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Dicas Dia das Crianças

O Dia das Crianças está chegando e ai vão algumas dicas de presentes sustentáveis para a criançada. Isso se realmente você achar necessário comprar alguma coisa, o maior desafio da sustentabilidade com certeza é não fazer mais as coisas como sempre fizemos e ajudar as crianças a pensar diferente pode ser o melhor começo.
Dicas de brinquedos ecológicos no Blog de Brinquedos.
Dicas para o dia das crianças no Blog Vida Verde.
Um exemplo de loja de brinquedos no Guia Verde e outras dicas.
Dica de passeio do Planeta Sustentável.

Sobre a água

Sabe essas toalhas de papel de restaurantes faz-food cheio de ilustrações e curiosidades? Eis que mexia nas minhas bagunças e encontro uma velhinha com curiosidades sobre a água, alguma delas achei interessante colocar aqui:

Se toda a água da Terra – doce, salgada e congelada – fosse dividida entre seus habitantes, cada pessoa terei o direito a 8 piscinas olímpicas cheias. Mas se dividirmos somente a água potável entre as pessoas, cada uma teria o direito a apenas 5 litros de água. (Tem algo de errado no mundo ou sou só eu que penso assim?)

Se todo o gelo das calotas polares da Terra derretesse, um quarto do Planeta ficaria alagado.

O Brasil tem 13,7% de toda água doce do planeta, sendo que 80% desse total está na Bacia Amazônica.

Se toda água do mundo coubesse numa garrafa de 1 litro, apenas meia gotinha estaria disponível para beber.

A Terra possui 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos de água (só para você entender melhor, 1 quilômetro cúbico tem 1 milhão de litros de água.)

Dessa total, 97,5% é água salgada. Sobram 2,5% de água doce, tanto líquida como congelada.

Tire daí a água congelada do planeta e sobram apenas 0,26% de água líquida na forma de rios, lagos e lençóis subterrâneos.

Para não secarmos os recursos, só podemos usar a água que é renovada pelas chuvas, que são míseros 0,002% de toda a água do planeta.

De toda a água utilizada no mundo, 10% vai para o consumo humano, 20% é para uso industrial e 70% é usado na agricultura.

A quantidade de água no mundo é praticamente a mesma há milhares e milhares de anos. Mas, o número de pessoas que vivem na Terra aumenta a cada dia. Mais gente para a mesma quantidade de água. Se nada for feito em relação à água, especialistas prevêem que haverá conflitos entre países por disputa de água em um futuro não muito distante.

Em uma hora, um grande carvalho pode produzir 4000 litros de vapor.

Resolvi até scanear uns dos desenhos que achei muito bonitinhos. Será que essas “toalhinhas” de alguma forma sensibilizam as pessoas? Espero que sim!! (Itálicos e negritos por minha conta!)

Revolução Verde – Thomas Friedman


Recebi de um amigo o seguinte comentário do Thomas Friedman sobre a dita revolução verde. Tradução livre minha.

“O que eu sempre digo para as pessoas que dizem pra mim, “Nós estamos vivendo uma revolução verde” é, “É mesmo? Uma revolução verde! Você já viu alguma revolução que ninguém sai lesado? Essa é a revolução verde.” Na revolução verde todos são vencedores: o BP Verde, Exxon Verde, GM Verde. Quando todos são vencedores, não é uma revolução – na verdade, é uma festa! Nós estamos numa festa verde. E isso é muito divertido – você e eu somos convidados para todas as festas. Mas isso não tem qualquer conexão com uma revolução real. Você sabe que isso é uma revolução quando alguém é lesado. E isso não significa uma lesão física. A revolução da Tecnologia da Informação (TI) foi uma verdadeira revolução. Na revolução de TI, companhias tiveram que mudar ou morrer. Portanto, você vai saber que a revolução verde está realmente acontecendo quando você ver alguns corpos – corporações – ao longo da rodovia: companhias que não mudaram e por isso morreram. Agora nos não temos esse tipo de mercado, esse tipo de situação de mudança ou morte. As companhias hoje sentem-se como se apenas mudando suas marcas, não exatamente seus negócios, será o suficiente para sobreviver. Esse é o por quê nós realmente temos uma festa verde e não uma revolução verde.” Thomas Friedman

