RNAm no Prêmio TopBlog!

Atenção leitores!!! O RNAm está no Prêmio TopBlog 2009!
O prêmio é um sistema interativo de incentivo cultural e inclusão digital, e os melhores blogs são escolhigos por Votação Popular e votação por Júri Acadêmico.
Nosso blog está cadastrado dentro da categoria Variedades, e vocês devem podem votar clicando no selo abaixo, e também no selo que está na margem esquerda da página principal do blog.

Infelizmente não há uma categoria mais adequada, e nossa área de atuação acaba enquadrada em Variedades mesmo. Nós até achamos que a mais correta seria Cultura, mas como não somos nós que decidimos o que caracteriza cada categoria…
A votação vai só até o dia 11 de Agosto de 2009, portanto, votem logo para não perder o prazo!!! Com seus votos, temos mais um meio para dar maior visibilidade à divulgação científica brasileira!
Maiores informações sobre o Prêmio no site TopBlog!

CONTAMOS COM VOCÊS!!!

Desafiando dogmas da Biologia!

ResearchBlogging.org

Vocês estão prestes a ler em primeira mão (no Brasil) uma notícia que acabou de ser divulgada.

Um grupo de pesquisadores canadenses que desenvolve pesquisas em Biologia Vascular encontrou indícios de que uma das concepções mais tradicionais em Biologia Molecular pode não estar de acordo com a realidade, como publicado na edição de Julho do periódico Human Mutation.

heart.jpg

Uma pegadinha comum para estudantes iniciantes em Biologia é perguntar: “uma célula muscular e um neurônio de um mesmo indivíduo são geneticamente iguais?”

Normalmente, metade responde “SIM”, e a outra metade “NÃO”.

Quer saber a resposta correta e ver qual dogma foi desafiado? Clique no link abaixo e leia o restante do post!

Continue lendo “Desafiando dogmas da Biologia!”

P#ta m’rda, vocês precisam ler essa p#rr@!!!

ResearchBlogging.orgÉ oficial: podem reclamar à vontade, eu NUNCA mais deixo de falar palavrão! E ph.od@-se quem achar ruim!!!

O hábito de falar palavrões está enraizado no comportamento humano. A prática desse tipo de linguagem é algo tão profundo em nossa consciência que descobriu-se que está associada ao sistema límbico, nossa região mais “animal” ou instintiva e responsável pelo controle das emoções.

Para informações gerais sobre xingamentos recomendo os ótimos artigos “A Ciência do Palavrão”, da Super Interessante e “How Swearing Works”, do HowStuffWorks (em Inglês).

calvin.jpgRecentemente foi constatado mais um aspecto bastante interessante sobre o “modo Dercy Gonçalves” de comunicação. Um estudo publicado na revista NeuroReport demonstrou que falar palavrões pode ajudar a diminuir a sensação de dor física (conteúdo para assinantes em Inglês). O teste foi realizado com 64 voluntários que precisaram colocar suas mãos em baldes de água cheios de gelo, enquanto falavam um palavrão escolhido por eles. Em seguida o teste foi repetido mas em vez de dizer palavrões deveriam escolher uma palavra normalmente usada para descrever uma mesa (p#rr@, também né?!). Enquanto falavam palavrões os voluntários suportaram a dor por 40 segundos a mais, em média. A sensação de dor também foi menor quando os voluntários encarnavam a Dercy.

Os pesquisadores também monitoraram o batimento cardíaco dos voluntários durante a experiência, que se mostrou mais acelerado quando eles falavam palavrões. Acredita-se que o aumento do ritmo de batimentos cardíacos pode indicar um aumento da agressividade, que, por sua vez, diminuiria a sensação de dor. Para os cientistas, no passado isso teria sido útil para que nossos ancestrais, em situação de risco, suportassem mais a dor para fugir ou lutar contra um possível agressor.

Bambu.pngO que está claro é que o uso de palavrões provoca uma resposta física, além do já conhecido “alívio” psicológico que um bom “vai prá p#ta que te pariu” proporciona. Isso pode explicar por que a prática de falar palavrões esteve presente no passado, está presente hoje, e com certeza estará presente no futuro.

Partindo para uma aplicação no campo corporativo, um estudo sobre estilos de liderança demonstrou que o uso de palavrões e outras expressões “tabus” elevou o “espírito de equipe” dos empregados analisados. O professor de gerenciamento Yeruda Beruch, responsável por este estudo, acredita que o uso desse tipo de linguagem serve ao propósito de criação e manutenção de solidariedade entre os membros de uma equipe, e também como um mecanismo para suportar cargas maiores de stress (que pode ser encarado como um tipo de dor também, dependendo do tamanho do problema que estiver rolando no escritório).

