Cientistas querem legalizar drogas para o cérebro.


“Legalize já” é o que clama um grupo de cientistas em uma carta publicada na Nature.
Drogas para melhorar a performance de seu cérebro. Já escrevi sobre isto neste blog ( Doping Cerebral, se o tema lhe interessa, recomendo fortemente que leia também).
(Digo drogas aqui como sinônimo de medicamentos)
Por quê legalizar? Alguns argumentos:
Muita gente já usa.
Os principais são os estimulantes Ritalin (metifenidato) e Adderall (um mix de anfetaminas), e são prescritas para pessoas com hiperatividade e defcit de atenção.
Em pessoas saudáveis, elas aumentam a atenção, foco, e a capacidade de manipulação de informação pela memória. Como 4 a 7% dos alunos das faculdades têm déficit de atenção, essas são as mais presentes nas universidades americanas. E parece que não há efeito colateral importante.
Ajudar o cérebro é coisa que já fazemos
A escrita e a internet são exemplos de artifícios que criamos para compensar e melhorar nossa capacidade mental. Mesmo um professor, simplesmente ao ensinar uma nova maneira de enxergar um problema, está melhorando o desempenho cerebral de seus alunos. Assim, as drogas de desempenho seriam apenas mais um artifício dentre os existentes. Diferente, mas nada muito novo.
Mas não é trapaça?
Usar no vestibular pra melhorar minha nota, não é trapaça? Não porque nada impede nas regras. Isso porque este assunto nunca foi discutido neste tipo de competição, ao contrário do que acontece no esporte. É preciso ajeitar as regras para essas competições intelectuais.
É natural?
Mas afinal, o que na nossa vida cotidiana pode ser considerado “natural”? Casas, carros, celulares, os próprios tratamentos de doenças utilizando remédios não são “naturais”, no senso comum desta palavra. Utilizar lembretes em papel, no celular ou tomando um remédio para memória, todas são formas de ajuda não-natural. Porque então demarcar uma linha arbitrária entre elas?
Podem virar drogas de abuso
Risco de vício e abuso sempre existe. Mas as drogas são julgadas e regulamentadas por seus possíveis riscos para o indivíduo e para a sociedade. Assim, temos desde as mais perigosas, como a heroina, até as relativamente seguras, como cafeina. Os medicamentos para melhora de performance devem ser também regulamentadas segundo sua segurança.
Essas drogas são seguras?
As drogas que já estão no mercado foram testadas em animais e humanos, provando serem seguras para uso médico. Claro que um remédio que ajuda a controlar demência, mesmo que tenha efeitos colaterais, tem beneficios que pesam mais que os efeitos adversos. O que não justifica de imediato o uso por pessoas saudáveis, com o objetivo de melhorar performance.
O efeito no desenvolvimento quando usado por crianças também é uma área que não é abordada nos testes de segurança, mas deve ser considerado e estudado.

Liberdade para não usar
Na escola ou no trabalho, sempre nos é exigido o máximo. Caso o uso de drogas para o estímulo de nossas capacidades seja liberado, teremos a opção de não usá-las? Afinal, empregadores, pais e escolas poderiam exigir o uso das drogas para aumento de performance. No exército já é regulamentada essa exigência, mas fora dele a coisa deve ser muito discutida. Mesmo porque a maior parte da exigência de uso será velada, estimulada silenciosamente pela competição no emprego ou estudo.
É justo usar?
Competições são justas? Pessoas com melhor educação têm maiores vantagens em qualquer concurso. Desnutrição na infância tem um efeito ruim na cognição das pessoas, trazendo desigualdade na capacidade de competir. As drogas seriam apenas um fator a mais neste sistema complexo.
Mas drogas com preços muito altos aumentariam a vantagem, já grande, entre ricos e pobres. Por isso, a liberação teria que vir junto com a igualdade ao acesso destes medicamentos.
Qual seria a política de legalização?
São sugeridas quatro temas principais:
Primeiro estimular a pesquisa. Quanto faz bem; quanto faz mal; estudantes aprenderão mais ou não; etc.
Segundo é criar um mecanismo de participação de organições de profissionais relevantes nas áreas envolvidas, como médicos, psicólogos, biólogos, educadores, recursos humanos. Estas organizações devem ser muito informadas e ter uma linha direta de contato com quem tem interesse em usar qualquer tratramento.
O terceiro seria educar o público sobre o tema. E o quarto o aparato legal para amparar estas políticas.
Essa é a opinião do pesquisadores publicada na Nature.
Minha singela opinião, caso interesse, é que educar o público, organizar a sociedade civil e legislar sobre o assunto, são coisas ainda muito distantes. Assuntos menos complexos e que vêm sendo discutidos a mais tempo ainda não estão nem perto desta utopia. Eu não esperaria nada de concreto por um bom tempo.
Mas devo concordar com a conclusão dos pesquisadores:

“As drogas estimuladoras de performance cognitiva podem ser bem ou mal usadas. Devemos aceitar com prazer novos métodos que melhorem nossa função cerebral.
Em um mundo em que a vida produtiva humana vem aumentando, estes estimuladores vão ser cada vez mais importantes para melhorar a qualidade de vida e melhorar a produtividade, contribuindo também para amenizar o processo natural de declínio cognitivo do envelhecimento.
Claro que seria tolice ignorar os problemas que estas drogas poderiam causar. Mas assim como com outras tecnologias, temos que trabalhar para maximizar os benefícios e minimizar seus problemas.”

Bônus: Como seu cérebro reage a gasolina e fósforo

Veja um novo sequenciamento de DNA funcionando

Inúmeras empresas e pesquisadores estão atrás do sonho de seqüenciar um genoma humano inteiro em poucas horas e por menos de 1000 dólares. Teríamos assim mais uma ferramenta de diagnóstico para a saúde e também uma nova fonte de obtenção de dados, tanto de humanos como de todo reino animal.
Veja neste vídeo como uma destas novas tecnologias de seqüenciamento funciona.

