Linha de fundo

Introdução

13 de outubro de 2021

Ana de Medeiros Arnt

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Revisão: Graciele Almeida de Oliveira

Edição: Maurílio Bonora Junior

p. 06-13

Pandemias são um risco iminente. Elas sempre estiveram aí, desde quando começamos a nos reunir em grandes centros e nos tornamos uma grande civilização.

Algumas dizimaram cidades, enquanto outras conseguiram destruir nações e até partes de continentes.

Não são atuais os avisos sobre estarmos a um passo de uma nova pandemia. Existe um monitoramento constante de vírus e bactérias com potenciais pandêmicos, que não debatemos em nossa sociedade de forma constante ou ampla.

Semana epidemiológica #141

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Média móvel de novos casos no Brasil, na ocasião de publicação deste texto

169 óbitos registrados no dia (601.660 ao todo)

Se nos detivermos em doenças e vírus respiratórios, poderíamos começar citando a “gripe aviária” (H5N6 foi o último vírus anunciado, mas há outros Influenzas que também são mencionados), que seguidamente aparece em noticiários como preocupação tanto pelos prejuízos econômicos, quanto pelas infecções humanas (mesmo que poucas), por sua alta letalidade.

Quanto aos vírus da família do Coronavírus, a SARS, em 2003, foi talvez a mais preocupante das doenças com potencial pandêmico, por sua letalidade altíssima, tanto quanto a MERS, em meados de 2012. Ambas tiveram uma cobertura jornalística ampla, apontando riscos, biologia da doença e anúncios da Organização Mundial da Saúde.

O H1N1 é outro vírus causador de gripe que também foi preocupante e ocasionou, de fato, uma pandemia mais recente em 2009, antes da COVID-19. Com cerca de 18,5 mil óbitos entre 2009 e 2010 (que podem chegar a mais de 500 mil óbitos, segundo estudos do CDC), o H1N1 causou a primeira pandemia contemporânea largamente debatida, já em um mundo com internet, receitas de medicamentos via pesquisa on-line e desinformações correndo solta em sites nada confiáveis.

 

Pandemia de COVID-19

 

Os últimos 19 meses – desde que foi deflagrada a pandemia de COVID-19 no mundo, pela OMS – não se tornaram mais fáceis por estudarmos a temática ou a história de endemias e pandemias. Todavia, estudar sobre saúde, relacionada à sociedade, nos faz entender que precisamos encarar nossas vidas de forma diferente.

Quando a pandemia de COVID-19 foi decretada, dia 11 de março de 2020, ou mesmo antes disso, já se falava sobre o trabalho fundamental da chamada “Linha de frente”: profissionais de saúde que atuavam em postos de atendimento ou em hospitais seriam muito afetados pelo risco do intenso contato. As atenções se voltavam para a necessidade de ficarmos em casa, diminuirmos contatos, praticarmos exacerbadamente a higienização das mãos, das compras, das roupas, de tudo o que vinha da rua. Todas as discussões eram sobre como não lotar hospitais, aumentar capacidade de leitos, cuidarmos de quem era considerado “grupo de risco”.

Do outro lado, quem atua no campo da comunicação científica, também organizou-se prontamente para localizar estudos, debater resultados e notícias para abordar tanto novidades sobre a doença, quanto informações científicas seguras para um público amplo.

 

A Divulgação Científica na Pandemia e o Especial COVID-19

 

A comunicação científica teria, em nosso país, muitos desafios que não imaginávamos na época em que montamos o Especial COVID-19. A equipe técnica, científica e administrativa do Blogs de Ciência da Unicamp (Blogs) decidiu elaborar o Especial nos primeiros dias de fechamento da Universidade Estadual de Campinas – dia 12 de março fechamos as portas, dia 14 de março fizemos a reunião da equipe com alguns textos que já estavam sendo escritos. Planejamos os conteúdos, distribuímos algumas tarefas e temáticas para pesquisarmos e elaborarmos textos e montamos um edital para nossos blogueiros do projeto.

