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Notas

Nossa, eu passo uma semana fora e parece que várias coisas resolvem acontecer…

Meu amigo Hugo finalmente colocou no ar o blog dele Nosso Futuro Comum. Fiquei super contente pois já tinha um tempo que ele estava com essa intenção.

A Marina da Silva pediu demissão… Essa notícia me deixou arrasada. Recebi uma enxurrada de e-mails e notícias sobre o assunto, não consegui ler tudo ainda, nem sei se conseguirei, mas é fato que perdemos um ícone respeitadíssimo mundialmente.

Espero que o meio ambiente não saia da pauta ambiental do governo, que essa fome de crescimento dos governantes não nos transforme numa nova China (se é que já não nos transformou) e que possamos acreditar que algo para o bem das futuras gerações está sendo feito e não para o bem das próximas eleições.

Reproduzo abaixo como foi a repercussão no mundo da saída da Marina do governo, do site O Eco.

Ecos de Marina
14.05.2008 | Lula tanto quis, que seu Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sua política desenvolvimentista ganharam manchetes internacionais. Mas não exatamente pela pompa que levam, e sim por terem empurrado a ministra do Meio Ambiente para as margens do governo. Nesta terça-feira, quando a carta de demissão de Marina Silva chegou aos ouvidos da imprensa, os diários estrangeiros logo acionaram seus repórteres. Afinal, saía de cena a mulher que já teve o nome entre os políticos considerados mais verdes do mundo e num ranking que listava as 50 pessoas que poderiam salvar o planeta.

A notícia rodou o mundo como mais um golpe na combalida Amazônia. Aqui ao lado, os vizinhos Chile e Argentina destacaram em seus principais jornais os desentendimentos políticos que levaram Marina a cair. O argentino Página 12 diz que o Brasil acaba de perder uma ministra de biografia que “poucos políticos são capazes de se igualar”, e relaciona a renúncia à fome por terra dos grandes produtores de soja: “É um duro revés para os defensores da Amazônia”. O conterrâneo Clarín frisa que as divergências dentro do governo já “se arrastavam desde o ano passado”, e o chileno El Mercurio põe a ex-ministra como uma das vozes mais fortes na proteção da floresta tropical.

O New York Times também citou o caso dando ênfase no currículo ambiental de Marina. A reportagem a coloca como “renomada defensora da floresta tropical” e uma “estrela ambiental universalmente conhecida”. O diário, assim como o International Herald Tribune, comenta o fato de ela não ter acusado o presidente Lula como culpado direto pela demissão. No Reino Unido, o influente The Guardian deu a notícia como manchete na seção de meio ambiente. O texto começa em tom de lamentação, prevendo tempos difíceis para o maior bioma brasileiro: “O medo sobre o futuro da maior floresta tropical do mundo aumentou ontem”.

Na Europa, o pedido de demissão também chamou atenção. O fato de Marina Silva ter entrado no governo como uma das pessoas de maior confiança de Lula e ter saído por desavenças foi ressaltado pelo diário espanhol El País: “A relação de ambos foi se desgastando devido ao claro apoio do presidente a outros ministérios voltados a fomentar o desenvolvimento na Amazônia”. Já o francês Le Monde afirma que a ex-ministra deixou a pasta após cinco anos tentando proteger o Brasil de “interesses econômicos predatórios”.

Não era bem essa imagem que Lula queria lá fora. Com tantos confetes sobre a figura de Marina Silva, o presidente pode ficar em maus lençóis, como lembra nosso colunista Sergio Abranches.

http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=72

Acabei de ver esses links sobre a saída da Marina da Silva do governo que gostaria de compartilhar: Perdendo o Pescoço e A Grande lição de Marina da Silva.

Vai comprar uma coca-cola semana que vem?

Já falei da Coca-cola aqui. E o colega do Propaganda Sustentável falou ontem da nova campanha “Viva o lado Coca-cola da vida” e da promoção (não sei se é assim que se chama) “Cada gota vale a pena”, que durante a semana de 18 a 24 de maio, que a cada embalagem de Coca-cola vendida 2,3 centavos serão revertidos para o Instituto Coca-cola Brasil.

Bom, não vou discutir o fato de que se é certo estimular consumo e chamar isso de responsabilidade social (pra mim chega quase a chantagem, compre uma coca que a gente ajuda alguém, e se eu não comprar a empresa não vai ajudar ninguém?).

