Author Archives: Claudia Chow

Mudança de imagem

Com as empresas de petróleo querendo negar de todas as formas o aquecimento global como culpa do homem, querendo mais que o gelo no Alaska derreta todo para poder explorar enormes campos de petróleo que lá estão, fica difícil ser bem vista pelo público em geral.

Mas por conta de várias atitudes questionáveis, inúmeros erros e acidentes ao redor do mundo as empresas de petróleo não possuem uma imagem muito boa. Para tentar minimizar essa imagem, a Chevron lançou um vídeo interessante, mas é tão “sentimental”que, pelo menos pra mim, ficou artificial. É estranho ver uma empresa dessas afirmando que está preocupada em levar energia limpa para todos, pois afinal vivemos no mesmo planeta. E que todo seu esforço e conquistas do homem é por causa da energia humana! Ah, é um vídeo legal, mas ficou parecendo mesmo campanha de seguro de vida.

Aqui no Brasil acho que essa imagem ruim das empresas de petróleo não é muito forte pois até bem pouco tempo atrás a Petrobrás era a única empresa petróleo e ainda é a única com refinarias no país. Ela tem uma imagem razoavelmente boa, acredito que é assim pois é uma empresa pública que dá certo e de uma forma ou de outra todo brasileiro tem orgulho. Apesar de já ter cometido várias “gafes” ambientais.

Cana de açúcar, África, diamantes, consumo e maçãs desidratadas…

São tantos os assuntos que eu quero abordar de uma vez só que eu não sei se vai dar muito certo, mas vamos lá…

Ontem assistindo um Jornal na TV vi uma declaração do nosso Presidente sobre os trabalhos na lavoura de cana-de-açúcar. Ele se perguntava se o trabalho na lavoura de cana era muito pior que o trabalho em minas de carvão, que existiu por muito tempo e ainda existe em muitos lugares do mundo… Ai, ai… Que argumento fraquinho, não? Poxa, eu esperava mais dos assessores do Presidente, ou dele próprio. Já que é pra usar esse raciocínio pra que se preocupar com a fome ou qualquer outro problema do gênero no Brasil? A África com certeza é pior, lá as pessoas não podem sequer contar com o governo, elas contam com ajuda internacional para tentar minimizar a fome em alguns locais. Gente, vamos nos conformar com a pobreza no Brasil por que na Nigéria é pior, vamos nos conformar com as condições absurdas de trabalho na lavoura de cana pois nas minas de carvão na China é muito pior… Resolvido o problema? Sua consciência tá mais leve? Conseguimos alguma coisa mais sustentável, né?

Aí, falando de África assisti um filme esse fim-de-semana, Diamante de Sangue. O filme trata do “comércio” (leia-se tráfico) de diamantes em Serra Leoa. Tirando o fato de ser um filme hollywoodiano, superprodução e ter nada mais que Leonardo Di Caprio no elenco a estória contada me impressionou muito. Como o ser humano permitiu que um país chegasse ao ponto que chegou por pedrinhas? Tá, eu sei que não são quaisquer pedrinhas, mas nada justifica vidas humanas, guerras e violência. E como é bem lembrado no filme tudo para que mocinhas americanas tenham seu anel de diamante no noivado. Tomara que alguma delas tenham visto o filme, se sensibilizado e ao menos tenham pedido algum tipo de certificado do diamante, se bem que será que isso resolve alguma coisa? Na realidade seria preciso repensar a real necessidade de um anel de diamante para um casamento…

E pra finalizar… Parece que o assunto do momento tem sido o consumo consciente, consumo verde, já leu alguma coisa a respeito? Acredito que devemos reduzir o consumo, mas não vou discutir isso hoje, vou só citar um passagem sobre a escolha na hora de consumir… Eu gosto muito de maçã desidratada e lá fui eu comprar um pacotinho para meu lanchinho. Tinham 2 opcões, uma custava R$2,10 e outra R$2,50, aparentemente as 2 eram iguais, ai fui ver de onde vinham… A mais barata de SC e a mais cara do PR! Eu to em SP, por que o pacote que vem de mais longe é mais barato e o que está mais perto mais caro? Devem ser leis da economia que eu desconheço ou não entendo por que não faz nenhum sentido… As 2 maçãs são igualmente boas, compro a mais cara por que teoricamente o seu transporte polui menos, mas ao mesmo tempo é de uma marca mais “chique”? Ou compro a mais barata que é uma marca menor, mas seu transporte polui mais? Fiquei sem saber, acho que vou é parar de comer maçãs desidratadas e consumir menos mesmo…

Interface


A Interface é uma empresa de carpetes dos EUA que decidiu provar que é possível ser transformar uma empresa de capital aberto em sustentável até 2020. A missão zero da empresa é a promessa de eliminar todos os impactos negativos ao meio ambiente até 2020.

