
Já dizia o filósofo francês Roland Barthes, que “a fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente”. E Fernando Pessoa, sobre ciência afirmou que “a ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são”.
E se fotografia e ciência fossem estudadas em conjunto?
Foi o que propôs o artigo Fotografia e ciência: a utopia da imagem objetiva e seus usos nas ciências e na medicina, publicado no Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Ciências Humanas (vol. 9, n. 2, 2014).
O estudo analisa como a fotografia foi empregada na ciência e, especificamente, na medicina ocidental, desde a segunda metade do século XIX até as primeiras décadas do século XX.
Nesse período, segundo a pesquisa, a fotografia fortaleceu seu papel como instrumento de registro, de conhecimento e de divulgação das práticas médicas, inicialmente na Europa.
O artigo analisou fotografias produzidas, principalmente, em Paris e São Paulo, e com a preocupação de explicar as condições de sua produção, as implicações heurísticas ligadas ao uso da fotografia na medicina e como, a partir dela, novos significados foram agregados ao universo de representações no campo das práticas médicas.
Artigo: Fotografia e ciência: a utopia da imagem objetiva e seus usos nas ciências e na medicina
Autor: James Roberto Silva
Revista: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Ciências Humanas