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Em 1774, um navio perdido foi descoberto na região ártica coberto de gelo e neve. O descobridor foi o capitão de um navio baleeiro da Groenlândia chamado Warrens. Ele, ao subir a bordo do navio encontrado achou, em uma das cabines, o corpo de um homem perfeitamente preservado pelo frio glacial, com exceção de uma mancha de mofo esverdeado que apareceu em volta dos olhos e na testa. O cadáver estava sentado numa cadeira e ligeiramente afastado da mesa. Na mão direita, ainda havia uma caneta e em diante dela estava o diário de bordo. O morto estava escrevendo no momento em que faleceu. A última sentença completa do diário inacabado era a seguinte:“11 de Novembro de 1762. Nós já estamos presos no gelo por dezassete dias. O fogo extinguiu-se ontem e nosso mestre tentou desde então reacendê-lo, mas sem sucesso. Sua esposa morreu hoje de manhã. Não há sinal de alívio”
O Capitão Warrens e seus homens retiram-se em solene silêncio e, ao entrar na cabine principal, encontraram numa cama o corpo de uma moça, com todo o seu frescor juvenil, em sua posição e sua atitude. Sentado no chão, com um pedaço de aço nas mãos, como que num último ato, o cadáver de um jovem homem. Nenhuma provisão ou combustível foi encontrado no navio fantasma.— The World of Wonders [O Mundo das Maravilhas], 1883
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