Ray Anderson é o dono da empresa e depois de ler a Ecologia do Comércio, de Paul Hawken em 1994, decidiu que a sua empresa seria o exemplo.

São várias as ações que a empresa tem tomado para torná-la verde. Além de reduzir todos os tipos de lixo, eles preocupam-se com o impacto da matéria-prima, do processo e do produto. E pensam também em como fazer para trazer o produto de volta e transformá-lo em produto novamente.

No Canadá um funcionário ajudou a desenvolver um processo para a parte de trás do carpete, mudando os produtos químicos. Não se tratou apenas de reduzir, mas também de substituir os químicos usados. Também no Canadá foi reduzido o uso da água em 95% com a mudança do processo, agora são utilizados equipamentos em que uma agulha cria padrões coloridos e não mais as impressões que utilizavam água.

Em 1998 a Interface colocou em prática um programa inédito: a empresa entra em contato com clientes, donos de carpetes velhos e se encarrega de retirá-los (mesmo que sejam produtos de concorrentes). Todo esse material é reciclado para fabricação de novos produtos. Anderson tem um plano mais ousado ainda, um projeto de leasing de carpete que garantiria a Interface o controle total sobre o aproveitamento do produto. Em vez de comprar o carpete, o cliente pagaria um valor pelo uso do produto por alguns anos e ao final do tempo estipulado, a Interface recolheria o carpete, reciclaria e o substituiria.

Numa entrevista com o vice-presidente para o Canadá e América Latina, é bem interessante notar que a idéia da empresa não é fazer carpetes, mas sim tentar fazer a diferença. O Vice presidente diz “Damos às pessoas uma razão maior para vir ao trabalho. Não é dinheiro, mas algo que envolve as pessoas de uma maneira mais profunda.”

Curiosidade

Cozinhando lixo

30.08.2007 | O governo de Nairobi, no Quênia, não reconhece a existência legal das favelas da cidade. E, por isso, não recolhe o seu lixo. Fica tudo por lá mesmo, no meio da rua, nas valas, pendurado nas árvores. Mas um projeto tocado por uma ong local que tem o apoio das Nações Unidas está mudando a paisagem na comunidade de Kibera, onde vivem 800 mil pessoas. Foi instalado por lá um fogão movido a lixo, que pode ser usado pelos moradores que contribuem com sua cota para cozinhar ou esquentar água. Quarenta jovens são pagos para recolher o lixo de casa em casa diariamente. A idéia, de um arquiteto queniano, Jim Archer, pode servir de modelo para outros locais da África. A notícia é da agência Reuters.

Peguei essa nota no site O ECO.

Como já comentei aqui, a resolução dos problemas ambientais estão acontecendo com, sem e apesar dos governos… Não só aqui no Brasil, mas como se pode ver, em outros lugares do mundo.

Programa Cidades e Soluções

Nos últimos fins-de-semana assisti o Cidades e Soluções e achei interessante divulgar aqui.

Ele sempre trata de algum assunto sobre meio ambiente e é o único programa de TV carbono neutro da televisão brasileira. Seguem os horários:

No Globonews
Domingo, às 21:30h
Horários alternativos
Seg 03:05, 08:30, 15:30
Qua 05:05, 17:30
Sáb 05:30

No Canal Futura
Sexta-feira, às 21:00h
Horário alternativo
Dom 15:00h

Propaganda

Tem tempo que eu não colocava uma propaganda aqui, né?

Achei essa no Blog Rastro de Carbono e tomei a liberdade de colocar aqui…

Tradução: “Você tem uma pegada de carbono a qual contribui para as mudanças climáticas. Descubra a sua pegada e como reduzi-la visitando website ActOnCO2.”

