Guerra de esperma humano

Imagem: Young man is sitting in bed and watching pornography on laptop. LoloStock/Shutterstock
Imagem: Young man is sitting in bed and watching pornography on laptop. LoloStock/Shutterstock

Calma, isso não é um filme pornô, mas sim algo comum em diversas espécies, que é a batalha pela fecundação.
Cada um tem uma estratégia: aranhas perdem o pênis na fêmea fazendo um tampão para outro macho, vermes ejaculam em maior volume quando tem um macho competidor por perto, e por aí vai.
Em humanos é difícil de estudar isso, e você deve imaginar porque, certo?

Mas os cientistas deram um jeito: Dar um potinho para os rapazes e apresentar um vídeo pornô por 6 vezes (dias diferentes, claro), sempre com a mesma atriz. Mesmos atores em cenas diferentes. A sétima vez é que era com uma nova atriz (não virava um ménage, só trocavam a atriz).

Desta vez, com a mulher diferente, os espermatozóides são melhores e em maior quantidade que das vezes anteriores!
Poder ser uma estratégia para aproveitar a chance de engravidar uma mulher diferente da que você está acostumado? Difícil provar essas estratégias evolucionárias, mas é bacana ver que os humanos não estão fora da guerra de esperma.

Só tome cuidado ao usar este argumento quando você for pego pela oficial pulando a cerca. Apelar para o “dar uma variada é natural” é uma falácia naturalista e não tem nada a ver com o contrato que você fez com a sua digníssima. Variar pode ser bom pra todos, mas de comum acordo.

PS1: o trabalho não fala quais foram as atrizes envolvidas. Uma falha na descrição da metodologia, a meu ver.

PS2: desculpe ficar repetindo “guerra de esperma”. Sei que a imaginação nos trai nessa hora.

 

Fonte:
Men – Here’s How A New Woman Alters Your Ejaculations

Artigo:
Joseph, P., Sharma, R., Agarwal, A., & Sirot, L. (2015). Men Ejaculate Larger Volumes of Semen, More Motile Sperm, and More Quickly when Exposed to Images of Novel Women Evolutionary Psychological Science DOI: 10.1007/s40806-015-0022-8
Dica de livro:
Guerra de esperma

Post no Scienceblogs:
O carnaval do século XVIII – parte 1

Câmera fotográfica Vs Olho humano

Sempre vejo essa comparação entre o olho humano e uma câmera fotográfica, mas fico imaginando se a origem dessa tecnologia foi mesmo bioinspirada ou se é só um jeito didático de explicar essa convergência. Alguém sabe?
camera vs olho

 

 

E falando em convergência, a convergência adaptativa do nosso olho e o dos polvos é impressionante, mesmo nós sendo primos tão distantes:

Olho humano vs olho do polvo
Olho humano vs olho do polvo

 

Update 10/10/14: O querido Takata do blog Gene Repórter mais uma vez contribuiu nos nossos comentários:

“É mais convergência. As câmaras fotográficas são desenvolvimentos das câmaras escuras (camara obscura, pra quem quer gasta latim) – que eram câmaras mesmo, uma sala escura com um buraco em uma das paredes (como um pinhole, inicialmente sem lentes).

A menção mais antiga que nos chegou até hoje de uma câmara escura é de um texto chinês do séc. 5 a.C. Euclides usou o funcionamento da câmara escura como prova de que a luz viaja em linha reta.

Apesar de Alhazen ser considerado tanto o pai da óptica quanto o pai da oftalmologia, por seus estudos com a câmara obscura e anatomia do olho; parece que a comparação do funcionamento do olho com o funcionamento da camara obscura começou nos anos 1600. Em 1604 Kepler – que leu muito os trabalhos de Alhazen – cunharia o termo ‘camara obscura’ e usaria a compreensão da formação da imagem nela para apoiar a hipótese de que a imagem no olho era formado na retina.
http://www.mpiwg-berlin.mpg.de/Preprints/P333.PDF

Com o desenvolvimento de instrumentos ópticos com lentes e seu uso em pesquisas científicas, é possível que tenha começado a bioinspiração.

 

Discordando de E.O. Wilson (pode?!)

Prometo que eu não fiquei maluco. Ainda. Primeiro: esse post não é para todo mundo. Se você não curte ciência a ponto de discutir a discussão, tchau e até o próximo.