A princípio, os números especiais do nosso projeto têm data limite para inserção de textos. Como a COVID-19 era algo fora do usual, decidimos que o Especial ficaria aberto à remessa de textos. Além disso, convidamos pesquisadores e pós-graduandos que não participavam do projeto como blogueiros fixos, para colaborar. O Especial COVID-19 foi lançado no dia 21 de março. Naquele momento nossa expectativa era de mantê-lo como “especial” enquanto durasse a pandemia, mas não imaginávamos que se estenderia por 19 meses (e seguimos contando…).

Ao todo, no Especial COVID-19, foram 280 textos produzidos, em todas as áreas de conhecimento, 118 autores em 19 meses de produção (que não se encerra com o lançamento desse livro). Ao longo deste ano de pandemia, realizamos uma imersão no mundo das vacinas e sua produção. Nunca debatemos tanto sobre vacinas, em tantos detalhes. E foi neste momento, entre o final de 2020 e início de 2021, quando o caos da falta de oxigênio se instalava em uma crise imiscuída de crueldade e desespero, nosso país também mergulhava na esperança da chegada das vacinas para a população brasileira. A situação se agravava e anunciamos 300 dias de pandemia, amargurados e sem ar.

 

O movimento Todos Pelas Vacinas

 

Em meio a tudo o que se anunciava, fomos convidados a integrar o movimento Todos Pelas Vacinas. Vários grupos de divulgação científica uniram-se em torno desta temática e elaboraram uma forte campanha de divulgação científica em prol das vacinas, em todas as redes sociais, lançada no dia 21 de janeiro.

A partir deste momento, o Blogs se viu imerso nesse grande coletivo de divulgação científica, que lutava no combate à desinformação como um conjunto maciço de pessoas que acredita na coletividade e sua potência. O movimento segue ativo, tendo realizado outra campanha no Carnaval de 2021, pintando o Sambódromo do Anhembi, produzindo um vídeo emocionante sobre a COVID-19 e o Carnaval, que teve suas festividades canceladas em nosso país. Além disso, também realizamos juntos recentemente uma campanha, Vacina No Grau, em setembro de 2021, destinada a jovens e adolescentes.

É importante dizer, ainda, sobre este movimento, que foi neste grupo que obtivemos apoio e força para seguir o trabalho de divulgação frente ao difícil período que viria pela frente. Ao fecharmos um ano de pandemia no mundo, no mês de março de 2021, estávamos imersos no colapso do sistema de saúde, preocupados, com familiares, amigos, colegas e conhecidos adoecendo, sendo hospitalizados, falecendo. Foi estudando e escrevendo para combater a desinformação que nos mantivemos juntos. Nada foi trivial, ou leve, nestes 12 meses iniciais, mas definitivamente grande parte do que fizemos foi possível, no pior momento da pandemia, por termos ingressado em um grupo tão acolhedor e que se apoiou tanto – pela empatia e pelos conhecimentos compartilhados.

Foi por acreditar no ideal do conhecimento científico acessível a todos que iniciamos nossa jornada na divulgação científica. Foi na dor e no luto que escrevemos ao longo dos dias e noites durante esta pandemia. Foi na empatia entre colegas que conseguimos suporte para seguir todos os dias.

Se por um lado os hospitais, postos de saúde e de vacinação estavam lotados, sendo cuidados por profissionais a quem nomeamos Linha de frente, por outro, foi no espaço da divulgação científica, em plataformas de mídias sociais diversas, que fomos nos constituindo o que chamamos, neste livro, de Linha de fundo.

 

Linha de Fundo: Um giro de divulgação científica sobre a COVID-19

 

A linha de fundo se construiu nos espaços internos de casas, quartos ou escritórios dispersos pelo país, de um modo que, à revelia das dificuldades de confinamentos, com o cotidiano permeado de mensagens com notícias falsas, se negou à conformidade.

