Nova série: "Em Cores"

Desde o fim de 2018 tenho praticado a colorização de gravuras, ilustrações e fotos antigas. Só agora, porém, venho me sentindo seguro o bastante para apresentá-las a um público além do meu círculo imediato.

Se este blog parece meio inativo ultimamente, existem alguns bons motivos. Um deles é que estou fazendo minhas experimentações artísticas e, por enquanto, isso vem sendo mais divertido e estimulante do que escrever. Não vou deixar de escrever aqui, claro, mas o fato é que depois de uns dez ou doze anos de blog e cerca de um milhar de textos, estou perdendo o fôlego. Embora o foco deste espaço ainda seja a divulgação científica, resolvi aproveitá-lo para expor algumas das minhas artes.

Assim, a partir de hoje, inauguro a série “Em Cores”, dedicada ao compartilhamento das minhas artes. Como já faz mais de um ano que venho praticando, tenho muita coisa para mostrar, mas vou fazer isso aos poucos, sem periodicidade definida — mais ou menos como costumo fazer com a Memória Fotográfica, uma série que preciso retomar. Sem mais delongas, é hora de apresentar três exemplares de minhas colorizações: uma ilustração, uma gravura e uma fotografia.

Acima, (1) versão a cores, em estilo lápis de cor sobre (2) ilustração original de Michael Lindberg (@dustybrockway). Essa color foi feita em Junho de 2019, época em que adotei o Pinterest como fonte imagens para colorir. Desde então venho reunindo em meu perfil muitas ilustrações e fotos que pretendo colorizar. Mas como eu faço esse tipo de arte?

Passei anos tentando aprender a aplicar cores em fotos antigas, uma atividade que sempre me pareceu instigante. No entanto, a técnica só se tornou viável para mim no final de 2018, quando descobri que me bastariam apenas duas coisas: um smartphone e uma caneta touch.

Para o dispositivo, o melhor aplicativo que encontrei para fazer esse tipo de atividade é o Autodesk Sketchbook, que conta com ampla variedade de pinceis e cores — e atualmente tem versão completa gratuita. Tive porém algumas dificuldades com as canetas, improvisando umas caseiras (insatisfatórias e pouco duráveis) e comprando algumas mais baratas (idem). A qualidade melhorou muito quando comprei uma com ponta fina e substituível no final do ano passado, por cerca de R$ 50.

Na gravura a seguir, é possível ter uma ideia do passo-a-passo de uma colorização:

https://www.instagram.com/p/B8wAcKnDtX3/?utm_source=ig_web_copy_link

Aliás, sigam-me no Instagram, onde tenho compartilhado minhas artes com mais frequência. Voltando ao assunto, e as fotos? O princípio é o mesmo: aplicar cores em camadas separadas, de acordo com suposições verossímeis ou com base em pesquisas históricas. Como sou meio preguiçoso e prefiro ir direto ao ponto, costumo trabalhar com fotos que não têm importância histórica e, a meu ver, exigem pouca ou nenhuma pesquisa desse tipo. Um dos meus temas favoritos são fotografias cotidianas, como a mostrada a seguir:

https://www.instagram.com/p/B9UZLGnJSQB/?utm_source=ig_web_copy_link

Estes são apenas os primeiros exemplos do que pretendo apresentar nesta série dedicada à colorização. Futuramente, pode ser que eu também apresente alguma dica ou tutorial para quem está interessado em começar a praticar esse tipo de arte digital – com tanta gente ficando em casa, acredito que é um ótimo momento para aprender esse tipo de coisa.

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