Eu tive um professor de Matemática no cursinho que antes de começar os exercícios mais difíceis no final de cada aula, dizia: “Esse é só para os coreanos. Não vai prestar Exatas, Medicina? Quer Letras, Biologia? Pode sair, vai jogar truco que você ganha mais. Só quero o povo cabeçudo aqui!”.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/9d/Plos_wilson.jpg
E.O. Wilson: biólogo, lenda e criador de discórdia entre divulgadores de ciência. Percebam seu sorriso maléfico enquanto observa os mortais se matando na discussão.

Voltando ao assunto: apesar de a experiência em geral ter sido ótima, algumas partes do livro Letters to a Young Scientist do biólogo-lenda-extraordinaire Edward O. Wilson me incomodaram muito. No calor da confusão, resolvi listar alguns pontos e fazer algo bem 2009: criar um debate com os amigos do SBBr e da rede de divulgação científica BR.

Tenho certeza que as opiniões de vários deles, mais especializados e estudados em teoria científica e evolução do que eu, acrescentarão muito à discussão.

Vamos começar: em negrito e aspas, a citação do livro, em Inglês para vocês não questionarem a minha tradução. Meu comentário seguirá abaixo e fiz questão de não consultar nada antes de escrever, para fomentar a discussão. I want feedback, people!

1) Após testar experimentalmente duas hipóteses sobre o comportamento de retirada dos mortos de colônias de formigas, Wilson comenta:

“I then came up with another idea: insects of all kinds that scavenge for a living, such as blowflies and scarab beetles, find their way to dead animals or dung by homing in on the scent. And they do so by using a very small number of the decomposition chemicals present. A generalization of this kind, widely applied, with at least a few facts here and there and some logical reasoning behind it, is a theory. Many more experiments, applied to other species, would be required to turn it into what can be confidently called a fact.”

Fiquei espantado com a afrouxada que Wilson deu no conceito de “teoria” em Ciência. Uma teoria científica não é definida quando existe um amplo corpo experimental e de observações que, respeitando o método científico, confirmam uma generalização e possibilitam a teoria? Para mim, “alguns fatos aqui e ali” é uma descrição muito pobre dessa complexidade.

2) “… when research is still incomplete, the idea is a theory. If the theory is proved wrong, it was not necessarily also altogether a bad theory. At least it will have stimulated new research, which adds to knowledge.”

Novamente, o problema com a definição de teoria científica. Mas nesse caso, é importante comentar a segunda frase do trecho destacado. Ao contrário do que foi escrito por Wilson, quando uma teoria científica é provada errada, incompleta ou qualquer outra coisa, o que acontece é um grande, enorme movimento no meio científico. Dizer que “enquanto a pesquisa está incompleta a ideia é uma teoria” é leviano, o que significa “pesquisa incompleta”? E uma teoria que é uma ideia, na verdade é uma hipótese, ou não cairia com base em uma única pesquisa. Ou estou errado?

3) “What remais a theory still is that evolution occurs universally by natural selection, the differential survival and successful reproduction of some combinations of hereditary traits over others in breeding populations. This proposition has been tested so many times and in so many ways, it also is now close to deserved recognition as an established fact.”

Vou acrescentar outro trecho, pois a discussão converge:

“Does biology also have laws? I have been so bold in recent years as to suggest that, yes, biology is ruled by two laws… The second law of biology, more tentative than the first, is that all evolution, beyond minor random perturbations due to high mutations and random fluctuations in the number of competing genes, is due to natural selection.”

Longe de mim querer discutir evolução por seleção natural, o meu problema foi com o “universalmente” e com “toda evolução… é produto da seleção natural”. Vou deixar a minha falta de conhecimento específico no tema dirigir a conversa: pensando tanto em macro quanto em microevolução, processos de deriva genética, epigenética, radiação adaptativa e evolução molecular são considerados parte da seleção natural?

Com a certeza de já ter colocado conteúdo demais para uma discussão, termino por aqui. Conto com a participação de vocês e, mais importante: divirtam-se!

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Se a sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada

tirinhas85

No post anterior, uma amiga me escreveu indignada com a falta de educação científica dos EUA, onde mais da metade das pessoas não acredita na evolução.

Uma vez, em uma palestra, fiz uma pergunta para o Marcelo Leite e Monica Teixeira, que são divulgadores de ciência famosos no Brasil: Como pode os EUA, que é o maior produtor de ciência no mundo, ter tantas pessoas que não acreditam em evolução?

