Vaca Mimosa ganha IgNobel

cow1.jpgEste é o RNAm, seu radar do IgNobel

Afinal nós já havíamos comentado antes sobre o trabalho que ganhou o IgNobel este ano, que constatou que vacas que recebem um nome dão mais leite. Para ler o post original, clique aqui.

Lá você vai encontrar divagações sobre porque exatamente dar um nome ao bicho faz ele produzir mais leite, e comentários abalizados como este: “Sendo assim um fazendeiro que tenha 5.000 cabeças de gado vai gastar uma graninha fazendo crachás pra fazer as vacas se sentirem melhor.”

Se bem que, na área de “bovinologia” eu acho que o trabalho das vacas magnéticas merecia mais o premio IgNobel. Ele é fantástico!

Com, isso iniciamos uma série de posts sobre o IgNobel deste ano. Nada muito rebuscado, só vamos tentar extrair o máximo de piadas e também algo de útil deste lado bravatesco da ciência.

Algo de útil sim. Porque o objetivo desse prêmio não é denegrir e mandar as pesquisas para o brejo, mas sim provocar pesquisadores e publico. E funciona!

Bom, o post da vaca estava pronto. Bom pra mim, porque sobra espaço pra mandar um salve pro pessoal da fazenda Santa Xurupita:

Mandá um salve pá Mimosa da Xurupita

Mandá um salve pá Estrela da Xurupita

Mandá um salve pá, …pá, …pá…

Mandá um salve pá Morena da Xurupita

Mandá um salve pu Zebu da Xurupita

Aliás, falando em Zebu, será que boi com nome também dá mais leite?

Bom… talvez seja melhor deixar essa dúvida pra lá, seria um experimento muito bizarro mesmo para um IgNobel.

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Vacas Magnéticas

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Se um dia você se perder por esse interior do meu Brasil, e não estiver com sua bússola (sei que as pessoas nunca saem de casa sem bússola, mas vamos tentar imaginar esta situação insólita), tire vantagem do nosso país ser o maior produtor de carne bovina do mundo e use o rebanho para se orientar!

Desde o ano passado já se sabe que rebanhos bovinos e de cervos pastam e descansam numa orientação Norte-Sul, dá pra acreditar?!
Ninguém sabe ainda como os animais fazem isso. Mas eu me perguntei como os pesquisadores descobriram esta tendência. Daí descobri mais esta nobre utilidade para os satélites. Afinal foi usando as imagens deles que pesquisadores perceberam esta orientação nos rebanhos.

Vários animais usam o campo magnético da Terra para orientação, como aves, crustáceos, insetos, répteis e mamíferos. Destes últimos, somente roedores e morcegos tem esta sensibilidade comprovada.

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Figura mostrando a distribuição do gado e cervos em relação ao pólo magnético. Em B está a distribuição perto das linhas de transmissão, bem mais aleatória.

Agora a orientação de grandes mamíferos teve mais uma prova, pois os animais que estavam próximos a linhas de transmissão de alta energia perdem a orientação norte-sul. Estas linhas de transmissão emitem um campo eletromagnético de baixa freqüência, que provavelmente perturba a orientação com os pólos terrestres.

A pergunta de 1 milhão de dólares é: pra que eles precisam disto?
E a pergunta de 500mil é: humanos tem alguma sensibilidade que não percebem?

Link para o trabalho: Extremely low-frequency electromagnetic fields
disrupt magnetic alignment of ruminants