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Kenyan Conservation TV Show

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A few years ago I saw a Brazilian anthropologist observed that at the beginning of the internet, one of the most exciting things was the possibility to have information about places we never thought, places we don´t have any kind of information. For him, for example, the possibility to read a newspaper from Nepal, pictures from Malawi or hear songs from Brunei was nice information that the Internet could bring to people. But, in his opinion, in the end, what we are doing with the Internet is to close ourselves in bubbles of similar people like us, people who think like us and not seeing and discovering the diverse and simple curiosities about the world we live. And I think he is quite right, how often do you see or look for news from different places outside of your city, your neighbor or your side of the globe? If it doesn´t become viral you only have access to the same sources of information from the same part of the world.

If you like conservation and people behind it, to help you to see something different from NatGeo documentaries or Netflix series I present to you Wildlife Warriors. This TV series from Kenya has Paula Kahumbu as host to show you people in this country who are fighting to preserve the wildlife. Paula Kahumbu is a Kenyan wildlife conservationist with a PhD at Princeton and since 2014 has spearheaded the hard-hitting Hands Off Our Elephants Campaign.

In this first season (I hope they will have more) you will see stories not only about the big five (elephants, rhinos, lions, buffalos, and leopards), but you will also see stories about turtles, wild dogs, snakes, grevy´s zebras and guinea fowls. Of course they have an episode on elephants and other on rhinos, but you will get to know more about the people in the field who are fighting and living to protect those animals and their habitat.

In this episode about Grevy´s zebras you can see how is a life of a research in the field and how technology is helping this unique species.

If you want to know more about the production, Paula Kahumbu wrote about here and here.

I´m Claudia, a Brazilian environment geologist writing about environment and sustainability since 2007 in my blog, after 12 years I decided to write something in English.

Atualizações

Olhando os último 5 anos desse blog eu nunca fiquei tanto tempo sem escrever aqui, foram quase 8 meses sem uma linha sequer e isso me enche de pesar, por mais que ninguém leia tenho a sensação que problemas ambientais não me indignam mais o suficiente (ou não tenho visto mais soluções legais) para vir aqui e compartilhar esses pensamentos.

Mas fato é que nesses 7 meses eu andei fazendo algumas coisas interessantes e a falta de notícias aqui só foi reflexo de preguiça mesmo pois meus olhos para o meio ambiente continuaram abertos e atentos.

Estive por 4 meses no Quênia fazendo parte de uma pós em Gerenciamento em Inovação Social pelo Instituto Amani como parte do programa fiz meu estágio na Internet of Elephants e não quando escrevi sobre eles eu não sabia que iria trabalhar lá. Foi uma experiência incrível, para mim se abriu um mundo novo. Não sei se por ter vivido a vida toda em São Paulo nunca tive a noção de como conservação é um mercado, pelo menos na África pude sentir isso, ok que lá muito relacionado ao turismo, mas existe muita movimentação em torno do assunto como um mercado e não apenas como uma causa, rolou até um congresso sobre o assunto em Ruanda. Além de desenvolver jogos a Internet of Elephants também deseja ajudar a ampliar mais esse mercado.

Bonds of Nature

Também por conta do curso eu tive que desenvolver um projeto de inovação social. E obviamente que ele girou em torno de meio ambiente e conservação. Eu e mais um colega queniano projetamos um reality show de famílias na natureza, a ideia principal é mostrar a natureza como uma opção para você ter um tempo com quem você ama e de como ela pode ajudar no fortalecimento das relações. O nome do projeto era Bonds of Nature, algo como Laços de Natureza. Fizemos um protótipo do programa, está em inglês, você pode ver abaixo.

Alguma opinião, dúvida, inquietação sobre o protótipo? Deixe seu comentário! Vou adorar saber.

Jogo para salvar animais em extinção?

