Sob o encanto das metáforas: as metáforas influenciam o pensamento?

Odisseu e as Sirenes (1891), John W. Waterhouse. (...) com sua voz ela encanta, com sua beleza ela priva de razão… (Cornelius a Lapide)

Por: Josie Helen Siman

Metáforas são uma figura de linguagem muito frequente no nosso dia a dia, presente em todos os gêneros textuais (sim, inclusive em artigos científicos de todas as áreas). Sendo assim, não se trata apenas de uma figura retórica ou poética, um ornamento desnecessário dos textos. As metáforas são uma forma de compreender e de dizer sobre o mundo e se manifestam de diversas maneiras: na linguagem (através de expressões linguísticas), em imagens (filmes, quadrinhos, comerciais), em sons, entre outros. A consistência com a qual utilizamos certas metáforas leva cientistas a proporem que elas são mais do que uma mera figura de linguagem, são uma figura do pensamento.

Cotidianamente, nós nos deparamos com diversas metáforas. Quando dizemos “Os preços caíram”, estamos usamos a metáfora MENOS É PARA BAIXO. E quando dizemos “Os linfócitos atacam/destroem/defendem o organismo”, estamos entendendo doenças em termos de guerra. Até mesmo na expressão “ela está em crise” há uma metáfora: estados emocionais (“crise”) são entendidos em termos de contêineres, um espaço delimitado onde você pode entrar, estar dentro ou de onde pode sair: “ela saiu da crise sozinha”. Há em todos esses exemplos mapeamentos entre dois domínios de conhecimento, de forma que, (geralmente) um domínio mais abstrato é entendido através de um mais concreto.

Odisseu e as Sirenes (1891), John W. Waterhouse. (…) com sua voz ela encanta, com sua beleza ela priva de razão… (Cornelius a Lapide)

Desde a publicação da Teoria da Metáfora Conceptual (Lakoff e Johnson, 1980), discutimos a possibilidade de que as metáforas influenciem o pensamento das pessoas. Essa possibilidade parece encontrar respaldo nas recentes pesquisas sobre os efeitos de enquadramento metafórico. Será que você também está sendo influenciado pelas metáforas, essas criaturas mágicas que invadem seu pensamento guiando seu raciocínio e seu comportamento, essas Sirenes da linguagem?

Vamos testar essa hipótese!

Um dos experimentos mais conhecidos sobre efeitos de enquadramentos metafóricos (estudos sobre como as metáforas “moldam” o pensamento), e que vem recebendo destaque na mídia, é o de Thibodeau e Boroditsky (2011).

Os cientistas cognitivos submeteram os participantes de um experimento à leitura de dois textos similares, com apenas a alteração de enquadramentos metafóricos (CRIME É UM PREDADOR e CRIME É UM VÍRUS). Os autores observaram que os participantes que leram o texto em que crime era descrito como um predador, ao serem perguntados sobre o que fazer em relação ao crime, responderam com medidas punitivas para o problema (ex: colocar criminosos atrás das grades), enquanto que aqueles que leram o segundo texto (crime é um vírus) responderam com medidas voltadas para reforma (ex: encontrar o foco do crime e dar palestras para aquela população vulnerável). Os autores concluem, não sem polêmicas, que as metáforas “moldam” o pensamento. Mas, será que moldam mesmo?

Vejamos outro exemplo: Participantes de um experimento foram expostos ou a um texto com metáforas de GUERRA contra o câncer ou a um texto neutro (sem as metáforas). Depois de lerem um desses textos, perguntava-se o que eles pretendiam fazer para lutar contra desenvolver câncer (metafórico) ou para reduzir o risco de desenvolver câncer (neutro). Os participantes expostos à condição com metáforas de GUERRA escolheram (em uma lista oferecida no experimento) mais medidas proativas (ex: comer mais vegetais) do que medidas auto-limitantes (ex: limitar o consumo de carne) para se prevenir contra o câncer, o que é consistente com nossos conhecimentos sobre a GUERRA (isto é, nós tendemos a fazer esforços para lutar contra um inimigo, não a limitar nosso comportamento) (HAUSER; SCHUWARZ, 2014).

Um pouco de teoria…

Algumas premissas da Teoria da Metáfora Conceptual (TMC) apoiam a reivindicação de que as metáforas moldam o pensamento.

Nas origens da teoria, era proposto que, através de uma metáfora, um domínio concreto e estruturado impunha sua estrutura a um outro domínio abstrato, sem estrutura própria, possibilitando desta forma nosso entendimento de algo que sem a metáfora não poderia ser entendido (nem expresso através de palavras). Por exemplo, dizia-se que o domínio concreto e estruturado da JORNADA moldava o domínio sem estrutura, abstrato, do AMOR (“esse relacionamento não vai a lugar nenhum”, “chegamos a um beco sem saída”). Posteriormente, foi proposto que ambos domínios possuíam estruturas (frames) e que as metáforas ligavam as duas estruturas “preservando as relações de semelhanças entre os dois”, de forma que “viajantes” (no domínio da Viagem) era ligado a “amantes” (no domínio do Amor); “veículo” era ligado a “relacionamento”, por exemplo.