O Marcelo Leite disse que o que acontece é que nos EUA têm muito espaço e recursos para todos os tipos de ideologias. E setores religiosos mais conservadores veem que a evolução não bate com o que eles acreditam. Não são todos os religiosos que pensam assim, mas principalmente os que acreditam exatamente no que está na bíblia, que acreditam na mulher vindo da costela de Adão, ou que Noé colocou TODOS os animais do mundo numa barca. Mas esses vão ter problemas sérios não só com a evolução mas com muito mais gente por aí. Por isso vamos deixar eles de lado.

Acontece que tem um pessoal que não é tão radical. E essas pessoas se dividem também. Tem os que acreditam que deus é uma entidade sobrenatural, ou seja, fora do mundo natural; e tem o pessoal que tenta ligar religião e ciência fazendo uma gambiarra, e isso é o tal do Design Inteligente. Os primeiros (deus é sobrenatural e por isso não vamos tentar explicar cientificamente) eu respeito, os outros (design inteligente: deus não fez a mulher da costela de Adão mas pôs o dedo em todas as mutações de DNA até o que viramos hoje) não tem o meu respeito porque tentam afirmar a sua fé com ciência, e quando fazem isso distorcem as duas: a fé e a ciência.

Se a sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada. As duas podem conviver, mas não podem basear-se uma na outra.

Eu não vou indicar nenhum site sobre design inteligente, muito menos criacionistas, mas vou indicar um de um amigo de, quem eu sou fã, e que está escrevendo um blog chamado Darwin e Deus.

Ele sabe muito de ciência, evolução, história, é católico, e é da turma que coloca Deus no sobrenatural e tenta entender como conviver com isso.

Entre lá

 

Como um doutor em biologia pode ser anti-Darwin?

Three_Wise_Monkeys

Uma amiga minha, Rubia, me mandou este texto que mostra um inconformismo parecido com o que eu senti quando fiquei sabendo, nas palavras dela, que ” 51% dos norte-americanos não acredita na evolução darwiniana e eles dizem isso na maior cara-de-pau”. Absurdo né? Farei os meus comentários depois, talvez em outro post, mas agora veja o que ela tem a dizer sobre isso.

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Esta semana eu estava fazendo as leituras obrigatórias para uma disciplina que curso como ouvinte no Departamento de Comunicação da Universidade de Cornell. O tema é o debate sobre o ensino da teoria da evolução versus design inteligente (D.I.) nas escolas norte-americanas. Vale ressaltar neste ponto que sou formada em ciências biológicas e que acredito na evolução tanto quanto acredito na lei da gravidade.

Enquanto lia, visualizava os adeptos do D.I. como uma minoria caipira do tipo que vai fazer compras no supermercado vestindo a cueca por fora da calça. A cavalo.

Estava cansada de ler e as três gurias com quem eu moro estavam conversando sobre as aulas da semana, então resolvi aproveitar a pausa para falar do tema da minha aula. Falei por uns 3 minutos sobre as leituras e li em voz alta uma ou outra frase de uma entrevista que dizia que Darwin era o responsável pela difusão do ateísmo no mundo. Tudo com bastante sarcasmo e ironia, pois achei que estava falando de algo bastante óbvio. Uma delas então me perguntou o que eu achava da evolução. Não entendi a pergunta e ela repetiu, “você acredita na evolução? Acha que é verdade?” Ainda confusa com a pergunta (dãh!) respondi que sim, e com bastante medo praticamente sussurrei: “você…não?”

ATENÇÃO – OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS PODEM CAUSAR ARRITMIA, CONFUSÃO MENTAL E TAQUICARDIA

Ela com a cara mais lavada me diz que não. E uma por uma, as outras três (tínhamos uma visitante) confirmaram que “também não acreditam na evolução”. E pasmem, também não acreditam na teoria do Big Bang.

Eu simplesmente não sabia o que dizer, estava horrorizada. Chocada. Triste. Com pena do Darwin. Para os desavisados como eu, saibam que algo entre 48% e 51% dos norte-americanos não acredita na evolução darwiniana e eles dizem isso na maior cara-de-pau, sem o menor medo de ser feliz. Aqui é normal.

