Pioneiras da Ciência no Brasil

Publicado por Marina Barreto Felisbino em

Você já ouviu falar do Programa Mulher e Ciência e do  Projeto Pioneiras da Ciência

Ele foi lançado em 2005, a partir do trabalho realizado por um grupo interministerial composto pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o então Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Educação (MEC), dentre outros participantes.

Dentre as ações deste programa está o Projeto Pioneiras da Ciência, que visa quebrar os estereótipos, resgatar do esquecimento figuras femininas que inadvertida ou deliberadamente permaneceram ocultas na história da ciência em nosso país, para que novas gerações possam se mirar nesses modelos.

Até o momento, foram homenageadas 79 pesquisadoras em seis edições. Muitas dessas histórias são contadas por pesquisadores que foram influenciados pela atuação e obra das pioneiras.

É possível enviar indicações de nomes para o Pioneiras da Ciência com sua justificativa, através do email: programamulhereciencia@cnpq.br

A primeira edição foi publicada primeiramente pela SBPC, em 2006, com o título: Pioneiras da Ciência no Brasil e pode ser acessado na íntegra aqui. É possível acessar ainda a quinta e sexta edições.

As escolhidas renderiam muitos posts e provavelmente esse tema volte a ser abordado por aqui em um futuro próximo. Por enquanto, destaco uma mulher que foi homenageada na primeira edição e com certeza merece toda visibilidade e créditos:

Bertha Lutz (1894 – 1976)

Bióloga e Ativista Feminista*

Filha do cientista e pioneiro da Medicina Tropical Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler. Ainda adolescente, foi completar a sua educação na Europa, onde tomou contato com a explosiva campanha sufragista inglesa. Em 1918, na cidade de Paris licenciou-se em Sciences na Universidade da Sorbonne e retornou para o Brasil. Desde seu regresso em 1918, aos 24 anos, Bertha tornou-se uma defensora incansável dos direitos da mulher no Brasil.

Em 1919, prestou concurso público para bióloga do Museu Nacional, passando a ser a segunda brasileira a ingressar no serviço público. Nessa instituição trabalhou por quarenta e seis anos e nela construiu uma reputação internacional como cientista por sua valiosa contribuição na pesquisa zoológica, especificamente de espécies anfíbias brasileiras.

Ao longo de seus anos de intensa militância Bertha tentou conciliar a atividade política com seu interesse profissional.

* Fragmentos do texto elaborado por Teresa Cristina de Novaes Marques (UnB). Para lê-lo na íntegra clique aqui.

Website do CNPq onde o programa pode ser conferido


Marina Barreto Felisbino

Bióloga formada pela Unicamp em 2010 e doutora na área de Biologia Celular e Estrutural em 2016. Atualmente trabalho na Universidade do Colorado em Denver-USA, onde desenvolvo pesquisa de pós-doutorado. Apaixonada pela ciência, assim como pelo alcance das mulheres à equidade. Com o desejo que todos vejam a ciência pelos olhos delas.

4 comentários

Fabiana Silva · 15 de outubro de 2016 às 15:37

Ótima matéria, já estou acessando os links, vão me ajudar bastante em minha pesquisa.

    Marina Barreto Felisbino · 14 de julho de 2017 às 21:34

    Obrigada! Fico feliz que possam ajudar!

Pioneiras da Ciência no Brasil - Blogs Científicos - UNICAMP · 25 de junho de 2016 às 10:36

[…] [..Leia Mais..] […]

Celebrando Bertha Lutz – a bióloga brasileira que lutou pelo reconhecimento internacional da igualdade de gênero - Ciência pelos olhos delas · 24 de janeiro de 2020 às 21:07

[…] Pioneiras da Ciência no Brasil – Ciência pelos olhos delas […]

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