O original em inglês.
” What I always say to people when they say to me, “We’re having a green revolution” is, “Really? A green revolution! Have you ever been to a revolution where no one got hurt? That’s the green revolution.” In the green revolution, everyone’s a winner: BP’s green, Exxon’s green, GM’s green. When everyone’s a winner, that’s not a revolution–actually, that’s a party. We’re having a green party. And it’s very fun–you and I get invited to all the parties. But it has no connection whatsoever with a real revolution. You’ll know it’s a revolution when somebody gets hurt. And I don’t mean physically hurt. But the IT revolution was a real revolution. In the IT revolution, companies either had to change or die. So you’ll know the green revolution is happening when you see some bodies–corporate bodies–along the side of the road: companies that didn’t change and therefore died. Right now we don’t have that kind of market, that kind of change-or-die situation. Right now companies feel like they can just change their brand, not actually how they do business, and that will be enough to survive. That’s why we’re really having more of a green party than a green revolution.”
Quem acredita numa mudança do jeito de fazer negócios levanta mão!!
E quem acredita em Papai Noel?? É quase a mesma coisa… Pode não ser o Papai Noel que compre ou entregue seu presente no Natal, mas de alguma forma você ganha algum, né? Sem presente ninguém fica.
A mesma coisa a revolução verde, ninguém muda o jeito de fazer negócios, mas mudam-se os slogans, os produtos, o marketing. Ninguém sofreu de fato com a revolução verde, quem sabe citar 1 empresa que teve que fechar as portas porque não se adaptou? Eu sei citar ao contrário, empresas que fizeram estragos e que não fecharam as portas, aliás acho difícil terem sequer cogitado essa idéia. Por exemplo a Shell, fez um estrago monstruoso em Paulínia e o que aconteceu com a empresa? Nada. A Exxon derramou um petroleiro de óleo no Alasca e continua umas das empresas que mais dão lucro no mundo. A Union Carbide Corporation causou o maior acidente químico da história na Índia, em 1984 e 15 anos depois se fundiu com a multinacional Dow Chemicals que se tornou a segunda maior empresa química do mundo.
Tá, tá bom, tem o caso da Nike, digamos que ela sofreu um chacoalho, as ações caíram, mas fechar as portas por conta da gafe de usar mão-de-obra escrava ou infantil não aconteceria, duvido. Essa revolução verde é coisa da cabeça dos otimistas!
UPDATE:  Veja o post do Hugo Penteado sobre o mesmo comentário do Thomas Friedman aqui.

Lâmpadas

Esse negócio de descartar corretamente os produtos tem me preocupado e o alvo de pesquisas agora foram as lâmpadas. Veja alguns problemas sobre o lixo aqui e aqui.

Na verdade eu liguei para a empresa das lâmpadas flourescentes que compro (todas as da minha casa são flourescentes) e eles me disseram para entregar as lâmpadas queimadas na loja onde as comprei. Simples, fácil assim.

Ai descobri que eu tenho uma única lâmpada incandescente aqui em casa, pois quando eu mudei comprei uma pra testar se a energia já estava ligada. Bom, fui pesquisar na Internet como descartá-la, eis que não achei… Entrei no site da Philips, da Osram e nada, nenhuma indicação do que fazer com as (em extinção) lâmpadas incadescentes. Alguém sabe? Jogo no lixo normal mesmo?

Pelo menos nessa pesquisa encontrei um FAQ sobre lâmpadas flourescentes muito interessante no site da Osram, reproduzo algumas das perguntas e respostas que mais me chamaram a atenção.

O número de acendimentos em uma fluorescente reduz sua vida útil ? Preciso sair e retornarei daqui à 1 hora, será que vale a pena desligar a luz?

Resp.: Sim. A vida útil indicada pelo fabricante (100%) é obtida realizando-se um ciclo de chaveamento, onde liga-se e desliga-se a lâmpada baseado na norma IEC :
165 minutos ON (ligada)
15 minutos OFF (desligada)
No caso de um dia de 24h, observa-se que este ciclo pode se repetir 8 vezes. No caso da ausência temporária, recomenda-se que o sistema fluorescente não seja desligado caso este período seja inferior a 15 minutos.

A propósito, é vantagem deixar uma fluorescente acesa o tempo todo, ou quando sairmos do ambiente temos que apagá-la ?