Claro, o pesquisador alerta para o equilíbrio no uso da linguagem “inadequada”, prá não se perder o controle da situação, e o ambiente de trabalho virar uma mesa de boteco.

Como sempre, a dica é a mesma: faz bem? Parece que faz, mas use com moderação, prá não jogar m#rd@ no ventilador, seus p#$&s!!!

Palavrao.jpg

Ah, o bambu? Enfia no teu…

ps: Se essa técnica de gerenciamento de stress no ambiente corporativo não funcionar, você pode sempre aliviar a vontade de matar o seu chefe AQUI!

Baruch, Y., & Jenkins, S. (2007). Swearing at work and permissive leadership culture: When anti-social becomes social and incivility is acceptable Leadership & Organization Development Journal, 28 (6), 492-507 DOI: 10.1108/01437730710780958

Stephens, R., Atkins, J., & Kingston, A. (2009). Swearing as a response to pain NeuroReport, 20 (12), 1056-1060 DOI: 10.1097/WNR.0b013e32832e64b1

Especial da Nature sobre os rumos do Jornalismo Científico

thegeneticcode.gifO portal da revista Nature organizou semana passada um suplemento especial sobre Jornalismo Científico devido à realização da 6a Conferência Mundial de Jornalistas de Ciência, que ocorreu entre 30 de Junho e 2 de Julho em Londres.
A Nature organiza esse suplemento especial também devido à grande expectativa em torno dessa carreira, que se atravessa um momento radical de mudança, sendo consenso que seu futuro ainda é incerto, apesar da certeza que os moldes tradicionais não são mais válidos. Em muitos veículos de comunicação as páginas de Ciências vêm sendo descontinuadas, ou suas equipes estão são reduzidas a números mínimos.
É fato que a Web vem causando muita dor de cabeça para as mídias de grande porte, particularmente em jornais, nos quais a circulação caiu em números consideráveis, e, em conseqüência, os anunciantes deixaram este meio em busca de “terrenos mais férteis”. Ainda, ao mesmo tempo em que muitos desses jornalistas perdem seus empregos, os remanescentes são incumbidos da criação de conteúdo para blogs, podcasts, vídeos online e outros ramos das chamadas novas mídias.
SciJournalism.JPG
No contraponto, é notório que não há escassez de informação científica na web. Um exemplo simples são as agências de fomento à pesquisa, que fazem cada vez mais anúncios sobre os projetos que financiam. Outro ponto, CLARO, é o crescente número de blogs de divulgação científica, em grande parte produzidos pelos próprios cientistas (vide o ScienceBlogs), que promovem um canal que muitas vezes compensa a falta de qualidade observada no que restou das Ciências nos grandes portais de mídia.
O suplemento oferece vários editoriais, pontos de vista alternativos, e considerações, principalmente, sobre o papel dos próprios cientistas na mídia atual, face as grandes transformações vistas por todos, que ainda apontam um horizonte incerto para os profissionais do jornalismo científico “tradicionais”.
Com certeza é leitura obrigatória para todos que se interessem por divulgação científica, e, mais ainda, para aqueles que decidiram (ou estão decidindo) fazer parte do nicho jornalístico.