A entrevista da qual eu falei foi feita em 2009 com o Jonathan Wells, um Doutor em biologia celular e molecular pela Universidade da Califórnia (ele também é Doutor em estudos religiosos pela Universidade de Yale). Selecionei dois trechos particularmente interessantes, a entrevista na íntegra pode ser encontrada aqui:

Entrevistador: “Este ano é o bicentenário de Darwin. O que você poderia dizer

que é um bom resumo, hoje em dia, dos seus escritos sobre evolução?”
JW: “Por quê não celebramos o centenário de Mendel nos anos 1920, ou o
tricentenário de Newton nos anos 1940? Ambos foram grandes cientistas.”

Pausa: Hein?! O que tem a ver o c….

Prosseguindo:

JW: “Darwin não é celebrado por suas contribuições científicas, mas porque sua
teoria se tornou o mito criador do ateísmo.”

Outro trecho peculiar:

JW: “(…) dados do projeto genoma estão revelando grandes inconsistências no
argumento Darwiniano de que todos os organismos compartilham um ancestral
comum, e que ninguém nunca observou a origem de uma nova espécie – muito
menos a origem de novos órgãos – por variação e seleção. Por outro lado, a
evidência para o design inteligente está aumentando. Mais cedo ou mais tarde,
evidência vencerá.”

O que não sai da minha cabeça é: como uma pessoa que passou por um doutorado em biologia celular e molecular pode ser anti-Darwin? Mais ainda, com uma quantidade irrefutável de evidências científicas e de consenso quanto à teoria da evolução, como é possível que de cada 2 norte-americanos, só 1 acredite nela?

Para Chris Mooney e Matthew Nisbet, a polêmica tem raízes religiosas mas grande parte da culpa é da mídia. Eles afirmam em um artigo intitulado “Undoing Darwin” (ou “Desfazendo Darwin”) que quando a evolução sai do campo científico e entra no campo político e jurídico, ela deixa de ser coberta por jornalistas com conhecimento científico para navegar entre páginas sobre política e opinião, e também nos jornais televisivos. Todos esses contextos, cada um ao seu modo, tendem a retirar a ênfase na forte evidência científica em favor da evolução para dar credibilidade à ideia de que há uma crescente controvérsia sobre a ciência evolutiva, e assim a mídia está cumprindo o seu papel e cobrindo “os dois lados” do tópico. Eles afirmam categoricamente que esta prática “pode ser politicamente conveniente, mas é falsa”.

O Estado é laico mas mesmo assim temos referencias religiosas no dinheiro, nas escolas, na política com o caso escandaloso do pastor Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos. É o verdadeiro samba do crioulo doido.

Algo semelhante acontece com o caso das mudanças climáticas e aquecimento global. Ao tentar veicular ambos os lados do debate de maneira “imparcial”, a mídia retrata de maneira bastante desproporcional a opinião partilhada pela maioria dos cientistas quando dedica o mesmo tempo no ar (ou o mesmo espaço na mídia impressa) para os céticos. Dá nisso, o público fica confuso e a ignorância se espalha feito fogo no milharal.

 

@rubiagaissler é doutoranda em ambiente e sociedade e estuda as relações entre mídia e ambiente. Seu blog, Ciência Sapiens, pode ser visto aqui: rubiagaissler.wordpress.com.

 

UPDATE: continue lendo sobre este assunto no próximo post:

Se a sua fé precisa de embasamento científico é porque está fazendo alguma coisa errada

 

O que rolou na ciência HOJE: 3 de Fevereiro

mayr-obitHoje é o aniversário de morte do fantástico biólogo Alemão Ernst Mayr. O cara foi um dos maiores evolucionistas do mundo e ajudou a juntar as idéias de evolução com as descobertas do DNA, formando o que chamamos hoje de “Nova Sintese” da biologia.

Um livro muito bacana dele é “Biologia, Ciência Única” e um mais novo e básico “O que é Evolução”.

Leia mais sobre o Mayr no blog Discutindo Ecologia.

1966 – A espaçonave soviética não-tripulada Luna 9 realiza a primeira aterrissagem controlada auxiliada por foguetes na Lua.

1971 – O módulo lunar da missão Apollo 14 aterrissa na Lua.

