Em 1974, o californiano Kenneth Lutz Jr. tinha um problema: precisava de dinheiro. Uma solução: fazer um sequestro e pedir um resgate. Outro problema: sequestrar quem? Na falta de uma ideia melhor, Kenneth Lutz Jr. decidiu sequestrar-se a si mesmo. O plano era muito simples: deixar uma nota de resgate na porta da casa dos seus pais. A execução, porém, foi tão simplória que não foi difícil descobrir o sequestrador de Kenneth Lutz Jr.
Na manhã de 14 de fevereiro de 1974, Kenneth Lutz pai encontrou uma nota na porta de casa informando-lhe do sequestro do filho e exigindo 5.000 dólares (em nota de 20) como resgate. O bilhete terminava com a instrução de que o dinheiro fosse “botado pra fora quando você for trabalhar na quarta-feira”. Não havia instruções sobre onde, exatamente, deixar o dinheiro nem como o filho seria devolvido.
Morador de Grand Terrace, Califórnia, Mr. Lutz não perdeu tempo e chamou a polícia. Na mesma tarde, um policial veio acompanhado de um detetive. A primeira coisa que fizeram foi dar uma geral na casa. Foi então que descobriram o cativeiro do rapaz.
O cativeiro escolhido por Lutz Jr. para se autossequestrar não poderia ser pior: ele foi encontrado dentro de um trailler nos fundos do quintal da própria casa. A porta sequer estava trancada… O sequestrador mais preguiçoso da História prontamente confessou o próprio sequestro, negando o envolvimento de terceiros. “Eu queria o dinheiro e [o sequestro] me pareceu algo que poderia ser feito”, declarou à polícia.
Poderia ter sido feito de forma muito melhor, claro. Segundo o jornal The San Bernardino County Sun, o caso levantou suspeita do detetive desde o começo, pois não há “sequestrador que assine seu nome como sequestrador no fim de um bilhete”. A notícia publicada na edição de 15 de fevereiro daquele periódico nos informa que Lutz Jr. acabou detido por tentativa de extorsão e porte de uma pequena porção de maconha. Não sabemos por quanto tempo ele ficou atrás das grades, mas ele não deve ter demorado a perceber que planejar um golpe chapado não é uma boa ideia…
[via Hoaxes.org]