Resp.: Como vimos acima, a fluorescente, sendo uma lâmpada de descarga, tem sua vida média dimensionada para oito acendimento diários e, a cada acendimento a mais, terá sua vida diminuída e, contrário senso, a cada acendimento a menos, aumentará sua vida útil proporcionalmente. Assim, recomenda-se que quando sairmos do ambiente por tempo superior a 15 minutos devemos apagar a luz e, quando não ultrapassar esse tempo, é mais econômico deixá-la ligada.

O mercúrio das fluorescentes faz mal a saúde?

Resp.: O mercúrio é um metal pesado e como tal prejudicial ao meio ambiente, porém no caso da saúde, há muitos aspectos a considerar e também muitas lendas sobre o assunto.
Durante o racionamento de energia no ano de 2001, apareceram muitos entendidos em lâmpadas que, em horário nobre, diziam alguns absurdos com autoridade. Certa feita, disse um “professor” que uma pessoa quebrando uma lâmpada fluorescente tubular numa bancada, na altura de sua barriga, o mercúrio penetraria em seu organismo, causando-lhe malefícios.
A verdade é que em primeiro lugar o mercúrio, sendo um metal pesado muito denso, não consegue penetrar no organismo pela pele, mas sim por uma única forma que é pelas vias aéreas e, claro, na forma de vapor. Acontece, que o mercúrio só se vaporiza em temperaturas altas e, mesmo assim, sendo pesado, tem a tendência de cair. Tecnicamente, afirma-se que para uma pessoa ser contaminada minimamente por mercúrio, na situação citada, ou seja, quebrando lâmpadas numa bancada – o que na prática nem acontece, teria que ficar anos e anos fazendo apenas esse trabalho com altas temperaturas no local.
No caso de contaminação do meio ambiente, há a preocupação, tanto que hoje existem empresas recicladoras de lâmpadas de descarga, que vivem em função desse trabalho. Recolhem as lâmpadas, reciclam os materiais, especialmente o mercúrio, que vendem novamente para os fabricantes. Esse processo de reciclagem cria novos empregos pela formação de novas empresas. Essas empresas são controladas, licenciadas e fiscalizadas pelo Ibama.

Foto: http://www.acores.net/images/noticias/2_264_19097_lampada11.jpg

Sustentabilidade x Marketing by Hugo Penteado

Em maio o Hugo Penteado me mandou essas “definições” e desde então ela estava maturando na minha caixa de mail pra publicar aqui. Partes em itálico adendo meu.
Marketing: o marketing vem antes da sustentabilidade e as verbas de sustentabilidade estão prioritariamente alocadas na área de marketing para construir uma imagem a partir de atividades periféricas da empresa, sem significar uma mudança na sua atividade central. Isso corre o risco sério de descrédito e embora a mídia esteja despreparada para separar o joio do trigo, volta e meia as empresas são acusadas de levianismo e falsidade ideológica. Os exemplos desse tipo de abordagem são abundantes.
E não são apenas empresas, temos pessoas que usam o marketing verde para aparecer e nem precisa ser famoso ou celebridade. As vezes elas apenas reproduzem por ai o que ouvem, mas não mudam seu comportamento em absolutamente nada ou simplesmente não acreditam que uma mudança é necessária.
Sustentabilidade: a sustentabilidade vem antes do marketing e é criada uma diretoria de sustentabilidade totalmente independente da área de marketing, que passa a promover ações internas para mudar a cultura da empresa envolvendo todos os stakeholders (funcionários, clientes e a sociedade). A mudança da cultura é fundamental para uma mudança na cadeia dos negócios, posto que o objetivo dessa diretoria e mudar sua atividade central, aplicando regras novas que levem em conta a minimização ou eliminação dos danos ambientais e sociais. O marketing pode fazer uso dessa mudança para disseminar as novas idéias, algo que está produzindo nos dias atuais maior aderência dos stakeholders, dada a importância crescente desse assunto. Existe, claro um foco comercial depois, mas ele só se justifica se a mudança foi produzida na atividade central das empresas antes.
Eu não sei citar muitos exemplos desse caso, aliás o exemplos são sempre os mesmos e ainda cheio de problemas (Banco Real, Interface, Natura, Patagonia, GE (?)), afinal o que temos de sustentabilidade hoje é apenas uma forma capenga e diferente de manter o mesmo modelo econômico. Não acho que seja uma mudança profunda no jeito de fazer negócios como alguns proclamam. É preciso uma mudança de comportamento e geral, não só das empresas.