A idéia que me interessou no Propaganda Sustentável levantada pelo Jacques está no fim do texto dele quando ele levanta a seguinte questão: “Dado o tamanho da campanha, incluindo TV, rádio, jornais, revistas, internet, ponto-de-venda, o investimento na divulgação é muito superior ao que será arrecadado pela ação. Não serei hipócrita ou simplista de dizer para que a empresa simplesmente destine o dinheiro da veiculação e produção ao Instituto Coca-Cola. Mas, ora, considerando a boa causa, porque os veículos não abrem de 0,55 ou 1% e somam esse valor ao total auferido pela campanha e o destinam à boa causa?
E também, porque a agência que faturou uns bons caraminguás (e coloquem uns 7 dígitos de caraminguás aí) também não destina uma parte para a boa causa?
Ou seja, por que diante da bela iniciativa da Coca-Cola, não se faz um mutirão onde todas as empresas mostrem-se engajadas no objetivo e colham os benefícios de imagem de marca também?”

Gente, isso sim pra mim seria responsabilidade social e não só: “estou ajudando se você consumidor me ajudar e comprar mais.”

Tá, eu sei, eu sei, isso é um começo. E imagina o trabalho e o empenho que uma ação dessas não demandaria? Mas se é pra ser superficial eu tô aqui perdendo tempo (pra variar) acreditando que sustentabilidade é um negócio sério e não só blablabla de marketing.

Volto aqui à minha crítica feita no blog Empresa Verde, da Época Negócios.

“É ridículo ouvir que a sustentabilidade tá tomando grandes dimensões e todos estão mudando. Balela, o que tá mudando é o papo do pessoal de marketing, não o jeito de fazer negócios… As mudanças reais ainda são mínimas.”

Energia, biocombustíveis, alimentos

Recebi por mail esse texto e achei muito bom. Grifei as partes que mais me interessaram. Só fica a pergunta: se até economistas super famosos como Paul Krugman está dizendo que os recursos estão acabando, não temos mais planeta para explorar, por que continuamos com essa obssessão de crescimento infinito e eterno? Seremos parasitas ao ponto de consumirmos até a última possibilidade pra então ir atrás de novo planeta para destruirmos? Mas até onde se sabe não há outro planeta…