A conformidade é isto que se põe de acordo com uma determinada forma, aceitando-a. Se existe algo que a linha de fundo não fez ao longo da pandemia, foi situar-se na conformidade. A linha de fundo espreita, resiste, como permanência desgrenhada, que segue mambembe, embora coesa. Olhando assim, parece incoerência e desatino.

Eu costumo dizer que a divulgação científica, esta que se constituiu como linha de fundo da pandemia, é como as cigarras. Enquanto todos fervilham trabalhando (como as formigas, às vezes mais aglomeradas do que gostaríamos, mas sem condições de viverem diferente), mambembe que somos, cantamos. E cantamos, inicialmente, baixinho, isoladas. Logo mais escutamos um canto, depois mais um canto aqui e outro canto acolá, até formar um canto uníssono e forte. Canto este, diga-se de passagem, que muitos reclamam, inclusive dizem não ser trabalho, tampouco trabalhoso, e tentam silenciar.

Há quem diga que o canto das cigarras é prenúncio de chuvas e que a primavera chega nas primeiras vozes escutadas pelo ambiente. Como este é um livro de divulgação científica, o rigor me obriga a dizer que a cantoria é a busca por acasalamento. Mas eu vou usar a licença poética da escrita para falar do nosso canto como metáfora do encontro e da potência deste encontro. A divulgação científica da pandemia, ou esta linha de fundo, se construiu ao longo deste ano como esta cantoria que se inicia sozinha, mas persiste no canto até que encontra outras vozes. E é no encontro destas vozes, as quais somos apenas algumas, que preenchemos espaços sociais, nos fazendo ouvir, à distância, e cada vez mais alto. Quando há esse encontro, nossas vozes, nossos cantos, se juntam em um som impossível de não ser ouvido, ou reconhecido como o que se é, e o que se quer ser: potência.

Compomos, junto com tantos outros grupos de divulgação científica ( com a certeza de não estarmos sozinhos) uma linha que, lá do fundo das ações, não se deixa esmorecer em um país que enfrentou a pandemia de maneira aparentemente desgovernada (embora não seja esta a realidade). É um movimento, por trás dos acontecimentos. A linha de fundo, para cantar, espreita, observa, anota, estuda, dialoga, escreve, faz da voz e do conhecimento, rotina. Não que seja um coletivo de pessoas que concordam com tudo, de modo uniforme cantando sempre no mesmo tom. A grande coesão da linha de fundo, este movimento do inconforme, foi se manter na defesa da vida, da informação científica como prática cotidiana, do diálogo como constância. Estávamos no fundo, mas buscando (nesta cantoria inconforme e constante) ocupar cada instante e cada espaço possível. E, sem modéstia, nem arrogância, compreendendo nossos limites: ocupamos.

 

Nota dos Editores:

Na seção de agradecimentos, apontamos os principais grupos que nos acompanharam nesta trajetória, bem como toda a equipe do projeto Blogs de Ciência da Unicamp.

A linha de fundo se construiu nos espaços internos de casas, quartos ou escritórios dispersos pelo país, de um modo que, à revelia das dificuldades de confinamentos, com o cotidiano permeado de mensagens com notícias falsas, se negou à conformidade.

Agradecimentos Especiais

 

Sabemos que temos um limite do que podemos fazer com nosso trabalho e que, infelizmente, vivemos em um país (e, muitas vezes, um mundo) que não colocou em prática algumas das políticas públicas de saúde, baseadas em ciência, que poderiam ter salvado muitas vidas. Vidas próximas a nós, diga-se de passagem (familiares, amigos, colegas: amores de nossas vidas).