Por isso que eu canso…

Entrei no site da Epson e enviei uma pergunta sobre o destino dos cartuchos de tinta usados. Eis que recebi essa resposta:

21/07/2008 – Solução:
Prezada Cliente,

A Epson não possui nenhum tipo de coleta destes cartuchos.
Informamos que nossos cartuchos não poluem nem prejudicam de alguma forma o meio ambiente, podendo ser descartados junto com o lixo normal ou queimados sem nenhum problema.

Atenciosamente,
Departamento de Suporte e Serviços – DSS – C 26
EPSON DO BRASIL

Tsc tsc… Vou mandar um mail para eles assim:

Prezada Epson, esperava um pouco mais de pró-atividade de vocês, tudo bem que vocês não recolhem os cartuchos mas poderiam pelo menos indicar alguém que o faça e os recicle.
Está mais do que na hora de começar a ampliar a cadeia de valor dos produtos de vocês. Simplesmente por que o cartucho não polui não quer dizer que não precisa ou não possa ser reciclado.
Deixo esse desafio para vocês, enquanto isso os cartuchos continuarão guardados na minha casa esperando um destino mais digno que o aterro sanitário da minha cidade.

É essa lentidão que me cansa…

EM TEMPO UPDATE: Eu tentei simplesmente responder o mail que eu recebi. Quem disse que eu consegui? O mail voltou… Tive que entrar novamente no site da EPSON e enviar o mail novamente. Claro que copiei o mail deles junto com esse que enviei. Cansa isso, sabe? Se eu ainda ganhasse alguma coisa pra isso…

Um sonho de ambientalista

Estive em férias em Jericoacoara em maio e desde então estou para escrever sobre essa viagem, mas não sabia o que exatamente, falar das belezas naturais do lugar seria discorrer pelo óbvio, então fiquei esperando a idéia amadurecer mais.

Além da beleza do lugar o que mais me impressionou foi a total falta de estrutura do dito Parque Nacional de Jericoacoara. Pra começar que pouco é falado disso para os visitantes, se você não se informa ou se preocupa, pouco ou quase nada é falado.

Pra começar, segundo a legislação um Parque Nacional é de posse e domínio público, sendo as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas (Art. 11 §1o da Lei 9.985/00). Ou seja, ninguém teoricamente deveria morar lá, muito menos ter hotéis, pousadas, restaurantes. Mas tem tudo isso, claro. Mas como o decreto de criação do Parque é de 1984 e a legislação de Unidades de Conservação é de 2000, acontecem essas coisas inexplicáveis.

Infelizmente essa é uma realidade brasileira. Mas a legislação permite outras classificações menos restritivas para áreas como essas. É preciso reclassificar esse local para que as coisas sejam um pouco mais próximas do real.

Mas o objetivo desse post é relatar a minha idéia de ONG (ou seja lá o nome que quiserem dar) para a conscientização ambiental, não apenas dos visitantes do Parque, como para os moradores que são os principais interessados para a preservação.

Para quem não sabe, chegar até a Vila de Jericoacoara requer um certo esforço. De Fortaleza até Jijoca são 3 horas de ônibus, em Jijoca onde seria a porta de entrada do Parque você pega uma jardineira, um veículo com tração nas 4 rodas, e anda por mais 1 hora até a Vila de Jericoacora.

Ai entram meus planos… Seria ideal em Jijoca ter uma sala de aula para todos que chegam lá para visitar Jericoacoara, explicar para os visitantes que eles estão num Parque e que várias regras devem ser obedecidas, tentar colocar para as pessoas a importância da preservação daquele local e os impactos que elas causam por estarem ali e também deixar bem claro que elas não estão num resort e sim num local de preservação ambiental.

Lá hoje não vi nada se aproximar disso, o máximo que vi foi um bilhete no banheiro do quarto do hotel lembrando que estávamos num parque e que eles prezavam pela economia de recursos e portanto só trocariam as toalhas caso os hóspedes as deixassem no chão.

Outra coisa que eu percebi foi o próprio “descaso” dos bugueiros, ou seriam mal informados? Na praia do Preá existe um caminho delimitado pelo IBAMA para ser utilizado pelos veículos, mas nenhum ou quase nenhum motorista respeita isso, eles acham bobagem, claro, acham mais legal levar o pessoal próximo ao mar do que tão distante da água.

