>Os 10 Mandamentos (versão 2.0)

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Como era de se esperar, os teólogos do Vaticano não têm muito o que fazer. Só que agora, eles parecem entediados com a Internet e, pensando que ainda têm relevância social, fizeram uma lista de dez mandamentos informáticos. Não é surpresa notar que tais mandamentos muito agradariam a outros poderosos tão ultrapassados quanto a Igreja, como a sagrada indústria fonográfica e Santo Bill, o Gates. Eis a lista dos dez peccati informatici:

  1. Usar programas sem a correspondente licença, mais conhecidos como programas piratas;
  2. Criar e difundir vírus informáticos;
  3. Enviar e-mails ou mensagens eletrônicas anônimas ou com endereços e dados falsos;
  4. Baixar ilegalmente música e filmes em qualquer formato via Internet;
  5. Roubar programas informáticos;
  6. Enviar spam ou e-mail de publicidade não solicitado;
  7. Ser um cracker, e considerar glorioso violar a privacidade e a segurança dos sistemas informáticos pessoais, institucionais e/ou empresariais;
  8. Abusar das áreas de chat, saturando-as, mas especialmente dando falsas informações sobre si mesmo;
  9. Entrar em sites pornográficos;
  10. Criar sites pornô na Internet.
Nota-se que a Igreja parece tão pudica que coloca a (mais que esperada) condenação à pornografia virtual no fim da lista. Mas parece que, como na versão anterior dos 10 mandamentos, esses teólogos estavam tão entediados que inflaram as infrações repetindo algumas até completar o mágico e redondo número 10. Na prática, dá na mesma cometer os pecados 1, 4 ou 5. Os de número 2, 3, 6 ou 7 também são a mesma coisa. Mais óbvia ainda é a ligação entre o pecado 9 e o 10. E o pecado 8 já nasce ultrapassado, pois cada vez menos gente usa chats “públicos”. Só os verdadeiramente ignorantes (ou desesperadamente isolados e solitários) caem no papo dos chat-chat-chat-line da vida.
Note, porém, que não há nenhuma palavra contra o roubo em fazendinhas virtuais ou qualquer regra que se aplique às redes sociais. Aí já seria excesso de ócio mesmo, pois mente vazia é a oficina dos teólogos.
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