Pensando-se nesses termos, era proposto então que as metáforas moldavam nosso entendimento, desta forma nos levando a pensar e agir de maneira consistente com a metáfora (afinal, segundo essa visão, nós mal poderíamos entender certas questões sem as estruturas, organizações e inferências que as metáforas traziam ou possibilitavam).

Além disso, a TMC tentava tratar das metáforas sem recorrer à noção de analogia, que era uma ideia problemática na época, já que se pensava que as analogias “revelavam” uma semelhança implícita e preexistente entre duas coisas. Fugindo do conceito antigo de analogia, uma explicação alternativa era que as metáforas seriam baseadas em correlações entre experiências (metáforas primárias), e essas metáforas se combinariam para formar sistemas metafóricos maiores (cf. GRADY, 1997; JOHNSON, 2008).

Ainda que essa proposta não deixe de contribuir para explicar certas metáforas, o conceito de analogia não deve ser descartado, mas revisado (até porque muitas metáforas, incluindo CRIME É UM PREDADOR, não poderiam fazer parte de um sistema conceptual, além de não serem tão bem explicadas por correlação entre experiências).

Na verdade, as analogias surgem da percepção (mediada pelo corpo e pela cultura) e dos propósitos comunicativos (o que você quer explicar ou dizer, ou você quer fazer rir? Cada objetivo pode levá-lo a escolhas de “veículos” diferentes para a mesmo “tópico” a ser tratado metaforicamente). A semelhança entre as coisas não é “descoberta” pela pessoa; é percebida e “criada”. Mas não de forma completamente arbitrária. É o grau de verossimilhança entre o veículo metafórico e seu alvo que torna uma metáfora apta, e é sua aptidão e utilidade comunicativa que a coloca em circulação entre falantes.

Algumas metáforas, como as primárias, “moldam o pensamento” de certa forma, já que ao aprendermos estas, aprendemos também uma forma convencional (e algumas vezes “única”) de ver o mundo na nossa cultura. As metáforas primárias envolvem experiências mais básicas, como AFEIÇÃO É CALOR (“Recebi um abraço caloroso”, “Ela foi fria comigo”).

Por outro lado, as metáforas complexas são diferentes, veja só: podemos conceptualizar amor como GUERRA, MAGIA, DOENÇA, JOGO, etc. a depender de cada experiência em particular. E também podemos rejeitar todas essas metáforas e ainda falar sobre amor! Imagine uma mãe que diga para a filha adolescente apaixonada que “o amor que vocês sentem um pelo outro é doentil”, você acha que a filha irá querer se curar (“se livrar”) desse amor (um comportamento que demonstraria que ela foi influenciada pela metáfora) ou irá retrucar dizendo que a mãe está absolutamente enganada?

Quando pesquisadores analisam certos problemas culturais, é comum encontrarem uma correlação entre o uso de determinada metáfora e um comportamento ou pensamento das pessoas consistente com a metáfora. Um possível problema analítico seria pensar que as metáforas causaram o pensamento e o comportamento (daí propor que alterar o uso de metáforas teria um impacto sobre o problema social). Há várias palestras sobre isso no TED. No entanto, há outras possibilidades analíticas, como: 1) as condições culturais (valores, ideologias, etc.) levam ao uso de certas metáforas ou 2) as condições culturais e os usos de metáforas se influenciam mutuamente gerando um problema. Sendo assim, não seria o caso de que o uso da metáfora “Alívio dos impostos” pela maldosa direita estaria influenciando a população, levando-a a pensar em impostos como um “fardo” (como afirma Lakoff); pelo contrário, é o fato de muitas pessoas na população (por razões históricas e pessoais) já detestarem pagar impostos que os tornam propensos a julgar a metáfora “Alívio de impostos” como pertinente para o que eles já pensam.

Neste ponto, já temos uma ideia de que a relação entre as metáforas, os indivíduos e a cultura não é trivial. As metáforas não influenciam o pensamento de forma independente dos conhecimentos e crenças das pessoas, mas é possível que haja condições em que certas metáforas complexas possam moldar o pensamento, sendo uma delas aquela em que uma pessoa não tem experiências prévias sobre o tópico ao qual a metáfora remete (e considerando-se que o enunciador da metáfora é confiável). Por exemplo, se um político supostamente confiável disser para a população que a negociação com certo país está sendo uma guerra (NEGOCIAÇÃO É GUERRA), e considerando que essa população não tenha outros meios para obter outras informações sobre esse assunto, é muito possível que tal população acredite que trata-se de uma negociação difícil e cheia de discórdias/confrontos, que esse país em questão seja um inimigo, etc (inferências plausíveis e compatíveis com a metáfora usada).

