70 – O circuito elétrico de Stranger Things

Oi, gente. Quanto tempo.

Vocês acompanham a serie de Stranger Things? Acredito que sim, porque é uma série de bastante sucesso na Netflix, composta até então por quatro temporadas (e pelo visto terá uma quinta temporada, a partir do momento em que este texto é escrito). Pois então, hoje vamos explorar o universo de Stranger Things, relacionando a energia do mundo real e a do Upside Down.

Sobre Stranger Things

Stranger Things é uma serie sobrenatural em que se possuí dois mundos. Um é o mundo comum, e o outro é o mundo invertido, denominado Upside Down. Nesta dimensão paralela, residem monstros, dos quais um deles já aparece na primeira temporada invadindo o mundo normal (Demogorgon). O enredo desta história, de forma resumida, é um grupo de pessoas que se juntam contra as forças das trevas que vem deste mundo.

A serie é interessante pois ela engloba vários aspectos dos anos 90. Além disto, é uma serie que contém alguns princípios da física. O Upside Down é baseada na mecânica de universos paralelos, idem o buraco de minhoca que traz o acesso a estas dimensões. Outro aspecto científico é a questão do campo magnético, utilizado para encontrar os portais para o outro mundo. E tem um outro ponto que será comentado agora.

O mistério das luzes e da energia

Uma das coisas interessantes na serie é a comunicação com as luzes. Na primeira temporada, quando o Will é abduzido pelo Demogorgon, ele tenta pedir ajuda. Para isso, ele tenta se comunicar com as luzes da casa da sua mãe, Joyce. E agora que vem a pergunta. Como que num mundo diferente, ele consegue acender as luzes em um outro mundo? Tais luzes são baseadas em um método paranormal, o qual usam luzes para se comunicar com os espíritos.

Mas isto faz sentido, considerando a lógica da energia? Uma das teorias é que as luzes estariam sendo acesas também no mundo paralelo, e as luzes no mundo paralelo também afetam o mundo real. Isso é devido que quando uma pessoa conserta a energia no mundo invertido para ela voltar, as luzes no mundo real também volta.

Outro ponto interessante é em relação a quarta temporada. Nela, é descoberta que o mundo paralelo é uma versão do passado do mundo real. Logo, pode-se se pressupor que quando uma luz é acesa lá, ela “viaja” no tempo ate chegar na luz. Mas o que importa é, a energia do Upside Down afeta o mundo normal, independente da teoria.

Analisando no contexto da engenharia, seria como se a lâmpada do mundo normal e a do Upside Down estivessem conectadas a um mesmo interruptor. Desta forma, ambas as luzes estariam ligadas a um mesmo circuito. O que faria sentido, já que as dimensões são bastante similares. E também pode justificar a questão da energia elétrica retornar em ambos os mundos quando a fonte de energia do mundo invertido para de funcionar. Agora, como um circuito elétrico conecta lâmpadas de outras dimensões, aí já é outra história. Da mesma forma da energia propagar entre duas dimensões diferentes, o que prova que esta serie consegue misturar muito bem o sobrenatural com a ciência.

E até o próximo texto.

Rafael Henrique

Sou graduado em Engenharia de Energia pela PUC Minas. Recentemente, concluí o mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela UNICAMP. Decidi dar inicio a este blog, com o intuito de abrir o espaço de divulgação científica relacionado a energia e seus temas relacionados.

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1 Resultado

  1. Social Zero disse:

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