Por causa disso a minha idéia de conscientização ambiental começa pelos moradores de lá, eles devem dar o exemplo e ensinar os visitantes que aquilo não é o quintal da casa deles e eles podem fazer o que quiserem que depois vem alguém limpando atrás.

A “salinha” de aula que eu imaginei não seria nada burocrático e protocolar com alguém chato e sempre sem graça dizendo: não façam isso, não façam aquilo, respeite o meio ambiente e ponto. Ou aqueles videozinhos institucionais mega chatos e comerciais. Não! Deveria ser algo bem interativo, com pessoas jovens, com métodos novos e revolucionários pra mostrar a importância de se preservar não só aquele lugar, mas a natureza como um todo.

E como faria isso? Voluntários… Mais uma vez, onde arranjar esse voluntários? Será que não teria por ai alguns estudantes de publicidade, comunicação social, licenciaturas em geral, engenharia ambiental, biologia, geografia, geologia, etc que em troca de esatadia em Jericoacoara não desenvolveria umas palestras diferentes e inovadoras para esse público com esse tema? Sim, a ONG forneceria morada para esses voluntários, por que esse negócio de pagar pra ser voluntário só deve funcionar pra europeu, aqui no Brasil a realidade é outra. A idéia é fornecer casa e comida pra esses voluntários e eles fornecerem sua mão de obra para desenvolver projetos de educação ambiental de todos os tipos, não só na sala de aula que seria a porta de entrada para o Parque mas também dentro do Parque, dos hotéis e na Vila como um todo.

É, eu sei que é utopia, mas se alguém conhecer algum interessado em investir na idéia, estou a disposição. E se você quiser “roubar” a idéia também pode, eu não ligo, se você conseguir fazer isso funcionar, me avise já vou ficar bem contente.

Blogagem coletiva – Um cientista em minha vida

Este post foi escrito como parte do Carnaval Científico cujo tema é: “Um cientista na minha Vida”.

Alfred Nobel, escolhi esse cientista não por que ele fez parte da minha vida, mas por que a vida dele é bastante interessante,o legado deixado por ele depois de sua morte é um verdadeiro exemplo.

Segundo a wikipedia ele era filho de Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que provinha de uma família abastada. Quando tinha quatro anos de idade, Alfred mudou-se para a Finlândia com a mãe e os irmãos e mais tarde para São Petersburgo, na Rússia, para onde o pai tinha ido trabalhar e tinha tido sucesso numa oficina de equipamento para o exército russo.

Foi em São Petersburgo que ele e os irmãos estudaram. Rapidamente se notou um elevado interesse pela Literatura e pela Química. O pai, ao perceber isto, enviou-o para o estrangeiro para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países tais como França, Alemanha e Estados Unidos da América. Foi em Paris que conheceu o jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a nitroglicerina. O invento fascinou Nobel devido ao seu potencial na engenharia civil.

No ano de 1852 foi trabalhar para a empresa do pai com os seus irmãos, e realizou experiências com o fim de arranjar um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer resultados. Em 1863, regressou à Suécia com o objetivo de desenvolver a nitroglicerina como explosivo. Muda-se para uma zona isolada depois da morte do irmão Emil numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que a tornaram de fato numa pasta moldável, a dinamite. A sua invenção veio facilitar os trabalhos de grandes construções tais como túneis e canais.
O que motivou este sueco fabricante de munições a dedicar sua fortuna a homenagear e recompensar aqueles que beneficiaram a humanidade?

A criação dos Prêmios Nobel ocorreu por um acaso. Quando faleceu o irmão de Nobel, um jornal publicou um longo obituário de Alfred Nobel, por engano, acreditando que fora ele a falecer. Assim, Nobel teve uma oportunidade concedida a poucas pessoas: ler seu próprio obituário ainda em vida. Aquilo que ele leu o horrorizou: o jornal o descreveu como um homem que tornara possível matar mais pessoas, mais rapidamente, que qualquer outro que jamais tinha vivido.

Em 1896 quando veio a falecer no seu testamento havia a indicação para a criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade.

Em 1900 foi criada a Fundação Nobel que atribuía cinco prêmios em áreas distintas: Química, Física, Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). Em 1969 criou-se um novo prêmio na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia), o Prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel. O vencedor recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. O valor do prêmio varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim, nasceu o Prêmio Nobel, concedido todos os anos pela Real Academia de Ciências da Suécia.