As metáforas podem ser (em alguns casos) uma fonte de conhecimento analógico: “a essência das metáforas é compreender […] uma coisa em termos de outra”, afirmam Lakoff e Johnson (1980). Gentner e Gentner, em 1983, já tinham um experimento sobre isso. No entanto, o que os novos experimentos sobre efeitos de enquadramento metafórico reivindicam (em alguns casos) não é que as metáforas são úteis para o pensamento analógico, ou que são didáticas ou que transmitem informações. Mas que as metáforas moldam o pensamento das pessoas, mesmo sem elas saberem disso, e levam-nas a pensar e potencialmente a agir de maneiras consistentes com as metáforas. Se este for o caso, as metáforas seriam uma arma na mão de políticos e marqueteiros, que poderiam usá-las para manipular a população.

Neste ponto já podemos fazer uma série de perguntas: Quais metáforas podem influenciar o pensamento? As metáforas influenciam o pensamento de quais pessoas (especialistas? não especialistas?)? E por quanto tempo (até que a pessoa encontre uma nova metáfora? por algumas semanas? para sempre?)? Quem pode influenciar pessoas com metáforas (qualquer um? uma pessoa/entidade socialmente reconhecida?)?

O que pode estar errado no experimento sobre o crime (e outro similares) 

Agora voltemos ao caso dos efeitos de enquadramento metafórico. Há vários potenciais problemas com o experimento em questão (Thibodeau e Boroditsky, 2011). Não é simplesmente o caso de dizer que há um erro nos experimentos, mas sim que há uma discrepância entre o que é feito e as conclusões a que se pode chegar sobre como a cognição funciona.

  1. Primeiro, os participantes não têm nada a perder em relação a que tipo de resposta dão ao teste. Eles podem estar apenas “jogando o jogo” e respondendo de acordo com as poucas informações que o texto oferece, sendo que a principal informação vem da metáfora em questão. Na vida real, eles poderiam pensar: “preciso saber mais sobre esse assunto antes de chegar a qualquer conclusão sobre o que deve ser feito em relação a esse crime em particular”, ou eles poderiam checar se essa descrição metafórica do crime na cidade X é compatível com como eles percebem a realidade do crime naquele lugar.
  2. Pode ser o caso de que em geral poucas pessoas na população tenham uma convicção de que crimes devam ser resolvidos com punições e outras poucas tenham a convicção de que os crimes devam ser resolvidos por medidas preventivas. No geral, pode ser que as pessoas entendam que essa é uma questão complicada e que casos diferentes pedem medidas diferentes. Se os crimes são graves demais e abjetos, coloquem os criminosos atrás das grades; se são crimes “corriqueiros”: palestras sobre prevenção contra o crime. Como os textos dos experimentos não trazem informações específicas sobre o tipo de crime, na falta de informações, as pessoas respondem ao experimento de acordo com as sugestões das metáforas em questão.  
  3. De maneira similar, pense no experimento sobre a prevenção contra o câncer: para além de vários problemas teóricos que poderíamos apontar, há este: quantas vezes que uma pessoa, na vida real, toma sua decisão quanto à prevenção do câncer imediatamente após ter lido um texto sobre câncer com metáforas de guerra (em oposição a esquecer o leu no texto, e ouvir seu médico, seus amigos, seus vizinhos, ou mesmo, a fazer simplesmente o que lhe for mais fácil e conveniente)?

E agora? 

Vamos pensar mais um pouco. Na primeira oração deste artigo, falamos que as metáforas são muito frequentes no dia a dia. Aliás, cotidianamente, nós nos deparamos com metáforas diferentes e que se contradizem entre si. Não é estranho, então, que os experimentos nos digam que as metáforas “moldam” o pensamento das pessoas? Uma afirmação dessas, quando pensamos nos contextos reais das pessoas, não parece um pouco suspeita?

Até agora, podemos afirmar que as pessoas são capazes de partir das metáforas para pensar analogicamente e resolver problemas como aqueles colocados pelos experimentos; elas sabem se pautar nas metáforas para fazer inferências metaforicamente consistentes. E há um indício de que as metáforas possam influenciar o pensamento a depender do contexto e do tipo de tarefa (ex: leitura atenciosa de um texto versus leitura rápida) (ver GIBBS, 2017). Mas, porque o uso da linguagem pode sofrer interferências de uma série outros fenômenos de ordem cognitiva, experimentos que fazem uso de informações complexas (como textos e sentenças semanticamente complexas) tendem a ser menos confiáveis e seus resultados, passíveis de explicações alternativas.