Aprendendo com o Dalai Lama

Ah, se todos os líderes religiosos fossem assim… Quem sabe como seria o mundo, se cada um aceitasse seu nicho, seu papel no mundo, e entendesse a importância que o Conhecimento tem para todos os seres humanos (mesmo para aqueles que não aceitam esse fato)… Isso é algo que está sempre nos meus pensamentos, e, na maioria das vezes, de um jeito que me perturba.
Perturba porque a notícia que vou comentar agora me fez lembrar exatamente do contraponto que vi dias atrás no 100Nexos, quando o Kentaro (Mori), seu autor, postou um pseudo vídeo-clipe com um pseudo-letrado cantando uma pseudo-verdade. OU eu poderia falar só “um videozinho de um imbecil ignorante”. Mas estou de bom humor hoje, então peguei leve.
dalailama.jpgDesde 2008 existe uma iniciativa de integração dos monges tibetanos às disciplinas científicas como Biologia, Neurociência, Física, Matemática, entre outras. Muitos dos monges não possuem qualquer tipo de iniciação nesses assuntos, e o Dalai Lama instaurou um projeto bilateral de cooperação com uma universidade norte-americana, a Emory University, em Atlanta.
A parceria entre o Tibete e essa instituição foi fundada em 1998, com o intuito, como está em seu site, de “aproximar o melhor das tradições intelectuais ocidentais e tibetano-budistas para seu mútuo enriquecimento e descoberta de um novo conhecimento para o benefício da Humanidade”.
Aliás, o Dalai Lama é bastante ativo nessas iniciativas, sendo inclusive nomeado Professor em Emory, no ano de 2007. No período em que ficou na universidade ministrou cursos, palestras, etc., uma vez que considera que a ciência e o budismo constituem “abordagens investigativas” complementares, “dirigidas a um mesmo grande objetivo, a busca pela verdade”, como relata em seu livro “O Universo em um Átomo” (Ediouro, 2006).
Em Janeiro de 2008 o Dalai Lama, acompanhado de uma delegação de membros da Emory University, presidiu a inauguração da Emory-Tibet Science Initiavite (Iniciativa Emory de Ciência para o Tibete) em um monastério na Índia. O objetivo é inserir o ensino de Ciências na rotina dos monges e monjas tibetanos, que passam 12 horas por dia estudando filosofia e lógica budista, recitando orações e debatendo textos religiosos.
tibet.jpg

Aulas práticas


O projeto está em seu segundo ano, e foi precedido por um programa chamado “Ciência para Monges”, criado em 2001 com o apoio de um filantropo de Boston chamado Bobby Sager.
Também há outro programa em andamento, que tem por objetivo enviar estudantes de pós-graduação de universidades da Europa para os mosteiros tibetanos na Índia, onde lecionam ciência básica para os monges.
Com certeza, é uma iniciativa louvável, e que pode servir como um belo exemplo para todos, principalmente pelos que se deixam cegar ao confundir Ciência com Religião.
Artigo via New York Times.
ATUALIZAÇÃO 1
Faltou acrescentar outra informação a respeito da inclinação do Dalai Lama para com as Ciências, pois ele é conhecidamente um entusiasta das neurociências, encorajando, por exemplo, pesquisadores dessa disciplina a avaliar os possíveis benefícios da meditação budista para o cérebro e a mente.
Em 2006, durante sua terceira visita ao Brasil, o Dalai Lama firmou um “convênio” com a UNIFESP (mas sem moldes definidos, por enquanto), que há mais de 10 anos investiga as bases científicas das práticas relacionadas à medicina tradicional, em especial os efeitos da acupuntura, meditação e ioga para a saúde física e mental.


ATUALIZAÇÃO 2
Os comentários dos posts sempre são importantes, mas, nesse caso, eles possuem informações complementares ao meu texto, não deixem de ler!

Evitando Balas de Festim – Dicas para ser um bom reprodutor.

ResearchBlogging.orgÀ medida que vocês forem me conhecendo melhor, vai ficar evidente que eu falo muito de sexo, e, claro, isso refletirá um pouco no que eu escrevo aqui (quando tiver relação com ciência, ora, não sou nenhum tarado!).

Assim, para o post de hoje, preparei uma rapidinha sobre fertilidade masculina (tá, eu sei que o trocadilho foi horrível…)!

man_w_kids.jpg

Papai orgulhoso da produção… também né, só tiro certeiro!


Garanhões de plantão e, claro, curiosos e curiosas, confiram o texto!

Continue lendo “Evitando Balas de Festim – Dicas para ser um bom reprodutor.”

Finalmente, os primeiros passos do meio acadêmico em direção à Era da Informação*

