Integrando Frentes Públicas de Ensino

unifesp.jpgApesar de não ser o objetivo primário deste blog, acho importante divulgar um projeto desenvolvido por alunos e profissionais do Programa de Pós-graduação em Biologia Molecular da UNIFESP (Escola Paulista de Medicina) junto a professores da Rede Pública dos Ensinos Fundamental II e Médio.
Trata-se do V Curso de Atualização para Professores de Ciências e Biologia – “O Fluxo da Informação Gênica”, que tem como objetivo a reciclagem desses profissionais em alguns dos temas de Biologia Molecular que causam maior interesse em salas de aula, como clonagem, células-tronco, transgênicos, câncer, dentre outros.
Durante uma semana, os alunos/professores vivenciam o ambiente de laboratório, com uma grande carga horária prática junto às aulas teóricas, havendo também palestras de pesquisadores convidados que trazem o que há de mais novo nas ciências moleculares, e também mesas-redondas para se discutir os temas mais polêmicos.
biol_02_img0140.jpgAs incrições serão abertas pela Pró-reitoria de Extensão da UNIFESP em breve, e ocorrerão online entre 19/06 e 10/07/09. O curso por sua vez acontece na semana entre os dias 20 e 24 de Julho, em período integral. Algo muito importante a se mencionar é o fato de o curso ser inteiramente gratuito, uma vez que a iniciativa tem por objetivo aumentar a integração entre as diferentes frentes públicas de ensino.
Se você é professor da rede pública, ou conhece alguém que se encaixe no perfil ao qual o curso é direcionado, indique!!! Para maiores informações acessem o site do PROEX ou mandem e-mail para: divulgacaopapem@gmail.com

O preço a se pagar pela preferência feminina

ResearchBlogging.orgUma publicação recente do Evolution and Human Behavior anunciada na New Scientist chamou minha atenção: o aparente sucesso dos homens “sarados” com as mulheres pode não ser tão vantajoso – ao menos em termos evolutivos – como se acreditaria.

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A pesquisa realizada pela Universidade de Pittsburgh analisou dados de 5000 homens entre 18 e 49 anos coletados no período entre 1988 e 1994, e chegou a conclusões bastante interessantes. Resultados de trabalhos anteriores haviam demonstrado que as mulheres preferem homens mais fortes – que tendem a ter mais parceiras e iniciarem a vida sexual mais cedo que homens esguios – quando outros parâmetros são equalizados (não vou falar de dinheiro senão vão me xingar… ops, já falei).

Também já havia sugestões na literatura do eventual custo de se “manter o corpinho”, uma vez que é sabido que a testosterona – o hormônio que promove o crescimento muscular – é um potente supressor do sistema imunológico, ou seja, o aumento de musculatura pode vir às custas de uma menor resistência a eventuais doenças. Essa diminuição da capacidade imunológica foi observada em menor produção de leucócitos (as células brancas do sangue responsáveis por combaterem infecções) e de uma molécula produzida no fígado chamada proteína C-reativa, presente no sangue em momentos de inflamação aguda, quando ajuda a destruir patógenos.

Ainda, quanto maior a quantidade de músculos mais calorias precisamos ingerir para manter tudo funcionando normalmente. Isso pode parecer pouco importante nos dias atuais, em que temos oferta alimentar mais do que abundante, mas nossos ancestrais enfrentavam um cenário bem diferente.

bodybuilder_smallest1.jpgAssim, apesar dos “benefícios sexuais” observados, os problemas derivados desse alto consumo de energia podem compensar um ao outro, o que explicaria porque, em termos práticos, homens esguios são igualmente bem-sucedidos!

E aí, aquela vontade de ir prá academia se preparar pro mulherio passou? Com certeza é bom definir os motivos que te levam à malhação e repensar o prêmio por horas puxando ferro!

Sem falar que, enquanto você malha, corre o risco de a sua namorada estar sendo xavecada por um magrinho, hehehehe!!!

Lassek, W., & Gaulin, S. (2009). Costs and benefits of fat-free muscle mass in men: relationship to mating success, dietary requirements, and native immunity Evolution and Human Behavior DOI: 10.1016/j.evolhumbehav.2009.04.002