>O exorcismo de Amora Carson

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Uma jovem de vinte anos, moradora de Lake Cherokee, Texas, foi condenada a prisão perpétua por sua participação em um crime que chocou o Estado, famoso por seu fervor cristão: o assassinato de sua própria filha de treze meses de idade. Jesseca Carson foi condenada por unanimidade pelo júri que a julgou pelo assassinato de Amora Carson. O companheiro de Jesseca, Blaine Milam também já foi condenado à pena capital por espancar Amora com um martelo até matá-la. Embora Blaine tenha perpetrado os golpes de martelo, Jesseca foi condenada como mentora intelectual do assassinato da filha. O casal afirmava que aquilo era um “exorcismo”.

Em uma apresentação chocante diante do juri, a promotora Lisa Tenner descreveu Carson como “a mulher que sacrificou sua filha para um monstro.” Membros do júri chegaram a passar mal quando as fotos do corpo esmagado de Amora foram apresentadas como provas. Alguns até comentaram que podem ter sido traumatizados pela apresentação. A defesa procurou atenuar a participação de Jesseca, apresentando-a como alguém que foi dominada pelo namorado violento, que a teria convencido de que a filha estava possuída por um demônio. Por algum motivo ainda não esclarecido, Carson e Milam decidiram que Amora estava possessa e precisava do “exorcismo”.
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Apenas alguém cego pelo fanatismo
veria algo diabólico nessa garotinha
Em dezembro de 2008, a menina de treze meses foi brutalmente agredida com um martelo e outras ferramentas. Além disso, havia diversas marcas de mordidas pelo corpo de Amora. Segundo a investigação, as mordidas foram feitas enquanto Milam “gritava o nome de Jesus” para expulsar os demônios. Quando a filha morreu, Carson e Milam deixaram o corpo no chão do quarto e foram a uma loja de penhores, onde tentariam obter dinheiro para pagar um exorcista profissional (possivelmente para incriminá-lo). A polícia foi chamada e encontrou o corpo de Amora tão irreconhecível que, segundo um policial, “não podíamos dizer quantos golpes ela havia recebido. E havia mais de 20 mordidas pelo corpo dela.” Durante a investigação, Milam e Carson mudaram frequentemente seus depoimentos. Vencida pelo cansaço dos interrogatórios, Jesseca acabou confessando a verdade, mas insistiu na necessidade do ritual.
Blaine Milam já havia sido condenado por atentado violento ao pudor de uma menina de 14 anos, mas acabaou liberado. Sua condicional o proibia de ter qualquer contato com crianças fora de sua família. Por diversas vezes, a polícia teria sido chamada pelos vizinhos após denúncias de violência doméstica. Amigos de Jesseca Carson afirmaram que ela se tornou bastante reclusa durante os meses anteriores ao crime.

fonte: The Houston Chronicle (chron.com)
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