ALIMENTOS E AGRO-COMBUSTÍVEIS: UM IMPASSE

Clóvis Cavalcanti
Economista ecológico e pesquisador social

Em março de 2007, Fidel Castro escreveu denso artigo no jornal Granma, de Havana. Nele, analisa o impasse entre mais produção de comida e mais combustíveis de origem agrícola. Segundo Fidel – que se baseou em trabalho de Atilio Borón, cientista político argentino de quem sou amigo –, por mais “que os discursos oficiais assegurem que não se trata de optar entre alimentos e combustíveis, a realidade demonstra que … ou o solo se destina à produção de alimentos ou à fabricação de bio-combustíveis”. Na sua edição de 4.4.2007, a respeitável revista britânica, considerada de direita, The Economist, publicou editorial em que diz que “Fidel está coberto de razão”. Segundo esse semanário, são bastante conhecidas suas divergências do líder cubano; mas, naquele momento, tinha-se que reconhecer os méritos da reflexão de Fidel. No último dia 21 de abril, Paul Krugman, brilhante economista e professor da Universidade de Princeton (EUA), em sua coluna no ilustre jornal New York Times, afirma que está propenso a aceitar a tese (que antes lhe parecia exagerada) de que “a era dos recursos baratos acabou para sempre”. Em sua opinião, “as ofertas limitadas de recursos naturais erguem um obstáculo ao crescimento econômico do mundo no futuro”. No caso dos países ricos, isso significa que fica mais difícil elevar os níveis de vida da população; no dos países pobres, especialmente no de alguns deles, que se está começando “a viver perigosamente próximo do abismo”. O artigo de Krugman tem o sugestivo e esclarecedor título de “Ficando sem Planeta para Explorar”. Sua tese é a de que, num mundo finito, explorar mais e mais o que a natureza nos dá significa ir acabando com a riqueza natural. Para Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), outro brilhante economista, um enunciado desse naipe não passa de “tautologia sem graça”, algo semelhante tendo sido dito pela admirada economista inglesa Joan Robinson (1903-1983).
Não deve ser por mero acaso que a opinião de gente tão notável coincida. Krugman lembra bem, a propósito, que o preço do barril de petróleo em abril de 1999 era de 10 dólares. Na ocasião, The Economist escreveu que esse preço deveria baixar, talvez para 5 dólares, acrescentando que o mundo estava diante de “perspectivas de petróleo abundante e barato pelo futuro previsível”. Engano rotundo. Logo em seguida, o petróleo começou a encarecer sem retorno, já tendo ultrapassado a marca dos 115 dólares o barril. A realidade que se tem hoje é de que a alta do barril não retrocederá. Ele irá ficando sempre mais caro, até porque a demanda não diminui – nem mesmo se estabiliza – e não existem mais grandes jazidas a ser descobertas. Em outras palavras, ocorre aquilo que se chama, em inglês, “the end of peak oil” (o fim do pico do petróleo). É aqui que cabe pensar no futuro da Refinaria de Suape. Quando ela estiver terminada, em dez anos, quanto custará um barril de petróleo? Talvez mil dólares. Talvez mais. Ou menos. Ninguém sabe. Se a The Economist cometeu o erro enorme de 1999, como podemos garantir que em 2018 o petróleo justificará o empreendimento de Suape? Pode acontecer que ele se torne totalmente inviável. Afinal, é preciso consumir menos – e não mais – petróleo, por causa do efeito estufa. Pernambuco e o Brasil poderão ter prejuízos monumentais.
Pior, porém, pode ser no curto prazo. Estamos ficando “sem planeta para explorar”, como assinala Krugman. Ou seja, se cresce a produção de agro-combustíveis (também chamados, talvez impropriamente, de “biocombustíveis”), como existe só uma Terra a ser explorada, faltarão solos para a produção de comida. Menos comida, relativamente a uma população sempre em crescimento (e com renda que aumenta), levará àquilo que Fidel, aplaudido pela The Economist, comentou em março de 2007: “o encarecimento dos alimentos e, portanto, o agravamento da situação social dos países do Sul”. A mesma coisa, aliás, que afirma Krugman agora. Mais interessante é saber por que se quer mais agro-combustíveis e por que isso está significando o aparecimento de um espectro que ameaça a paz de todo o mundo. Nas palavras de Fidel, saudadas por The Economist, “Os alimentos são convertidos em energéticos para viabilizar a irracionalidade de uma civilização” voltada para “sustentar a riqueza e os privilégios de uns poucos”, mediante “brutal ataque ao meio ambiente”. Na verdade, os economistas entendem muito bem disso: trata-se dos seus famosos “custos de oportunidade”. Explicando: quanto mais agro-combustíveis se produzam, tanto menos alimento haverá.

Momento de profundo pessimismo

Hoje é meu aniversário e estou fazendo 27 anos e gostaria muito de estar muito contente por isso, mas diante do que eu vi e ouvi ontem isso só me faz sentir menos esperança de continuar lutando pelo acho realmente certo.

As fotos do post anterior me deixaram muito, mas muito chateada, eu tinha te uma vaga noção de que isso fosse realmente assim, mas ver a foto tornam as coisas muito mais reais e foi muito aborrecedor ver aquela imagem. Depois ainda conversando com uma amiga que trabalha na fiscalização ambiental das obras do Rodoanel ouvi que o presidente da Dersa emitiu um comunicado para todos os consórcios da fiscalização ambiental dizendo que está vetada a emissão de laudos de não-conformidade!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quando os homens vão tomar alguma atitude real em relação a destruição que estamos levando nosso único Planeta? Até quando vamos levar o dinheiro como tudo e qualquer coisa que se precisa no mundo?

É difícil ter consciência do que acontece e poder fazer muito pouco para mudar, talvez fosse mais fácil ser uma patricinha preocupada em comprar minhas roupas Diesel que afirmam estar “preparadas” para o aquecimento global. Ou então moradora de um confim qualquer do Planeta que tem que caminhar alguns quilômetros para buscar água, outros tantos para ter acesso a comida e não se preocupar se o mundo do dinheiro esta fazendo ou não alguma coisa para melhorar aquele lugar, sobreviver é a maior preocupação.

A mesma amiga que contou essa fato surreal do Rodoanel questiona como a natureza permite a evolução de um ser a que destrói, talvez seja assim que tem que ser, a natureza cansou de lutar contra e sabe que quanto mais for destruída mais perto o homem estará da própria extinção e assim as coisas serão mais fáceis para ela. Devemos então parar de remar contra a maré e deixar o homem se extinguir? Talvez seja menos desgastante mesmo…

Sobre crescimento

Até que enfim alguém falou alguma coisa que eu concordo sobre a China…

Edição 14 – Abril de 2008

José Eli da Veiga fala sobre a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento

Para o pesquisador e economista José Eli da Veiga, da Universidade de São Paulo (USP), o crescimento econômico não pode ser visto como um fim. Trata-se de uma das partes do processo de desenvolvimento, processo esse que inclui outros componentes essenciais normalmente relegados a segundo plano, como educação, produção científica e sustentabilidade ambiental.