Os experimentos citados aqui são no máximo uma versão “placa de Petri” de como as metáforas funcionam. Ainda precisamos realizar outros experimentos para ter certeza de que as metáforas influenciam o pensamento (e de quais pessoas, por quanto tempo, etc.). É possível que as metáforas cotidianas não influenciem o pensamento de maneira direta (como mostram os experimentos), mas que influenciem de maneira um pouco mais indireta (através de valências negativas ou positivas, por exemplo). Ou, ainda, talvez realmente seja o caso de que as metáforas influenciem o pensamento das pessoas… mas só quando elas não têm conhecimentos nem crenças prévias sobre o assunto tratado pelas metáforas. Delimitar esses efeitos de enquadramentos metafóricos com parcimônia e sofisticação teórica é uma questão para experimentos futuros.

Observações:

1- A TMC não é a única teoria sobre metáforas. Há várias outras. 2- Há quem acredite que as metáforas influenciam o pensamento. Há aqueles que repudiam essa ideia. E há todos os outros tipos possíveis entre os dois extremos. 3- Esta breve introdução ao tema não faz jus a tudo o que já foi discutido, mas alegrem-se, há mais textos por vir!

Leia também: 

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/11/ciencia/1523440058_896528.html

Metaphors

Referências: 

BOWDLE, B. F; GENTNER, D. The career of metaphor. Psychological Review. V. 112. No.1. 2005. P.193-216.

GENTNER, D.; GENTNER, D. Flowing waters and teeming crowds: mental models of electricity. In: Gentner D, Stevens A, editors. Mental Models. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers. 1983.

GIBBS-JR, R. W. Metaphor Wars: Conceptual Metaphors in Human Life. Cambridge: Cambridge University Press. 2017.

GRADY, J. E. Foundations of Meaning: Primary Metaphors and Primary Scenes. Tese (Doutorado em Linguística). University of California, Berkeley. 1997.

HAUSER, D.; SCHWARZ, N.  ‘The war on prevention: Bellicose cancer metaphors hurt (some) prevention intentions,’ Personality and Social Psychology Bulletin.41/1: 2015. P. 66–77.

JONHSON, M. Philosophy’s debt to metaphors. In: (Ed) GIBBS-JR, R. W. The Cambridge Handbook of Metaphor and Thought. Cambridge: Cambridge University Press. 2008. P. 39-52.

LAKOFF, G.; JOHNSON, M. (1980). Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado das Letras, 2002.

THIBODEAU, P.; BORODITSKY, L. Metaphors We Think With: The Role of Metaphor in Reasoning. 2011. Disponível em: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0016782, acesso em agosto de 2018.

3 Comentários

  1. Gostei muito mesmo de seu texto.
    (Parei o que eu estava fazendo para ler)
    Eu me identifico com vc pelo interesse por mentes e cérebros. Vc já leu "o erro de Descartes" e "Espinoza tinha razão" ? Eu acho esses livros interessantíssimos. Agora estou lendo
    "Are we smart enough to know how smart animals are?" que explora cognição animal.
    O autor é convencido que a cognição humana está somente um grau acima da cognição animal, e não de outro nível (ou outra qualidade). Mas ele reconhece q a espécie humana é a única com aptidão linguística...

    Eu acho que o pensamento humano é moldado por metáforas, e que a comunicação de experiências só
    se consegue por analogia com outras experiências, mas o que seu texto faz entender, além disso, é que uma pessoa não consegue impor facilmente uma metáfora a outra pessoa - cada pessoa tem a sua própria vivência e adquire com desconfiança a vivência (a metáfora) que outros lhe propõem.

    Outro texto que lembrei: "A formação do espírito científico" (G. Bachelard) (este está em domínio público). Nele tem um capítulo sobre a metáfora da esponja, que ele diz ter sido um obstáculo ao desenvolvimento científico. Aliás Bachelard afirma que as metáforas em geral são um obstáculo a ciência (se entendi bem, é porque elas
    refletem o bom-senso, e a ciência só progride ultrapassando o bom-senso).

    Desculpe por me permitir falar um monte, mesmo que não seja muito científico.
    Parabéns também pela clareza e fluidez da sua prosa.

    yves

  2. Gostei muito do texto. Vou prestar mais atenção às metáforas utilizadas por autores do século XVI, que eu gosto bastante de estudar. Nunca pensei no papel tão específico delas, seja qual for o alinhamento teórico. Uma das metáforas mais significativas para mim, desde a infância, é a das sereias. Principalmente naquela cena da Odisseia, que ficou inesquecível desde os 9 anos, quando aprendi na escola. É "encantador" imaginar toda aquela cena. Ulisses amarrado "lutando" contra aquelas vozes. Fica claro que ainda há muito o que pesquisar na área.

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