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Nos Estados Unidos, ainda persiste a pena de morte — pelo menos em alguns Estados. Os métodos mudaram ao longo do tempo — forca, fuzilamento, cadeira elétrica, injeção letal — sempre no sentido de “minimizar” o sofrimento do condenado. Ou não.
Mas os condenados, mesmo os piores deles, são seres humanos. E na hora final alguns apresentam um senso de humor incrível, revelado em suas últimas palavras:
- George Appel (?-1928), condenado à cadeira elétrica por matar um policial em Nova York: “Bem, pessoal, logo vocês vão ver um Appel cozido”. Appel aproveitou-se da semelhança fonética entre seu sobrenome e Apple [maçã] para fazer um trocadilho.
- James W. Rodgers (?-1960) bancou o espertinho quando lhe perguntaram qual seu último desejo antes de ser fuzilado: “Por que? Sim… um colete à prova de balas.”. Infelizmente, o último desejo de Rodgers não foi atendido.
- Frederick Wood (?-1963) deu uma de Appel: “Senhores, vocês estão prestes a ver os efeitos de eletricidade sobre Wood [madeira]”
- James French (1936?-1966) dirigiu-se aos jornalistas em seus últimos momentos: “Eu tenho uma manchete terrível para vocês nesta manhã: ‘French Fries’“. French¹ frito ou Batatas fritas? Aqui a gente faz do seu jeito!
- Jimmy Glass² (1962?-1987) estava mais preocupado: “Eu podia estar pescando”. Porra, Glass! Você poderia ter dito “Glass will blow up” [Glass/vidro vai estourar].
Ah, e em 1856, o assassino inglês William Palmer hesitou ao subir no patíbulo e saiu da vida com uma ironia involuntária: “Tem certeza que isso é seguro?”
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¹ French realmente queria aparecer. Ele já estava em prisão perpétua quando matou um companheiro de cela. Há quem diga que ele queria se matar, mas como não tinha coragem, matou para ser morto pelo Estado. Ou talvez para fazer o trocadilho infame mais caro da história.
² Glass foi condenado por assassinar um casal após fugir de uma prisão da Louisiana em 1982. Depois de ser condenado à cadeira elétrica, ele ainda tentou recorrer, alegando que a eletrocussão seria inconstitucional por ser uma punição cruel. A Suprema Corte decidiu, por 5 votos a 4, que o método era constitucionalmente válido. Jimmy foi executado após o Governador da Louisiana negar a comutação de pena.