EN – Quais deveriam ser as prioridades do Brasil neste momento se buscasse o desenvolvimento sustentável e não apenas o crescimento?
Veiga – Para buscar desenvolvimento sustentável qualquer país precisa priorizar a expansão das liberdades humanas que seja compatível com a melhor conservação possível dos ecossistemas que a alicerçam. Desenvolvimento e sustentabilidade são dois fenômenos multidimensionais, que não podem ser resumidos em poucas prioridades. Mesmo assim, é certeza que neste início de século 21 nada pode ser mais importante para o Brasil do que garantir ao seu povo tudo o que de melhor houver em termos de educação científica. E simultaneamente consolidar um criativo sistema de Ciência Tecnologia & Inovação, sem o qual nenhuma das demais exigências do desenvolvimento sustentável poderá ser cumprida.

EN – Muitos defendem que o Brasil cresceria mais se não fosse a lei ambiental e a postura exagerada das ONGs em relação a novas grandes obras. Respeito ao meio-ambiente é um entrave ao desenvolvimento?
Veiga – Nessa pergunta está bem clara a confusão entre crescimento e desenvolvimento. Não há dúvida de que o respeito ao meio-ambiente é entrave ao crescimento selvagem – como o Chinês – que muitos desejam. Mas ocorre o contrário com um crescimento civilizado que ajuda a atingir esse fim que é o desenvolvimento sustentável.

EN – Por causa de seu espetacular crescimento, a China tornou-se um ícone no mundo dos negócios. O país afinal não é um bom exemplo para os países emergentes como o Brasil?
Veiga – O estilo de crescimento que prevaleceu na China nas últimas décadas é um dos piores exemplos que pode ser dado a outros países, sejam emergentes ou não. É muito melhor crescer menos, mas ir em direção ao desenvolvimento sustentável, do que crescer muito e depois enfrentar uma catástrofe bélica por razões de energia ou de água, como certamente ocorrerá com a China ainda neste século.

Fonte: Revista Época Negócios

Essa é a minha confissão


Atualizado 02/04/2008
Depois do meu comentário nesse post eu realmente fiquei me achando uma fraude… Sei lá, parece que eu não faço nada para colaborar com o meio ambiente, só fico escrevendo aqui no blog e criticando. Ai me baseando na lista desse blog resolvi fazer uma lista dos meus defeitos ambientais, esse pecados ambientais em alguns casos até saberia como resolver, mas eu não moro sozinha e durante a semana se eu passo 4 horas do dia acordada na minha casa é muito. Outros defeitos eu sei que é por pura preguiça mesmo, confesso!

Segue a lista:
1)não sou vegetariana;
2)meu apartamento não tem água individualizada;
3)uso sacos plásticos (não biodegradáveis) para colocar meu lixo;
4)uso absorvente descartáveis;
5)às vezes deixo a TV do meu quarto em stand by;
6)como em restaurantes todos os dias e por isso…
7)não faço idéia de onde vem a carne/ vegetais/ frutas que como;
8)compro revistas em papel que algumas vezes poderia ler on-line;
9)compro produtos chineses, alguns legais, outros não;
10)só ás vezes fecho o chuveiro para me ensaboar enquanto tomo banho, no inverno sem chances, não faço isso mesmo;
11)Apesar de usarmos sabão em pedra feito de óleo de cozinha para lavar a louça todos os outros produtos de limpeza da casa não são nada ecológicos.

No momento o que me ocorre é isso, devo ter mais alguns pecados por conta da comodidade que algumas coisas nos proporcionam, mas vou tentar mudar, caso me lembre de mais alguma coisa vou colocar aqui, ou caso consiga melhorar algum aspecto também retiro da lista.

E você? Qual seu maior pecado ambiental?

Aqui outro posto sobre o assunto.

