78 – O submarino que afogou aponta algo grave sobre bilionários

E aí, pessoal.

Vocês devem ter visto sobre o submarino OceanGate, certo? E viu que este submarino estava com bilionários dentro para visitar o navio Titanic no fundo do mar. E que este submarino implodiu no fundo do oceano matando todos os bilionários que estavam dentro. E que houve varias reações, desde lamento da morte das pessoas, até mesmo piadas ridicularizando o fato do submarino ter ido ao fundo do mar sem a segurança devida. A notícia sobre o submarino você confere aqui.

Desta forma, com essa notícia, é possível analisar um ponto interessante: A questão de poder que essas pessoas mais poderosas querem demonstrar.

Sobre o OceanGate em si

Bem, como adiantado no início, o submarino não estava em condições de visitar o Titanic. Em outras palavras, o que houve com os bilionários já era esperado. Porém, além da imprudência, o CEO da OceanGate parece ter ignorado os diversos alertas feitos em relação ao submarino, conforme esta reportagem. Ele ainda teria dito que estava “cansado de gente da indústria que tenta usar argumentos de segurança para impedir a inovação”. E parece até que eles demitiram um especialista que estava fazendo os alertas sobre esse submarino.

Desta forma, por “questões de desenvolvimento”, os alertas foram ignorados, ao custo das vidas que estavam a bordo do submarino.

Além do OceanGate

Considerando o episódio do OceanGate e a insistência em lançar o submarino, eu acredito que isso possa ser um alerta de como pessoas poderosas (desde CEO ate bilionários) querem demonstrar seu poder a qualquer custo, cujo objetivo seja para ganhos pessoais. Nem que isso ignore premissas científicas, como ocorreu agora com o OceanGate. E obvio que nem sempre vão conseguir estes ganhos pessoais, de forma que esta ambição destes pode ate ser considerada “burra” em vários casos.

Há vários exemplos em relação a isso. Um desses é o empresário Elon Musk, no qual é acusado de “destruir o Twitter” com as novas mudanças de algoritmo que começaram a ser implementadas na rede, desde que ele adquiriu a rede. Tanto que a rede perdeu valor após a compra do Twitter, além de varias pessoas estar migrando para outras redes, como o Bluesky.

Outro exemplo é a Netflix, que após mudanças em fevereiro, como o fim de compartilhamento de senhas, começou a perder assinantes.

Isso porque eu ainda não falei de exemplos mais graves, o qual será focado no próximo tópico deste texto.

Como isso impacta o meio ambiente

Bem, se essas pessoas mais ricas querem ter influencia sobre estes aspectos citados acima, então podemos perceber que o mesmo pode se aplicar como questões mais serias. E sim, estou falando de questões ambientais.

Por exemplo, podemos citar algumas empresas de combustíveis fósseis, as quais hoje tem lobby em congressos que visam o combate as mudanças climáticas. Tal lobby visa manter o uso de combustíveis fósseis, sendo que no cenário atual, a ideia é abolir completamente a energia “suja”.

Nem preciso dizer que tem a questão dos bilionários também investirem em qual informação sobre mudança climática ele quer que circule mais na internet, conforme essa notícia feita pelo The Guardian. Também no The Guardian tem uma notícia relacionada sobre como bilionários tem influenciado as eleições e pautas econômicas, políticas e sociais nos Estados Unidos. Finalmente, vale constar essa notícia de que com as mudanças de algoritmos do Twitter pelo Elon Musk, tem circulado mais desinformações sobre as mudanças climáticas.

Isso também vai para acidentes ambientais. Como no caso de Maceió, aonde ocorreu um dos maiores acidentes ambientais já vistos no Brasil por conta de irregularidades cometidas pela empresa Braskem. Um dos desenrolares foi a empresa ainda faturar com a tragédia realizada, conforme esta reportagem feita pelo Observatório da Mineração.

E agora?

Bem, o texto foi justamente para exemplificar que esse acidente do submarino foi pra mostrar que isso foi só a ponta do Iceberg quanto a questão de demonstração de poder de bilionários e algumas empresas. Se eles conseguiram fazer com que a viagem acontecesse, tendo aquela consequência, pense nas consequências mais graves, as quais foram demonstradas no tópico anterior. Por fim, o filme da Netflix “Não Olhe para Cima” faz uma crítica nessa questão também. E até mais.

 

Rafael Henrique

Sou graduado em Engenharia de Energia pela PUC Minas. Recentemente, concluí o mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela UNICAMP. Decidi dar inicio a este blog, com o intuito de abrir o espaço de divulgação científica relacionado a energia e seus temas relacionados.

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