, principalmente os jovens que se interessam pela a área de pesquisa, precisam de mais bons exemplos dentro da área. Bons pesquisadores que não sejam excêntricos ao extremo, que saiam de vez em quando pra tomar uma cervejinha com os amigos, fale de futebol e dos últimos hits do youtube.
Aliás, fatos como a paixão avassaladora de todos por Susan Boyle só mostram que precisamos sempre de heróis do dia-a-dia.