Foto: http://www.flickr.com/photos/bombarosa/1830828553/

A Amazônia

Quem acompanha o blog reparou que eu quase não falo sobre a devastação da Amazônia, apesar desse assunto estar quase que diariamente na mídia. Eu não falo muito sobre o assunto por vários motivos: 1)Nunca estive na Amazônia, não tenho a menor noção de como são as coisas por lá; 2)Por se tratar de uma área gigantesca e pouco habitada não acredito em nenhum número divulgado pelo governo, eu trabalho num órgão do governo e sei bem como se faz pra chegar em alguns números convenientes; 3)Com o nosso atual modelo ecônomico enquanto não derrubarmos até última árvore da Amazônia, assim como fizemos com a Mata Atlântica, acho difícil alguma coisa mudar.

Hoje recebi por e-mail com a reportagem a seguir do site da CNN.
(em inglês, com tradução livre em português nos parêntesis)

Snakes — including one 10-foot anaconda — are increasingly invading the eastern Amazon’s largest city, driven from the rain forest by destruction of their natural habitat, the government’s environmental protection agency said Tuesday. (Cobras – incluindo uma anaconda de 3 metros – estão crescentemente invadindo o lado leste da maior cidade da Amazônia, por causa da destruição do seu habitat natural. De acordo com declarações desta terça-feira do IBAMA).

The agency, known as Ibama, has been called out to capture 21 snakes this year in Belem, Brazil, a sprawling metropolis of 1.5 million people at the mouth of the Amazon River, Ibama press officer Luciana Almeida said by telephone. (A agência ambiental IBAMA foi chamada para capturar 21 cobras esse ano (em dois meses) em Belém, uma cidade que se alastra com 1,5 milhão de pessoas na cabeceira do Rio Amazonas, disse a representante Luciana Almeida pelo telefone).

In normal years, Ibama gets no more than one or two calls a month, she said. (Em anos normais, o IBAMA recebe apenas um ou dois telefonemas por mês, ela disse).

No poisonous snakes were reported, she said. But the captured snakes included a 10-foot anaconda, usually a jungle recluse. (Nenhuma cobra venenosa foi identificada, ela disse. Mas eles capturaram cobras, incluindo uma anaconda de 3 metros, que fica sempre reclusa na floresta).

“People are scared,” she said. “Imagine finding a 3-meter [10 foot] snake in your plumbing.” (As pessoas estão assustadas, ela disse. Imagina achar uma cobra de dez metros na sua caixa d´água).

Almeida said Ibama believes the increase in snakes is a result of rising deforestation by loggers, ranchers and developers in the Amazon jungle surrounding the Belem urban area. (Almeida disse que o IBAMA acredita que o aumento de cobras é resultado do aumento do desmatamento pelas madeireiras, fazendeiros da floresta Amazônica nos arredores da área urbana de Belém).

“Deforestation destroys their habitat, so they come to the city,” she said. (Desmatamento destrói seu habitat, por isso elas vêm para as cidades.)

Ibama has a veterinary team that captures the snakes and takes them to a zoo or to an outlying park to release them, Almeida said. (O Ibama tem um time de veterinários que captura as cobras e as levam para zoológicos ou parques).

O Hugo Penteado que me enviou essa notícia ainda colocou a seguinte nota no início: se o IBAMA não consegue fazer nada para evitar desmatamento nos arredores de uma cidade grande como Belém, imagina nos confins da floresta… Segundo o Washington Novaes, o principal hotel de Manaus tem mais funcionários que o IBAMA tem para a Amazônia inteira, uma região que é quase 9 vezes maior que a França…

Precisa comentar mais alguma coisa?

Apagar as luzes

Tá rodando pela internet um mail falando para as pessoas apagarem as luzes amanhã (29/02/2008) entre 19h55 e 20h.

Não sei de onde surgiu isso e tô vendo a mobilização bem fraquinha, não acho que vá ser uma coisa muito significativa.

O que eu sei é que a WWF está organizando no dia 08/03/2008, às 20h, horário local, para que o mundo todo apague suas luzes por uma hora, a mobilização chama-se 60 earth hour. No site 54.337 pessoas já se comprometeram a fazer isso e 3.200 empresas também.

Não achei um selo no site para colocar aqui, nem consegui linkar o video…
O mais legal dessas campanhas é tentar fazer com que as pessoas pensem sobre o assunto, apagar a luz por apagar e não mudar nada depois, não tem significado nenhum, então fica a mensagem para todo mundo apagar suas luzes e pensar no que mais pode fazer para melhorar o ambiente em que vivemos.

