A casa

Fui conhecer uma casa com vários conceitos sustentáveis em sua construção. Na verdade acho que todos esses conceitos poderiam ser pensados para todas as casas hoje em dia. Coisas como aquecimento solar, reaproveitamento de água de chuva, telhado verde, aproveitamento de energia solar, ventilação cruzada e iluminação natural não são coisas impossíveis de ser parte de uma rotina na hora de pensar uma nova construção, assim como banheiro, cozinha e a churrasqueira. Por que coisas como closets, ofurôs e cozinha gourmet que até bem pouco tempo não existia nas casas, hoje em dia é super comum? Por que conceitos estéticos viram “moda” e ecoeficiência não? Quando eu percebo esse tipo de coisa eu vejo que eu devo mesmo ser a minoria da minoria das pessoas preocupadas em ter um apoveitamento mais inteligente dos recursos naturais do planeta.

O próprio engenheiro e dono da casa diz que não tem nada de difícil e muito novo no que ele fez, são tecnologias perfeitamente acessíveis, basta querer implementar. Ah, mas é caro por isso que as pessoas não fazem. Bom, fazer um ofurô, uma piscina, um closet também não é barato, então, como sempre, tudo é uma questão de escolha e prioridade.

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Fachada da casa
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Fundos da casa

Saiba mais sobre essa casa que fica aqui em São José dos Campos: http://goo.gl/iBAxxd e http://goo.gl/GjqHbJ.

Sim, essa é uma casa num condomínio de luxo e precisamos fazer esses conceitos de eficiência nas moradias e nas construções chegarem também em casas mais simples e populares, mas enquanto o povão acreditar que copiar os ricos que é legal e os ricos não resolverem mudar o conceito, vai ficar dificil…

2 Comments

  • 18 de março de 2014 - 17:47 | Permalink

    banheiras... E closet tb, não sabia ser problemático. A reforma em 2004 ficou circulando em revistas, parece que foi a única com preocupação ambiental e deve ser a única até hoje?

    Sobre o conceito chegar nos menos abastados, fundamental. Tudo que não é universalizável não é sustentável.

    As construções mais ecológicas e mais baratas são refugadas pelo "sistema vigente" até em momentos críticos como construir casas para vítimas de deslizamento (caso de Petrópolis e outros, onde uma casa nova custava 80.000 e uma casa com materiais reciclados saia por 20.000 e os políticos viraram as costas porque não se pode evidenciar ser possível construir casas com materiais alternativos, de forma melhor, mais barata e mais duradoura.

    Vivemos no sistema da ineficiente e do desperdíco sendo corriqueiramente premiados. Só boa vontade nos leva para a direção contrária.

    Abraço

    Hugo

  • henrique
    18 de março de 2014 - 17:53 | Permalink

    Tudo isso no plano ideal..

    Com o preço do imóvel e construção hoje em dia, muito disso fica complicado.

    Tenho também energia solar.

    1) RETORNO

    Vamos ao fato: O retorno, médio da instalação total (que passa de 10 mil reais dependendo da região), para uam família média (4 membros) é de uma década!

    Se for aquecer apenas os chuveiros, a instalação é mais barata e tem retorno em 3 anos.

    Em um país cuja maioria das pessoas vivem em casas alugadas, ou financiadas, um retorno na escala de ANOS não é prioridade!

    2) O aquecimento não comporta a demanda aqui em casa (5 pessoas) em época nublada e inverno\outono, sendo que uns 70% do aquecimento acaba vindo portanto de energia comum.

    3) Apesar de falarem o contrário, a manutenção é cara. É feita pelas poucas empresas especializadas, que cobram muito caro no orçamento e peças. Só um pane geral que teve aqui, tivémos que trocar termoestato, limpar painel, fiação e resistências (que são bem mais caras que as de um chuveiro comum). O retorno de "3" anos, portanto, foi adiado...

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