Na postagem do mês passado, “Vozes de cientistas“, eu escrevi um pouco sobre a experiência de ouvir podcasts como forma de valorizar a divulgação científica. Empolgado com tema, fui ao evento promovido pela EA² no dia 17 de maio: “Podcast como mídia educacional?”. Nas comunicações que ocorreram durante a tarde, em um auditório da Unicamp, anotei valiosas dicas sobre divulgação científica para ouvintes de conteúdos em áudio.
Na semana anterior, a revista piauí havia realizado, com apoio da rádio CBN, uma maratona que reuniu podcasters em várias mesas de debate no Instituto Moreira Salles, na Gávea (RJ). A programação teve como temas centrais engajamento do público, formas de produção e potencial de mercado dos programas de podcast. Durante a maratona, foi lançada oficialmente a rádio Novelo, presidida por Branca Vianna (integrante do Conselho administrativo do Serrapilheira) e com a direção de criação sob responsabilidade da Paula Scarpin.
Scarpin, além de repórter da revista piauí desde 2007, também escreveu uma dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC do Rio de Janeiro, sobre teatro radiofônico.
Durante a Maratona Piauí CBN de Podcast, Márcia Cavallari, CEO do IBOPE, apresentou, em primeira mão, dados sobre consumo e engajamento de ouvintes de podcasts. Com a inclusão da temática “consumo de conteúdos em áudio”, a pesquisa Conecta do IBOPE, com 2.000 pessoas entrevistadas, teve perguntas como “Qual é a primeira coisa que vem à sua mente quando pensa em podcast?”. Desde o início da expansão do número de ouvintes, a Associação Brasileira de Podcasters (ABPod) já divulgou outras três pesquisas sobre o mercado (PodPesquisa 2008, 2009 e 2014).
Voltando para o evento que ocorreu na Unicamp… vou listar minhas anotações sobre alguns pontos do seminário “Podcast como mídia educacional?”. Com a comunicação da professora Josianne Cerasoli (IFCH/Unicamp), aprendi que existem vários softwares para edição de arquivos de áudio como Audacity, Anchor e Auphonic, assim como opções de efeitos sonoros, como os disponíveis na base de dados colaborativa chamada Freesound. Além da professora Cerasoli, também participaram das atividades vespertinas do seminário Simone Pallone de Figueiredo (coordenadora do Oxigênio) e Ivan Mizanzuk. Ouvimos, portanto, relatos de diferentes tipos de experiências com produção de podcast: RepubliCast, Oxigênio e AntiCast/Projeto Humanos.
Depois de editar um podcast, é preciso escolher um agregador, como Pinecast para, finalmente, disponibilizar em plataformas com serviços semelhantes aos do Spotify. No entanto, um dos maiores desafios para quem entra no universo de podcasts, é ouvir experiências para se inspirar. Por isso, criei uma lista com algumas sugestões com programas que podem ajudar a pensar sobre divulgação científica:
- 99% Invisible;
- Twenty Thousand Hertz, como este episódio sugerido por Mizanzuk;
- Dragões de garagem;
- rádio Oxigênio, iniciativa do Labjor lançada em 2015 (lista de programas).
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