Flexitarianismo é a junção das palavras flexível e vegetarianismo.
É um termo usado para definir um tipo de padrão alimentar caracterizado pela redução do consumo de carnes (low-meat diet) e outros alimentos de origem animal.
De uma forma geral, o indivíduo flexitariano ou “semi-vegetariano” apresenta uma dieta composta basicamente por alimentos de origem vegetal.
E substitui, pelo menos uma vez por semana, o consumo de carnes e proteínas de origem animal por alimentos e proteínas vegetais.
Ou apresenta apenas uma redução no consumo diário de carnes de acordo com as diretrizes e guias alimentares.
Esse tipo de comportamento alimentar vem aumentando nos últimos tempos na medida em que as pessoas estão cada vezes mais conscientes da relação entre alimentação, saúde e meio ambiente.
Nesse sentido, a busca por saúde e bem estar físico e mental associada a preocupação com a sustentabilidade e a ética em relação aos animais tem contribuído para o aumento do número de flexitarianos no Brasil e no mundo.
Por outro lado, o flexitarianismo, além de um estilo de vida, também pode ser uma consequência de fatores socioeconômicos e do alto custo de alimentos de origem animal como as carnes.
Qual a diferença entre flexitariano, onívoro, vegetariano e vegano?
O indivíduo flexitariano não quer deixar de consumir carnes ou alimentos de origem animal. Mas, reduzir o seu consumo, adotando um padrão alimentar predominantemente vegetariano.
O flexitariano prefere consumir alimentos de origem vegetal, porém, sem a exclusão de alimentos de origem animal.
Por outro lado, o flexitarianismo também pode ser adotado em um processo de transição para o vegetarianismo e/ou veganismo.
O onivorismo é um tipo de dieta composto tanto por alimentos de origem animal (como carnes, aves, peixes, frutos do mar, ovos e laticínios) quanto vegetal, sem nenhum tipo de restrição ao consumo de tais proteínas animais.
Já o vegetariano é o indivíduo que exclui todos os tipos de carnes, aves, peixes e seus derivados, podendo ou não consumir laticínios ou ovos.
Portanto, pode ser classificado como ovo-lacto vegetariano, lacto vegetariano e ovo vegetariano.
O vegetarianismo, por sua vez, inclui o veganismo, que não utiliza produtos de origem animal para nenhuma finalidade (seja alimentar, ou de higiene, vestuário etc.).
Quais os tipos de Vegetarianismo?
- Ovo-lacto vegetariano é o vegetariano que consome ovos, leite e derivados.
- Lacto vegetariano é o vegetariano que ingere leites e derivados. Mas, não consome ovos.
- Ovo vegetariano é o vegetariano que consome ovos. Mas, não ingere leite e derivados.
- Vegetariano estrito é o vegetariano que não consome nenhum derivado animal na sua alimentação.
- Vegano é o vegetariano estrito, ou seja, não consome nenhum alimento de origem animal. E não utiliza componentes animais como vestimentas de couro, lã e seda, além de produtos testados em animais.
Planejamento Alimentar
Essas classificações são importantes para a adequação do planejamento alimentar com a finalidade de evitar deficiências nutricionais específicas ao padrão alimentar adotado, principalmente em relação a ingestão de proteínas, vitaminas como B12 e minerais como ferro, cálcio e zinco.
Lembrando que a adequação alimentar se fez necessária em todas as fases da vida como infância, adolescência, gestação, lactação e senescência. Períodos em que as demandas nutricionais estão aumentadas e precisam ser atendidas.
Além disso, esportistas e atletas vegetarianos, veganos ou flexitarianos também precisam adequar sua alimentação às práticas de exercício físico e às necessidades nutricionais.
Sugestões para uma Alimentação Flexitariana:
- Adotar um padrão alimentar variado composto por alimentos seguros (do ponto de vista microbiológico), ricos em nutrientes e em quantidade adequada às demandas fisiológicas e metabólicas de cada um;
- Consumir diariamente frutas, verduras, legumes, leguminosas, oleaginosas, sementes e grãos integrais;
- Consumir carnes e alimentos de origem animal de acordo com as diretrizes alimentares e a frequência desejada;
- Combinar nas principais refeições uma fonte de leguminosa (feijão, ervilha, grão de bico, lentilha e soja) com um cereal (arroz, trigo, milho, aveia) ou pseudo-cereal (amaranto, quinoa, trigo sarraceno);
- Limitar o consumo de alimentos com alto teor de gorduras, açúcar e sal;
- Associar esse tipo de alimentação a prática de exercício físico regular.
Para mais informações, acesse: Raphaely, T., & Marinova, D. (2014). Flexitarianism: Decarbonising through flexible vegetarianism. Renewable Energy, 67, 90–96. https://doi.org/10.1016/j.renene.2013.11.030
Adorei, ótimo texto!
Que bom que gostou! Obrigada!
Olá Helena! Estou tentando te contatar justo sobre o tema desse artigo. Seria para palestrar na empresa que trabalho.
Olá, Priscila! Agradeço pelo contato! Será um prazer palestrar sobre Flexitarianismo para vocês! Segue meu e-mail: helenapreviato@hotmail.com
Amei o artigo!!! Me identifiquei nessa categoria!!! Valeu nutri, vc é top!!!
Olá, Flávia! Que bom que gostou! Muito obrigada!