science_image.jpgUma das coisas que eu sempre tive muito claramente na minha cabeça é que a produção acadêmica deveria estar disponível para qualquer pessoa que se interessasse por ciência. Por “produção acadêmica”, entenda “pesquisas publicadas em revistas especializadas” que, em sua grande maioria, têm seu conteúdo restrito a assinantes.
No Brasil, quem trabalha com pesquisa (e precisa MUITO dessas revistas) via de regra encontra-se em Universidades (salvo raras exceções), geralmente públicas, e essas instituições se encarregam de assinar “pacotes” de periódicos científicos. Para encontrar conteúdo dessas revistas liberado para “civis”, deve-se acessar o Portal Periódicos da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e a opção é basicamente essa.
Além disso, restam as páginas de ciência de portais de notícias, que muitas vezes transmitem informações com qualidade bastante duvidosa. É normal eu arrepiar meus cabelos lendo algumas coisas que saem em Terra, UOL, G1, e derivados (olha o tamanho do tiro no pé que eu dei… é a sinceridade me tirando uma chance de trabalho)…
Divulgação científica brasileira REAL, ou seja, levada adiante por pessoas com conhecimento e experiência científicos, só muito recentemente vem crescendo de modo interessante, justamente por meio de blogs que começaram de maneira independente, e aos poucos vão sendo agregados em portais específicos, criando finalmente um canal de comunicação mais direto entre os cientistas e o grande público.
Claro que eu entendo (e apoio) o direito das editoras de revistas científicas existirem como empresas (sem as mesmas, como divulgaríamos os resultados de pesquisas de modo sério?), mas a “abertura” do conteúdo científico sempre me pareceu uma evolução óbvia, principalmente quando informação passou a ser altamente valorizada, como é o caso da nossa sociedade atual (em nível mundial).
Tão óbvia, que é um dos motivos pelos quais eu e tantos outros escrevemos sobre Ciência: é fundamental que TODOS tenham um mínimo de contato e atualização em relação aos rumos que o desenvolvimento da humanidade vem tomando.
InfoSociety.jpgCom a importância cada vez maior da Internet, universidades ao redor do mundo começam a se organizar de modo a disponibilizar o conteúdo produzido por seus pesquisadores. Claro, desde que essa ação não fira nenhuma das leis de direito autoral das editoras, afinal, ninguém quer destruir as revistas, ao contrário.
A idéia principal, CLARO, não está relacionada à importância de se ter conhecimento disponível para todos. Segundo Alma Swan, consultora da empresa Key Perspectives (análise de comunicações acadêmica/escolares), as diretorias dessas universidades se deram conta da importância em se aumentar a visibilidade das mesmas na web, e de se criar registros completos sobre sua produção, para fins comparativos e competitivos (no caso de distribuição e arrecadação de fundos, por exemplo).
Trata-se de uma atitude perfeitamente compreensível, afinal, quer marketing melhor que “veja como somos bons” através de um banco de dados gigante mostrando toda sua produção, prá quem quiser ver? Reino Unido e Austrália, nos quais a distribuição de fundos para pesquisa é baseada na qualidade das pesquisas desenvolvidas por cada instituição, são os líderes em quantidade de “diretórios de conteúdo aberto”.
internet1.jpgNa Europa essa “abertura de conteúdo” já vem sendo exigida quando determinada pesquisa recebe financiamento governamental. Trinta e seis desses órgãos financiadores – incluindo o famoso NIH (National Institute of Health) americano e o ECR (European Research Council) – determinaram que trabalhos que receberam seu apoio devem ser tornados públicos seis meses após a publicação, sendo geralmente disponibilizados no portal de acesso aberto PubMed Central, mantido pelo próprio NIH.
Swan ainda anota que “várias universidades do Reino Unido estão reconsiderando suas políticas” em direção à abertura de conteúdo, e comenta que em breve ocorrerá uma espécie de “efeito dominó”, visto que as instituições que ainda não aderiram a esta proposta encontrar-se-ão completamente deslocadas.
Resta saber quanto tempo isso demorará para acontecer em grande escala, e torcer para que isso seja realmente levado adiante de modo sério. Nada melhor para a divulgação científica do que a possibilidade de qualquer leitor checar os conteúdos discutidos em notícias veiculadas pelas grandes mídias.
*O termo “Era da Informação” entra aqui como uma licensa poética. Quem se interessar, acesse um wiki com uma explicação detalhada AQUI
**Esse post tem como fonte principal um artigo da Nature News.

O inimigo do meu inimigo é meu amigo: O papel da guerra na evolução humana

ResearchBlogging.orgHummm… quero ver os comentários dos pacifistas sobre os artigos que geraram este post.

Encontrei um artigo muito interessante sobre evolução humana que saiu dia 5 de Junho de 2009 na Science e fui atrás de mais leitura. E não é que meio sem querer acabei me deparando com um hype? O outro artigo que encontrei logo de cara é da Nature! Logo em seguida mais páginas tratando do mesmo assunto, como na Discover e na New Scientist. E o melhor, todos esses artigos publicados num intervalo de 2 dias, ou seja, grandes veículos comentando as mesmas publicações praticamente ao mesmo tempo… amo a velocidade de hoje em dia.

africa6.jpg

Mas vamos ao que interessa: um dos comportamentos mais nobres observados em nós, o Altruísmo, acaba de ganhar uma teoria de desenvolvimento MUITO interessante. E por que eu digo isso? A teoria se desenvolve com base na evolução do comportamento altruísta devido ao acontecimento de um grande número de… conflitos e guerras!

