Como utilizar o lúdico e o imaginário em nosso favor para praticar/experimentar diferentes formas de comunicação e divulgação científica? Confira aqui a proposta de uma oficina criativa que envolve dragões e muita imaginação, e que se mostrou possível de ser aplicada a participantes de diversas área do conhecimento!
Aconteceu ontem, dia 27/09/2017, o II WORKSHOP DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA do projeto Ciência Informativa. O evento ocorreu no Anfiteatro E. Paterniani, do Departamento de Genética da ESALQ/USP, em Piracicaba/SP
Eu estive lá junto com a Erica Mariosa, voluntária da equipe dos Blogs de Ciência da Unicamp. Fomos convidadas a oferecer uma atividade lúdica de produção de conteúdo de divulgação científica visando a interação dos participantes.
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Confiram como foi nossa proposta:
Nesta oficina, inicialmente os participantes foram apresentados à proposta do projeto didático-pedagógico “Nas Asas do Dragão” como integrador do tripé ensino-pesquisa-extensão nas Universidades. A narrativa criada para a disciplina de Biologia do Desenvolvimento foi então apresentada (Nas Asas do Dragão – A Origem). Em seguida, todos foram desafiados a encontrar formas de utilizar a figura lúdica dos dragões para integrar os conhecimentos de suas próprias áreas de interesse em uma nova narrativa, com o objetivo de atingir públicos não especializados.
Passo a passo da oficina:
1. Formar grupos de 2-4 participantes;
2. Cada participante tem até 1 minuto para contar para os demais sobre seu tema de pesquisa;
3. Uma vez que todos já conheçam um pouco dos trabalhos de cada um, escolher um conceito ou tema científico da área de especialidade de algum dos participantes do grupo para prosseguir com a atividade;
4. Criar uma breve narrativa incluindo dragões de alguma forma, a fim de abordar o tema científico escolhido de forma lúdica e acessível ao público leigo.
Expectativas:
Esta oficina criativa consistiu essencialmente num exercício de improviso e criatividade. Para quem se interessa em se aventurar pela divulgação científica, é importante estar sempre atento aos temas mais relevantes dos noticiários e aos temas de maior interesse da sociedade, inclusive do entretenimento. Tudo isso pode ser utilizado em nosso favor na missão de divulgar a ciência.
A proposta desta atividade foi oferecer aos participantes uma oportunidade de praticar/experimentar uma forma muito interessante de comunicação com o público leigo. Ao incluir temas científicos em narrativas lúdicas, espera-se possibilitar a divulgação da ciência de forma mais divertida e acessível, atraindo o interesse dos mais diversos públicos não-especializados.
Resultados da primeira experiência:
Logo após serem informados sobre o desafio, foi nítida a preocupação estampada no rosto dos participantes da oficina! Envolver dragões e ciência numa narrativa parece ser um desafio e tanto para algumas áreas do conhecimento. Mas bastou eles se sentarem em grupos e discutirem seus projetos, que ideias fantásticas surgiram!
Em apenas alguns poucos minutos, os diferentes grupos conseguiram desenvolver narrativas envolvendo desde psicologia comportamental até neutrinos, além de frutos da amazônia e até mesmo leveduras! A criatividade dos participantes foi surpreendente!
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Disponibilizar as histórias geradas para o público é uma etapa muito importante desta proposta, pois assim poderemos saber a opinião dos leitores. Elogios, críticas e sugestões são sempre bem-vindos! Estamos agora aguardando os grupos compartilharem suas histórias por aqui, para que vocês possam conferir! Contamos com a participação de todos! 🙂
Que tal encarar esse desafio você também?
Se você quiser criar a sua própria narrativa envolvendo dragões e o seu tema científico de interesse, não deixe de compartilhar sua ideia com a gente! Sua história pode ser selecionada e publicada aqui no blog! Adoraríamos ver narrativas criativas das mais diversas áreas do conhecimento!
O que fazer para participar:
Envie sua história em um arquivo do Word (.doc) para o e-mail c080958@g.unicamp.br lembrando-se de incluir, além da sua narrativa, as seguintes informações:
1. Título
> Proponha um título bem chamativo e criativo para sua narrativa.
2. Objetivo(s) científico(s) da história
> Explique qual tema ou temas científicos específicos você decidiu abordar na sua história de forma acessível e que você gostaria que o público leigo compreendesse ao longo da narrativa.
3. Público-alvo
> Detalhar se o público-alvo da sua história é composto pelo público leigo geral ou por um público leigo específico (infantil, infanto-juvenil, juvenil ou adulto).
4. Autores
> Liste o nome de todos os autores que participaram da criação da história.
5. Outros elementos
> Se você quiser, inclua também imagens, gifs, vídeos (cuidado com a questão dos direitos autorais) ou ilustrações próprias para enriquecer sua narrativa.
Já estamos curiosos para saber os rumos de cada narrativa! 😀
que massa Carol, vou tentar fazer!
Oba!! Tente sim, Carol! 🙂
- Autores: Pier, Helena, Sarah
- Título: "O dilema do dragão faminto"
- Objetivo: explicar o conceito de neofobia alimentar (o medo, e a consequente recusa, de comer alimentos novos, nunca consumidos e/ou diferentes do habitual), a partir de uma narrativa em que o dragão se vê obrigado a mudar de local e, para onde ele vai, não tem nada do que ele costumava comer
- Narrador: onisciente
- Enredo:
(a) Apresentação: O jovem dragão se vê diante de um dilema alimentar, ao mudar de habitat e ir para um lugar novo, onde não encontra os alimentos que ele costumava comer;
(b) Desenvolvimento: O dilema aparece diariamente, pois ele, mesmo com fome, se recusa a comer o que ele não conhece e está fartamente disponível. Isto deixa ele abalado e mais debilitado, o que só piora a situação dele.
(c) Clímax: Acontece algum evento que demanda vigor físico dele, mas ele está debilitado demais, emocional e fisicamente, para cumprir esta missão. Diante da necessidade, ele se dispõe a experimentar estes novos alimentos, para poder dar conta da tarefa.
(d) Desfecho: A partir do momento que o dragão se propõe a mudar seus hábitos alimentares, ele fica saudável e pode viver bem. Com a experiência vivida, ele percebe que temos que nos alimentar de forma variada e sem preconceitos.
- Público-alvo: jovens (alunos de ensino médio) e adultos (possivelmente, pais destes jovens)