Sabe aquela ideia que você fala por que eu não pensei nisso antes? Quando descobri esse aplicativo foi o que eu pensei. Mas ao mesmo tempo também pensei: ainda bem que tem gente mais criativa que eu no mundo! hehehe

A Internet of Elephants resolveu juntar jogo, realidade aumentada, educação ambiental e conservação de animais e criou um jogo para celular chamado Safari Central, ainda em sua fase inicial, mas que tem uma ideia muito boa que é trazer animais selvagens para o dia-a-dia das pessoas e estimulá-las a fazer micro doações dentro do jogo para projetos que protejam a onça pintada no Brasil, elefantes ou rinocerontes no Quênia, lêmures no Madagascar, pangolins no deserto do Kalahari e uma ursa-cinzenta nos EUA.

Essa versão inicial apenas te dá a opção de 5 fotos com o animal a sua escolha. Se você quiser mais fotos é só fazer uma doação para a organização responsável pela preservação desses animais que você poderá fazer mais fotos. No Brasil você ajuda a WWF e o Instituto Pró-Carnívoros com a Onça Atiaia.

Ano passado com o lançamento dessa prévia eles fizeram um concurso de fotografias cujo prêmio era um safari para África do Sul pelo deserto do Kalahari.

Mas a ideia mesmo é entregar um jogo até o fim de 2018, o que eles já chamam de Pokémon Go Ecológico e usa dados dos animais reais para reproduzir o comportamento e características deles.

A indústria dos games no mundo gerou em 2017 US$108,9 bilhões, no Brasil foram US$1,3 bilhões, imagina uma pequena parte desse dinheiro indo para projetos de conservação de animais com perigo de desaparecer na Terra?

Além disso a ideia do jogo é também criar mais envolvimento das pessoas com relação à vida selvagem, pelo menos é o que o fundador da Internet of Elephants pretende. Esse ano a empresa foi listada pela Fast Company como uma das empresas mais inovadoras.

Acho lindo quando encontro coisas que gosto juntas, nesse caso conservação ambiental e tecnologia.

Eu já fiz minha fotinho com a Lola, a rinoceronte órfã do Quênia. 😉

Lola e a Claudia fazendo selfie.

África

Já falei sobre a África algumas vezes, já foi feita até uma blogagem coletiva sobre o continente e volto hoje mais uma vez para falar dele aqui.

A jornalista Eliza Capai fez uma viagem para a África que eu sempre quis fazer, ou algo bem parecido, e além de conhecer as mais variadas facetas do continente ela ainda filmou tudo e entrevistou várias mulheres. Agora ela quer fazer um filme, um documentário chamado Africanas e para torná-lo realidade ela precisa fazer um primeiro corte e para isso ela escolheu fazê-lo com a ajuda de várias pessoas, por meio de um financiamento coletivo, o crowdfunding.

O financiamento coletivo nada mais é do que um grupo de pessoas que se identificam com um determinado projeto e financiam-o. O legal é que essas pessoas não precisam se conhecer, não precisam investir uma grana absurda e não necessariamente conhecem a pessoa que vai desenvolver o projeto. Existem vários sites de crowdfunding por ai, são verdadeiras vitrines de projetos legais esperando o incentivo financeiro de pessoas comuns para poderem ser levados a frente.

Lendo o Brainstorm 9 fiquei sabendo desse projeto e depois de ver o video que está abaixo me identifiquei na hora com o tema e simpatizei muito com a Eliza, fiquei super curiosa de ver e ouvir os relatos das africanas e sem pensar muito resolvi colaborar, fazendo a minha doação e divulgando aqui e para vários amigos com seus pés na África…

Africanas from movere.me on Vimeo.

 

Sabe aqueles R$15,00 que você paga para ver aquele filme hollywoodiano ruim? Ou naquele creme de marca mais caro? Ou então ainda naquele taxi desnecessário que você pegou só porque você tava com uma puta preguiça de andar? Que tal fazer um pouco diferente e ajudar a fazer um projeto acontecer?

Eu nem sei ainda se o projeto Africanas vai rolar, pois a Eliza só vai receber o dinheiro se o valor que ela pede for atingindo, mas fico muito contente de saber que pude ajudar de alguma forma um projeto tão bacana.