Ônibus espacial: Embalagem retornável para o espaço valeu a pena?

nasa espaço

Assim termina o programa de ônibus espaciais da NASA, o Projeto Constelation.
A Atlantis voará e fim. A pergunta é: valeu a pena? Muita gente critica o gasto deste programa, afinal levar e trazer um ônibus é muito caro. Exatamente 100 bilhões de dólares. E eu mesmo sempre tive essa dúvida, se vale a pena esse gasto. Para a ciência foi importante, claro, afinal temos o Hubble e suas fotos e descobertas, além das aplicações tecnológicas desenvolvidas para viagem espacial e aplicadas hoje em nosso dia-a-dia (Clique aqui para ver uma animação bem legal mostrando tecnologia espacial que já usamos no banheiro ou na cozinha).

Mas não teríamos avançado mais por menos dólares se tivessem investido em foguetes sem volta e viagens não tripuladas? Eu acho que sim.

Talvez o que tenha acontecido é que chegaram dois projetos na mesa dos caras, um dos ônibus espaciais retornáveis e outro dos foguetes descartáveis (tática russa) e na hora de decidir quiseram inovar, mas escolheram a que acabou sendo mais cara, fazer o quê? Acontece. Importante é saber a hora de parar.

Segue aqui um texto muito bom do José Monserrat Filho, chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da Agência Espacial Brasileira (AEB), e que respondeu várias perguntas que eu tinha sobre isso. LEIA!

A revista britânica The Economist, edição de 30 de junho, anuncia "o fim da Era Espacial" (The end of the Space Age). Como subtítulo, a matéria de capa adianta algo para se começar a entender sua proposta: "O espaço interior é útil. O espaço exterior é história" (Inner space is useful. Outer space is history). A primeira frase parece correta, a outra, nem tanto. Continue lendo

Só um comentário: sobre a exploração para viagens particulares ao espaço ele diz que é um luxo inútil, mas eu não tiro a razão de quem sonha em fazer isto. Veja este vídeo do avião que voa mais alto do mundo e tire suas conclusões.

E se todo ser humano pudesse passar por essa experiência, o mundo mudaria?

 

Bônus: Space Tourists – este documentário passou na TV Cultura, mostra uma dicotomina interessante entre turistas espaciais milhonários e catadores de lixo espacial russos. MUITO BOM!!!

Faça a NASA pagar um pau com materiais da sua própria cozinha!

Da BBC Brasil

O cientista amador britânico Robert Harrison tirou fotografias da curvatura da Terra que impressionaram até os técnicos da Nasa (agência espacial americana).
Harrison usou uma câmera barata, que lançou ao céu dentro de uma caixa de isopor amarrada a um balão. Um dispositivo eletrônico ajudou o entusiasta de astronomia a localizar a câmera.
Com a altitude, o balão estourou e Harrison recuperou a câmera e as fotos.
Ele disse que o projeto custou o equivalente a US$ 700.

Muito bacana! quando eu tiver 700 pilas sobrando eu vou fazer isso também! O problema é encontrar a câmera de novo. Principalmente se ela cair na Coréia do Norte. Ou na Rocinha, Em ambas seria a mesma dificuldade para recuperar.
Tá aí. Mandar um dispositivo pra Coréia do Norte e ver o que existe lá, seria um experimento científico e tanto, sendo lá mais inacessível que uma fossa abissal.
O problema é o risco do dispositivo ocidental caindo lá gerar uma guerra nuclear.
Se bem que “aparelho OCIDENTAL” nada, a câmera seria chinesa mesmo!
E agora que caí em mim: a China proibiu o Google lá, mesmo sendo todos os servidores da Google produzidos lá.
Ah o mundo globalizado.
PS. desculpem o brainstorm.

Agradeço a amiga Ana esta graça indicada

Ratos flutuantes: não é feitiçaria, é tecnologia

rato levitando.jpg

Ratos flutuantes: Uhúúú! Crédito: Da-Ming Zhu et al.


!Esto no ecziste! Os camunduengos flutuam. É um milagre!!!

Mas não é feitiçaria, é tecnologia! E como aqueles travesseiros, é tecnologia da NASA, meus caros.

Microgravidade não é nada novo. Este detalhe chamado gravidade que mantém as maçãs caindo de suas árvores já foi vencido há muito tempo, sempre usando supercondutores. A supercondução é uma propriedade física de alguns materiais que, em condições específicas, tornam-se condutores tão bons que a eletricidade que transmitem gera um campo magnético muito forte (para mais, pergunte a um físico, este é o máximo que o biólogo aqui vai chegar).

Claro que uma coisa tão maravilhosa assim não podia ser fácil de fazer. A supercondução só é atingida em materiais que sejam resfriados a temperaturas muito, muito baixas… normalmente inferiores aos 120 graus negativos (falei que eram MUITO baixas, não falei?). O trunfo agora foi que fizeram um supercondutor com um espaço no meio a temperatura ambiente. Grande o suficiente para caber um ratinho.

Já haviam sido feitos experimentos desse tipo usando supercondutores e outros animais, como gafanhotos e sapos, como vocês podem ver clicando nesse vídeo hilário que vi no Brontossauros no meu Jardim, complementando o texto do MeioBit.

supermouse.jpgE o bichinho no começo não entendeu muito o que estava acontecendo. Quando começou a levitar se debateu, o que só piorou sua situação, pois sem fricção ele rodou cada vez mais rápido. Mas depois de 4 horas os ratinhos se acostumaram e se comportaram normalmente.

Mas tudo isso por quê? Sadismo dos cientistas? Claro que para testar os efeitos dos organismos sob microgravidade. Por enquanto os animais que já ficaram por 10 semanas não apresentaram nenhum efeito adverso. A não ser uma sensação indescritível de leveza e transcendência. (Ok, não tem como medir se isso é verdade, mas o dia em que isto for possível a ciência estará realmente avançada!)

Prá terminar, alguém aí consegue imaginar o que se passou pela cabeça desses camundongos? Vejam a imagem abaixo e pensem nas legendas, queremos ver as melhores idéias nos comentários!

RATO_redimensionado.jpg

Faça as legendas!

Fonte LiveScience, via @carloshotta