Achei a idéia das pegadas tão boa, como os publicitários demoraram tanto pra pensar nisso? Mesmo se você não entende o que é dito o vídeo faz você parar pra pensar do que ele está falando, como assim eu saio do banho e continuo com o “pé” sujo?

Achei o máximo e adorei! Muito bom!

Entrevista

Dei uma entrevista (por e-mail) para o Blog do Planeta que foi publicada hoje.

Aqui está o link. Confira lá o que eu falei! 😉

Ainda sobre camarões

Quando escrevi o post sobre camarões mandei um mail para o autor do artigo que citei e ele me respondeu da seguinte forma, no caso de querer comer camarão:

Existem certificações diversas para camarão cultivado no Brasil, no entanto nenhum selo garante a sustentabilidade social e ambiental. Na realidade, duvidamos muito da possibilidade de se existir camarao cultivado socialmente justo e ambientalmente sustentável nos atuais modos de produção em larga escala, na zona costeira e utilizando-se de uma espécie exótica ao Brasil.

Outra alternativa é comprar camarão selvagem, que geralmente é proveniente de pescarias de arrasto de fundo, que não é tão ambientalmente sustentável mas pelo menos gera renda para pescadores de pequena escala.

Ele encaminhou meu mail para a assessora do Instituto Terramar e ela me enviou os seguintes nomes de fazendas certificadas no Brasil:

Fazenda Primar/ RN (www.primarorganica.com.br)

Certificador: IBD – Instituto Biodinâmico. (www.ibd.com.br)

Camanor/ RN (www.camanor.com.br) (3 fazendas)

Certificador: Filière qualite Carrefour

Fazenda Água/RN

Certificador: Naturland/Bio-Suisse

Fazenda Biocrab/CE

Ela lembra que não necessariamente por serem certificadas produzem camarões de forma ambientalmente sustentável, socialmente justa, etc. Pois todas elas estão localizadas em áreas de Área de Preservação Permanente – APP, ou seja, áreas protegidas por lei como manguezais de usofruto comum de comunidades tradicionais que sobrevivem dos produtos gerados por este ecossistema.

Ta aí a dica, se vc sentir muita vontade de comer camarão pode escolher um certificado. Ainda acho que a melhor alternativa é não comer, mas…

Comentário

Fiquei muito feliz de receber esse comentário…

Cláudia, sou fã do seu blog e sempre que posso dou uma passada por aqui.

Só queria te dizer que após o Live Earth eu redigi um projeto para a coleta seletiva do meu prédio que pretendo entregar para o meu síndico. Aqui em casa o lixo começou a ser separado, mandei e-mails para meus amigos fazerem o mesmo. Reduzi o meu banho para 20 min e por aí vai.

Tenha mais fé nas pessoas. Às vezes um show como esse pode atingir muita gente, eu fui apenas uma. Queria te contar para que vc saiba que pelo menos para uma pessoa serviu.

Mais uma vez parabéns pelo blog, pela dedicação e pelo trabalho!

Beijos

Realmente Isabel, não tenho muita fé nas pessoas, mas acho que o meu post e minha visão cética pode ajudar a provocar as pessoas para fazer alguma coisa. Fico muito contente que o show tenha ajudado você a tomar atitudes melhores, o show conseguiu atingir seu objetivo!! Que fantástico!

Obrigada por comentar aqui e tentar me mostrar que as pessoas podem mudar!

Concurso de projetos ambientais

Estudantes brasileiros podem participar de projeto internacional até 10 de
setembro.

As inscrições para a edição 2007 do Programa “Bayer Jovens Embaixadores
Ambientais” foram prorrogadas até o dia 10 de setembro. Estudantes de todo
o Brasil, com idade entre 18 e 25 anos de idade e fluentes no idioma
inglês, autores de projetos ou estudos na área de meio ambiente, podem se
inscrever pelo site http://www.byee.com.br. O programa “Bayer Jovens
Embaixadores Ambientais” é realizado pela Bayer em parceria com o PNUMA
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e conta com o apoio do
Ministério do Meio Ambiente.

Quatro trabalhos serão selecionados e seus autores participarão de uma
viagem para a Alemanha, em novembro deste ano, para um encontro
internacional de jovens embaixadores ambientais. Dúvidas serão atendidas
pelo e-mail byee.bayer.bb@bayer.com.br