Entretanto, ao longo deste “giro” de 12 meses (e até agora, completando 19 meses de pandemia) demarcamos nosso trabalho e nossas vozes, como projeto e como parte de um grupo gigantescamente maior de divulgação científica. Nós estivemos presentes debatendo ciência com pessoas que buscavam informações científicas, que estavam em dúvida, inseguras quanto ao uso de medidas não farmacológicas, ao uso de medicamentos amplamente divulgados por aí, bem como sobre as vacinas, sua eficácia, segurança e necessidade – individual e coletivamente. Como linha de fundo, o Especial COVID-19 e este livro que fala de um giro ao redor do Sol, vivendo uma pandemia, ocupou espaços. Percebendo nossos limites e procurando rompê-los, dentro da nossa capacidade de atuação. Gostaríamos, para iniciar este livro (Ufa! Finalmente!), de agradecer nominalmente algumas pessoas que foram fundamentais para a construção deste material.

O Blogs de Ciência da Unicamp é um projeto de divulgação científica da Universidade Estadual de Campinas, cuja equipe técnica, científica e administrativa conta, atualmente, com 19 pessoas, grande parte de voluntários. Todavia, desde início de 2020, quando a pandemia foi anunciada, algumas pessoas estavam atuando conosco e, por motivos diversos, se afastaram da equipe fixa do projeto. Ao todo, trabalhando no período da pandemia até o momento, foram mais de 20 pessoas. Essa construção do livro não seria possível sem cada uma delas.

Além disso, na jornada também formamos um movimento lindíssimo, solidário, forte, potente, o Todos Pelas Vacinas. A reunião de diversos divulgadores para as campanhas e produções de conteúdo sobre vacinas nos emocionou diversas vezes. Aqui, neste espaço, também não poderíamos deixar de mencionar o apoio, atuação conjunta, ideais vividos na prática com diversos grupos e divulgadores científicos, em especial: Observatório COVID-19, Rede Análise COVID-19, Grupo Infovid, UP Vacina, Projeto Divulgar, Pretty Much Science, Equipe Halo.

Não foi uma tarefa simples selecionar os textos que compuseram os capítulos deste livro.

Este livro foi escrito, organizado e pensado com muito carinho por toda a equipe do Blogs. Em junho de 2020 já tínhamos definido que montaríamos um livro a partir deste trabalho. Mas foi no início de 2021, quando a data de 1 ano de pandemia se fazia cada vez mais próxima, e real, que começamos a idealizar o material e planejar as escolhas e critérios para a organização final.

Iniciamos com uma seleção dos textos mais lidos, que despertaram mais comentários e maior interesse do público ao longo dos 12 primeiros meses da pandemia de COVID-19. Também priorizamos que todas as áreas que o projeto abrangeu fossem contempladas. Aliás, não deixamos de fora também as produções que fizemos com o estômago embrulhado, mãos trêmulas, chorando juntos por tudo o que passávamos, como é o caso dos textos que encerram este livro.

Debatemos muito se iríamos modificar os textos, a fim de atualizá-los, ou se deixávamos como foram publicados, juntamente com a data, ou a melhor forma de organizar este compilado. Por fim, decidimos trazer pequenas atualizações no formato de notas ao longo do texto. Também fomos inserindo os dados de casos confirmados na época de produção do capítulo. Isto foi nos dando a dimensão de todo o trabalho que foi sendo feito ao longo destes 12 meses. As temáticas foram se modificando, as demandas também. E com o tempo, nosso trabalho foi se moldando para se tornar o que é hoje, um esforço conjunto para superar, não só a pandemia, ou as campanhas de desinformação, mas para levar a ciência a todos, como um direito que todos nós, cidadãos, temos.

 

A desinformação azeda sobre o limão na COVID-19

A simples ingestão de um ou outro alimento poderia nos tornar imune ao coronavírus? Apesar de estranhas, tenho presenciado situações e recebido mensagens diversas sobre o pH dos alimentos e sobre diversos produtos que as pessoas têm utilizado em substituição ao álcool em gel. 

