>Patentes patéticas (nº. 22)

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Você é daqueles que acha que ter cães e gatos é comum demais e por isso tem uma cobra? Como você leva seu réptil pra passear? Mantê-la enrolada pelo corpo pode ser cool, mas da mesma forma que cães mordem seus donos e gatos arranham-nos, lembre-se que você pode acabar estrangulado sem mais nem menos pela sua adorável cobrinha… 
Usar uma coleira poderia ser mais seguro — mas será possível fazer uma coleira para uma criatura desprovida de saliências e que é toda pescoço? O inventor californiano Donald Robert Martin Boys provou que sim, é possível. Ou pelo menos é o que pensa o U.S. Patent Office, que em 10 de dezembro de 2002 emitiu a patente nº. 6.490.999 para um “Aparelho de coleira que permite o manuseio seguro de uma cobra por meio de uma corrente”. Explica-se:

Coleiras animais padronizadas, como as projetadas para cães e gatos bem como para outros animais com pernas não se prestam ao estilo corporal de uma cobra porque a cobra não tem qualquer apêndice externo. […] O movimento sinuoso de uma cobra, combinado com a capacidade de alterar o diâmetro de sua circunferência permite-lhe atravessar e escapar de qualquer freio anular como uma coleira de pescoço.

A coleira de cobra de Mr. Boys inclui um “dispositivo de neutralização do movimento sinuoso” (nº. 101, na ilustração) para evitar as fugas e permitir que você (nº. 402) saia tranquilamente para dar uma voltinha no parque com a sua serpente (nº. 301). “Um réptil que recebe mais luz do sol”, explica a patente, em tom acaciano, “terá uma melhor condição dermatológica do que aquele que é mantido no escuro.”
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