1994 – Lançamento do ônibus espacial "Discovery" com um astronauta russo à bordo, Sergei Kirkalev, o primeiro em um veículo espacial americano.[E foi a que mais voou. Acoplou na MIR, Estação Espacial nternacional e reparou o Hubble]

Nascimento:

1961Fernando Gonsales, cartunista brasileiro.[O cara além de gênio e muito gente boa é veterinário! Dá pra perceber vendo as tirinhas cheias de bichos e seus pontos de vista]niquel nausea

Morte:

1468Johannes Gutenberg, inventor da prensa gráfica (n. cerca da década de 1390) [Isso foi importante mesmo]

1881John Gould, ornitólogo e naturalista inglês (n. 1804) [Foi o cara que identificou os famosos tentilhões de Darwin das Ilhas Galápagos]

2005Ernst Mayr, biólogo alemão (n. 1904)

Rato que pia como um… golfinho!

By @elciorcarvalho

by @elciorcarvalho

Lembrando que a grande notícia científica que fechou com chave de ouro o ano passado foi, não a bactéria “alienígena” de arsênio, mas o rato que pia como passarinho! Se bem que na minha opinião parece mais um golfinho.

 (Veja o vídeo)

 

Sim, ele acaba de mudar a letra da clássica música “Baile dos Passarinhos”do Balão Mágico (mas estranhamente eternizada na voz de Gugu Liberato) para “Baile dos Camundonguinhos”, confira:

Camundongo quer dançar
Quer ter canto pra cantar
Alegria de viver
Tchu tchu tchu…”

Agora, se ele dobrar o joelhinho, der dois saltinhos e VOAR a coisa fica séria.

 

Por enquanto ele só serviu para assustar os cientistas da Universidade de Osaka. Afinal eles estavam fazendo mutações aleatórias, e não estavam procurando mudar a voz do bicho intencionalmente, como andei lendo em alguns lugares.

 

O objetivo do projeto é gerar camundongos com mutações não-intencionais justamente para descobrir novas possibilidades de modelos para pesquisas. Este que pia poderá ser usado agora para estudar o desenvolvimento da linguagem.

Só de ver carne os homens se acalmam

maracugina grazi massafera.jpg

Grazi Massafera mostra carne e acalma a homarada – by @elciorcarvalho


Hum, então ver carne deixa a homarada mais tranqüila. O pesquisador da Universidade McGill (não confundir com McGRill), juntou 82 homens e fez o seguinte teste, segundo visto no site da Revista Galileu (dica do @elciorcarvalho):

No experimento, 82 homens foram convidados a autorizar vários níveis de punição em atores quando estes erravam suas falas. Ao mesmo tempo, diversas imagens eram mostradas aos homens, algumas neutras e outras de pedaços carne. Os resultados mostraram que, ao ver imagens de carne, os homens ficavam menos agressivos nas punições.

Isso explica mas ainda não entendi direito como foi feito o estudo. Os caras ficavam vendo um teste de atores com projeções no palco de imagens neutras (e sabe-se lá o que eles consideram neutro, detergente de louça talvez), e pedaços de bife? WTF!!! Imagina o que se passa na cabeça dos 82 caras que não sabiam de que se tratava exatamente o teste. Que loucura…
Provavelmente esses pesquisadores são psicólogos evolucionistas e usaram carne pra testar hipóteses sobre o nosso passado de caçadores-coletores. Típico desse pessoal.
Então mulherada, por um mundo mais calmo e harmônico, vamos mostras essas carnes aí! 😉

Dinossauro achado em igreja

dino no altar-thumb-500x344-57524.jpgComo é? o Papa arrumou um bichinho de estimação novo? Não, é só que acharam um dinossauro numa catedral. Isso mesmo.
Mas foi encontrado um fossil, claro. E acaba combinando com uma instituição tão antiga, não é mesmo?. Veja as fotos:
igreja dinossauro.jpg
igreja 2.jpg
(via Discovery News)

Vida animada (literalmente).

Compartilho com vocês uma animação que ilustra, de acordo com seus criadores, “um ponto de vista não científico do início e evolução da vida… e como provavelmente ela terminará.”

Não vou ser chato e ficar criticando eventuais falhas científicas, o vídeo é conceitualmente simples mas muito legal para ilustrar o andamento das coisas.

BIG BANG BIG BOOM – the new wall-painted animation by BLU from blu on Vimeo.

Para os que gostam de stop-motion é um prato cheio. Para quem adora o
vídeo de “Do the evolution”, do Pearl Jam, aí está uma nova abordagem de
um tema muito parecido.

Espero que gostem, vale os 10 minutos de duração!

Direção e animação: BLU (blublu.org)
Produção e distribuição:
ARTSH.it (artsh.it)
Trilha sonora:
ANDREA MARTIGNONI