Fontes: Wikipedia
Alfred Nobel: o criador do Prêmio

Amazônia

Saiu segunda-feira os novos dados de desmatamento da Amazônia e claro, óbvio e evidente que o desmatamento está aumentando, alguém tinha alguma dúvida que o resultado seria esse? Ai, eu fui ver como eles calculam essas áreas, qual o método, que tipo de imagens eles usam, como fazem e etc.

Quando li essa notícia não entendi o problema das nuvens. Foi por causa desse detalhe que eu fui procurar mais sobre o assunto. Como assim nuvens atrapalhando a imagem? Que raios de imagem eles usam que tem nuvens? Bom, eles usam uma imagem de satélite do tipo multiespectral (MODIS) e não sei se adianta eu explicar isso aqui, mas são várias imagens captadas por ondas de diferentes comprimentos que eles combinam para obter a melhor imagem para o objeto deles, que seriam as áreas desmatadas.

O objetivo do projeto Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é monitorar áreas desflorestadas periodicamente, isto é, acompanhar a ação antrópica na floresta de modo qualitativo. Eu entendo que se é qualitativo por que eles indicam o número da área? Eles deveriam dizer apenas se está maior ou menor que o medido anteriormente, não? Já começa por ai que esse número que eles divulgam é, digamos, uma estimativa.

Conversando com uma pessoa mais entendida que eu do assunto ele me disse que o Deter é pra mostrar uma tendência e que o Projeto Prodes é o que vira número oficial e esse utiliza imagens de satélite com resoluções um pouco melhor (30m, o Deter é 250m) e esse é feito uma vez por ano enquanto o Deter mensalmente. Mas tanto no Deter como no Prodes o problema das nuvens continuam…

Ai, você pode me perguntar, mas existe tecnologia que não pega nuvens? SIM. Existe resolução melhor que 30m? Sim, existem imagens com resolução de 1m!!!!!

É mais caro? Sim, bem mais caro, mas não é pra proteger a Amazônia? A tão importante floresta que o mundo todo está de olho? Até entendo que a precisão que essas imagens mais caras podem trazer, podem não alterar tanto o número do desmatamento na floresta, mas não dá pra ficar colocando culpa nas nuvens por um número impreciso, uma vez que se tem tecnologia melhor pra isso. Nessa notícia diz que eles estão pesquisando novas tecnologias com sensores radar, mas nem mencionam quando isso vai funcionar de verdade.

Outra coisa, quando desmatam apenas as árvores mais baixas e deixam as mais altas isso não é levado em conta. Isso também poderia ser medido se fossem usadas imagens com uma resolução um pouco melhor e nem precisa ser as imagens de 1m de resolução, conversando com gente que trabalha com o assunto, eles acham que uma imagem com resolução de 15m seria o suficiente.

O que me irrita nessa história é o complexo de pobreza do Brasil, existe tecnologia precisa para calcularmos o desmatamento da Amazônia, mas não usamos provavelmente porque é mais caro. Ou será por que a política não deixa os dados serem precisos? É conveniente dizer que as nuvens “atrapalharam” a coleta dos dados e por isso eles não são tão precisos, não?

Aliás, nesse post do Nosso Futuro Comum, mostra dados sobre o desmatamento da Amazônia muito interessantes, como por exemplo já desmatamos aproximadamente o equivalente ao território da Espanha (504.782 km2) e do Reino Unido (244.820 km2) juntos!

Mas na realidade a medida do desmatamento da Amazônia é só um dos impasses a serem resolvidos nesse tema. Eu já falei que não gosto muito de dar opinião sobre a Amazônia por que não entendo muito e nem nunca estive lá, mas lendo o Eco Balaio descobri um documento super interessante de proposta de desenvolvimento da Amazônia. Desenvolvimento baseado em pesquisa científica e melhor exploração da própria floresta, não fazer como fizeram na Zona Franca de Manaus que foi um ato totalmente desvinculado com o povo de lá, a cultura e suas riquezas.

Aliás, tá aí uma promessa de Dia Mundial do Meio Ambiente que eu vou fazer: estudar mais sobre a Amazônia e tentar visitá-la num futuro próximo.

Salve as Baleias!

Colabore para a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul.

Entre aqui e participe!

Temos uma blogagem coletiva sobre o assunto hoje, leia mais aqui, aqui e aqui.