Continue lendo “O inimigo do meu inimigo é meu amigo: O papel da guerra na evolução humana”

Criando diamantes à partir do DNA do seu bichinho de estimação… OU NÃO.

diamond.jpgUm post do Discoblog no site da Discover Magazine me chamou bastante atenção. O título pode ser traduzido em “Pensando em imortalizar seu animal de estimação? Agora você pode transformar o DNA dele em um diamante”. Li o post e, claro, entrei no site da tal empresa em seguida.

Uma empresa americana chamada DNA2Diamonds (algo como “Do DNA para Diamantes”) vende diamantes criados até à partir de um punhado de pêlos do seu animal de estimação. Você envia o material para a empresa, e em até 70 dias por valores entre 2000 e 18000 dólares eles te entregam um diamante que contém a “assinatura única do DNA do seu animalzinho” (palavras deles). Você pode inclusive escolher a cor do diamante, entre algumas opções. Continuei lendo e vi que a empresa diz também fabricar diamantes exclusivos à partir do DNA proveniente de restos de cremação… opa, peraí, DNA de restos de cremação?!

Logo me dei conta que estava diante de mais um capítulo da série “Como ganhar muito dinheiro pervertendo conceitos científicos”. Vamos a mais um tema que poderia muito bem estar no Mythbusters pela quantidade de informações erradas que são dadas para o público!

Continue lendo “Criando diamantes à partir do DNA do seu bichinho de estimação… OU NÃO.”

Especial da revista Nature sobre Microscopia

microscopes.jpgA edição de 4 de Junho de 2009 da revista NATURE trata em seu editorial do impacto que o desenvolvimento de novas técnicas de Microscopia (e também do melhoramento das já existentes) vem causando na compreensão que cientistas podem ter de alguns fenômenos biológicos (o editorial completo em Inglês pode ser acessado AQUI).
Além disso, no portal da revista foi organizado um suplemento especial sobre Microspia, com diversos artigos (conteúdo gratuito) e imagens. Essas novas tecnologias dão aos pesquisadores imagens de eventos biológicos e bioquímicos com resoluções absurdas, o que vem causando furor no meio científico.
É muito difícil imaginar um cientista e não vir à mente um microscópio, ou seja, a pesquisa em Biologia sempre teve uma veia altamente visual, de pouco a pouco vai sendo implementado nas vertentes mais modernas, como a Biologia Molecular, por exemplo. Por isso a grande festa em cima de novos equipamentos que possibilitem a retomada do “processo de observação científica” em níveis cada vez mais detalhados, e a vontade crescente de que essas tecnologias melhorem cada vez mais.
Hooke.jpgQue a Biologia sempre teve sua “veia artística” é amplamente sabido e discutido, e isso pode ser visto nas primeiras ilustrações científicas (como o exemplo de Robert Hooke visto ao lado), e também em outros blogs de divulgação científica, como no Blog Citrus (AQUI e AQUI), ou nesse post do Rafael aqui no RNAm mesmo.
Esse flerte que vemos entre “arte e ciência” é uma associação natural, afinal, a observação é uma constante para qualquer pesquisador, e o simples fato de se poder observar eventos bioquímicos no momento em que estes acontecem (seja em células, ou em modelos animais) provém uma experiência única quando comparado às horas que muitas vezes dispensamos na frente do computador do laboratório, “admirando” dezenas de tabelas, relatórios, e correlações estatísticas provenientes de nossos experimentos.
Realmente, em muitos casos, algumas imagens valem mais do que centenas de planilhas, gráficos e análises estatísticas geradas no Excel, Origin, ou Prism, com os quais nós pesquisadores mantemos sempre uma relação que varia entre o amor e o ódio.*
Eu sou (de modo descarado, assumo) fã de experimentos com imagem, sejam elas fotos, projeções, ou esquemas. É realmente muito bom quando você consegue agregar uma grande concentração de informações que podem ser absorvidas com um olhar.
Afinal, isso faz parte do consciente coletivo, quer ver (olha eu puxando a sardinha prás imagens de novo)? Mesmo que você não tenha qualquer bagagem em Ciência, qual dessas imagens você prefere analisar como resultado?!
Figura312.jpgEscolheu a da direita, certo? Como tenho certeza que qualquer pesquisador que trabalhe com Biologia e possa escolher entre um experimento que resulte em tabelas e outro que resulte em imagens…