Mais indagações…

O comentário do Sr. Mauricio no post Empresa Sustentável? me fez pensar muito…

Ok, a idéia de ecodesenvolvimento, desenvolvimento sustentável está errada, é falsa. Na verdade isso é só um nome para o blog, quando resolvi fazê-lo não estava disponível o nome sustentabilidade aqui no blogger, portanto acabei escolhendo esse. Não significa que acredito nele incondicionalmente…

Mas a gente tem que seguir um caminho, tem que procurar uma saída para tentar resolver o imenso problema que está batendo a porta e portanto inventaram essa idéia de desenvolvimento sustentável, como inventaram a empresa sustentável e afins.

Agora o que me deixou angustiada foi ver um senhor dizendo que isso está errado e é falso. E partindo que isso é mesmo falso e errado, daqui algumas décadas as futuras gerações vão cobrar a minha geração que fizemos tudo errado ou que não fizemos o suficiente para tentar resolver esse problema. Veja só que maravilha… A minha geração sofre uma cobrança da geração anterior por uma tentativa errada de solucionar o problema (diga-se de passagem um problema causado pelas ações deles) e se essa tentativa der mesmo errado, seremos cobrados pela geração futura por não ter resolvido o problema da melhor forma!! Não é entusiasmante?

Percebi que o desafio não é apenas diminuir as emissões de carbono no mundo, diminuir o consumo das pessoas, controlar o crescimento das populações, proteger ecossistemas, temos que fazer tudo isso e fazer certo pois seremos cobrados pelas futuras gerações.

E ainda como vamos “mudar mundo” uma vez que esse discurso não é levado a sério? Porque se o desenvolvimento sustentável é falso, vamos ter que inventar um outro caminho, novo e bem diferente do que já trilhamos até aqui e vai passar por assuntos bem polêmicos e diferentes. Quem consegue imaginar um jovem hoje em início de carreira com o discurso de controle de crescimento da população, diminuição de consumo, limites de crescimento econômico e etc, conseguindo ocupar o cargo de diretor, CEO de um banco, de uma empresa de bens de consumo? Eu acreditava que por conta da mudança que quero ver esse tipo de coisa seria normal, todos teríamos esse discurso e não seria distoante do resto das pessoas, mas não é bem isso que eu vejo. As faculdades não estão formando pessoas que pensam assim, o tema ainda é tratado como moda ou mais um jeito de ganhar dinheiro e não está incorporado no jeito de ser das pessoas.

Acredito que esse papo de ecodesenvolvimento é o início, é só um maneira de começar a pensar diferente do que já se viu até agora, foi o jeito de tentar convencer pessoas da geração passada de que um outro modo de fazer as coisas é possível. Devagar (infelizmente) vamos conseguir convencer as pessoas (da geração passada e dessa geração) de mudar e pensar num compromisso com o mundo e com o futuro próximas gerações.

Hoje o blog completa um ano de existência!

Com mais de 35.700 visitas, 96 posts e 109 comentários… O número de comentários me surpreendeu, em média foi mais de 1 comentário por post! Talvez a minha única queixa nesse 1 ano seja a ausência de comentários. Vejo que o blog teve épocas de bastante visitas, mas pouquíssimos comentários, por que será que as pessoas não comentam? Preguiça? Apesar desse “silêncio” alheio acho que o blog tem repercutido bem, nesse um ano fui convidada para escrever no blog do Greenpeace (função minha que anda bastante abandonada) e no Faça a sua Parte (infelizmente tive que recusar esse convite por falta de tempo), dei uma palestra num Workshop do Senac, dei entrevista para o Blog do Planeta.

Sei que o Ecodesenvolvimento/ Sustentabilidade tem links em vários sites e blogs, mas na grande maioria das vezes as pessoas não me avisam disso, portanto deve ter link do blog por ai e eu ainda não to sabendo… Quem quiser linká-lo fique a vontade, só me avisa pra eu saber…

E pra comemorar esse 1 ano fui convidada pelo site Planeta Sustentável para participar do Campus Party. Campus Party é considerado o maior evento de entretenimento eletrônico em rede do mundo. Pra falar a verdade eu sei muito pouco sobre o evento, nem saberia discorrer muito aqui, mas espero que seja uma experiência bastante interessante uma vez que o Planeta Sustentável está tentando reunir vários blogueiros que dissertam sobre o assunto pela rede.

O evento será de 11 a 17/02 no Ibirapuera, em São Paulo, não vou poder participar todos os dias, mas acho que vamos conseguir trocar bastante idéias e descobrir várias pessoas preocupadas com o assunto.

Acho que essa festa vai ser uma bela comemoração de aniversário para o blog!