Por dentro da URSS: viva o povo americano

Delegação americana participa do VI Festival Mundial da Juventude, realizado em Moscou em 1957.
Delegação americana participa do VI Festival Mundial da Juventude, realizado em Moscou em 1957.

Para recapitularmos, o governo dos Estados Unidos pode ser considerado como “inimigo” pelo regime soviético, mas não o povo americano. A explicação é que, por toda parte, os povos são boa gente mas vítimas de capitalistas “reacionários” e “monopolistas”. Em 7 de novembro [no desfile que comemora a Revolução Russa], apareciam à Praça Vermelha slogans que inculcavam a amizade com o povo americano. Ademais, o que é importante fazer notar, é que os Estados Unidos são muito respeitados em alguns pontos – principalmente por sua riqueza básica, sua perícia tecnológica e sua atividade industrial. Os russos falam da nossa “selvageria” para com os negros e da “desonesta” captura de Formosa [Taiwan], mas reconhecem algumas virtudes americanas e até as invejam. Artigo recente do Krasnaya Zviezda, órgão do Exército soviético, diz: “É fora de dúvida que o povo americano é industrioso e talentoso. Contribuiu grandemente para a cultura e a civilização mundial subjugando a natureza. (…) O povo americano deu ao mundo grandes chefes políticos, inventores, escritores e músicos.” — GUNTHER, John. A Rússia por dentro. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1959. p. 86

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