Como a desinformação tem atrapalhado nossa resposta à COVID-19

A notícia de que o Brasil atingiu, nesta semana, o segundo lugar de país com maior número de contaminados de COVID-19, tornando-se o novo epicentro da doença, mostra que estamos falhando miseravelmente no controle da pandemia. Uma avalanche de notícias e informações falsas tem nos distraído e dividido bem no momento crucial em que deveríamos focar todas as nossas energias no combate ao vírus.

Como se produz um resultado científico e o que isto tem a ver com a COVID-19?

Vocês já tiveram a impressão de que a ciência é uma bagunça esquisita? Uma hora lemos que o café faz mal, noutro momento, o café salva nossos corações… O chocolate então? Passa de vilão para herói ano sim, ano não… tudo isso faz com que a ciência, os resultados e conhecimentos científicos muitas vezes sejam desacreditados.

Corrigindo boatos de forma estratégica

Você não aguenta mais receber Fake News no grupo da família? Já cansou de corrigir os mesmos boatos toda semana? Pois você não está sozinho. Desde que os primeiros casos de COVID-19 começaram a ser registrados, os potenciais riscos das desinformações deixaram de ser assunto para pequenos grupos de cientistas e invadiram o dia a dia de boa parte da sociedade.

COVID-19 e o negacionismo

Enquanto a COVID-19 faz milhares de vítimas fatais pelo mundo e as autoridades em saúde pública orientam o isolamento social como método mais eficaz de contenção de sua disseminação, parte da sociedade assiste, estarrecida, ao discurso de políticos que seguem negando os fatos com foco na recuperação da economia, mesmo ao custo de “algumas” vidas. Veiculados como gesto em prol do trabalhador, conceitos formulados por Noam Chomsky e Antonio Gramsci mostram que o discurso negacionista tem outros beneficiários.

COVID-19 e os riscos da modernidade: modernização como causa e como consequência

Na sociologia contemporânea, principalmente na obra de Ulrich Beck, as pandemias já eram identificadas como um dos principais riscos da modernização. O caso atual da CO-VID-19 veio para confirmar isso, e mais que isso, é fácil identificar como o processo de modernização aparece como causa, mas também como consequência da pandemia. O difícil é vislumbrar quais serão os impactos das mudanças nos processos sociais no período pós-pandemia

Os 7 tipos de Fake News sobre a COVID-19

Conforme escrevi no capítulo 10, “A COVID-19 e o negacionismo”, há dois meses, a pandemia trouxe consigo a necessidade de estancar a disseminação de falsas informações a respeito dessa terrível doença. Neste sentido, o presente texto pretende analisar e classificar os tipos de desinformação que circulam relacionados à COVID-19 e indicar um roteiro de perguntas básicas que você deve fazer antes de acreditar e/ou compartilhar informações, que vale tanto para o Coronavírus quanto para as demais Fake News sobre saúde (que circulam desde sempre).

Pandemia acelera produção e acesso a preprints

“Cães e gatos podem transmitir o COVID-19?”; “Descoberto anticorpos com ação eficaz contra o novo coronavírus”; “Droga contra HIV tem ação animadora contra SARS-CoV-2”. Estas são algumas notícias que devem ter chegado a você, todas baseadas em artigos ainda sem avaliação por especialistas. São os chamados preprints, que são disponibilizados para acelerar o acesso à informação científica, o intercâmbio e as chances de a ciência achar respostas rápidas contra o novo coronavírus.

Por que você não deveria argumentar com radicais – o efeito “Backfire

Sabe aquela vez que você topou, nas redes sociais ou fora delas, com uma pessoa muito convicta defendendo algo que você tinha certeza de que estava errado? Pode ter sido um antivacina, um terraplanista, um negacionista da pandemia ou um apoiador ferrenho de algum político, daqueles dispostos a defender qualquer bobagem ou mentira que seu ídolo tenha dito.

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