Vi na WIRED

Nova proteína fluorescente. Procuram-se artistas

Brilha brilha proteina
Brilha brilha proteína

Essa idéia de usar uma proteína de água-viva e usá-la para visualizar o que acontece num animal ou numa célula é importante. Senão não ganharia um Nobel como ganhou este ano. Não que a idéia em si vai curar o câncer ou a aids, mas tem facilitado os estudos nessas e muitas outras áreas.E está se desenvolvendo.

Agora tem essa linha nova de proteínas de todas as cores do arco-iris (antes era só verde, vermelho e amarelo), e com um sistema mais sofisticado. Bacana. Dá pra seguir outras proteínas conjugadas a ela pelo animal ou célula. Tem até possibilidades em computação.

Mas tá faltando um artista pra brincar com essa coisinha. Olha a foto que os caras me poem na divulgação dessa tecnologia. Excelente para uma criança de 5 anos.

Qualquer coisa chamem o Eduardo Kac, esse é féra!

Projeto Genoma Pessoal

Prof. Misha doa células para PGP
Prof. Misha doa células para PGP

Ao invés de querer seqüenciar todo o genoma de uma pessoa, que tal simplificar e seqüenciar só os trechos que vão virar realmente proteína? Essa parte representa só 1% do genoma, o que reduz o esforço em muito. Adicione a isto as informações médicas detalhadas sobre a tal pessoa. Faça isso com 100.000 pessoas e disponibilize para todos o mundo as informações. Este é o Projeto Genoma Pessoal (PGP), realizado pela Havard, que tem por objetivo ceder informações sobre a tecnologia de genoma pessoal de forma correta, responsável e efetiva.
Para começar foram recrutados 10 voluntários muito bem informados sobre a tecnologia, como o próprio idealizador do projeto, George Church (aqui num artigo da Wired, o diretor da 23andMe Esther Dyson, o lingüista Steven Pinker e o professor e blogueiro Misha Angrist.
Você também pode se voluntariar no site do projeto. Mas cuidado, afinal seu relato médico vai ficar online para o mundo todo, desde problemas cardíacos até frieiras no pé ou impotência. Afinal é um banco de dados onde vai ficar tudo armazenado e aberto para qualquer um fazer pesquisa. Inclusive alguém pode querer saber se pessoas com impotência têm mais da proteína X ou Y, coisas desse tipo.
O projeto tem como objetivo também seqüenciar o genoma inteiro destas pessoas. O que não vai demorar muito, já que o preço e a velocidade dos seqüenciamentos estão diminuindo vertiginosamente.
Como as pessoas, e o resto do mundo, reagirão tendo suas informações genômicas em mãos? É isto que todos queremos saber. E o PGP vai nos responder.
Vi no Genetic Future
Artigos do MIT Technology Review e do The New York Times
Artigos RNAm sobre o assunto

O caso antraz: suicídio do pesquisador suspeito

Bruce Ivins se alistando na cuz vermelha. Por Frederick News-Post

Lembra o que é “antraz”? Esta bactéria ficou famosa depois das cartas com um pó branco, que era esporo de antraz, foram distribuídas pelo correio americano. Um dos poucos casos de ataque biológico no mundo, este caso, mesmo tendo ocorrido no fim de 2001, quando matou 4 pessoas e deixou outras 17 doentes, ainda não foi solucionado. Mas as investigações não pararam. Tanto que um dos suspeitos, Bruce Ivins acabou se matando no dia 29 de julho.
Se matou pela pressão da acusação sendo inocente ou pela culpa? Segundo a revista WIRED, o FBI estava pegando pesado com a investigação, oferecendo dinheiro para o filho de Ivins e até mesmo mostrando fotos de pessoas infectadas com antraz para a filha, tudo para pressioná-los a achar provas contra seu pai.
O pesquisador Bruce Ivins trabalhava com antraz no departamento de defesa biológica do exército americano. Por 18 anos ele trabalhou em vacinas contra o antraz, inclusive contra a cepa (“raça”) de bactéria encontrada nas cartas.
Agora com o suicídio talvez nunca saibamos se e como ele pode ter se envolvido com os ataques.
E os outros pesquisadores envolvidos em defesa contra o bioterrorismo estão em alerta. Afinal, sempre que algo acontecer envolvendo o tema de sua pesquisa, estes profissionais serão acusados? Por exemplo, neste mesmo caso do antraz, um pesquisador recebeu uma indenisação de U$4,6 milhões do governo por ter sido apontado como suspeito, quando era inocente, e teve sua carreira arruinada pela acusação.
Mas e se realmente ele estava envolvido? Como melhorar o controle das pesquisas? Surgiu uma especulação na época dos ataques que eles podiam ter sido causados por um fanático da defesa anti bioterrorismo para chamar a atenção para este programa de defesa. Se isso for verdade, disse o especialista em biosegurança Gerald Epstein, deixaria a impressão de que as pesquisas de biodefesa seriam uma fraude por serem inúteis, já que a ameaça maior viria de dentro da própria defesa americana.
Fonte: ScienceNOW

Um dedo para o Fantástico

Se você viu a história do Fantástico deste domingo sobre o dedo regenerado, dê um sorriso discreto. Orgulhe-se da pessoa bem informada que você é, pois até já sabe do que vai falar este blog. Será que sabe mesmo?

E se eu disser que é bem possível isso ser balela? E se, não eu, mas o maior caçador de mitos científicos atuais, que realmente disse isso? Você acreditaria?

Pois é. Tudo parece ser, se não uma farsa, pelo menos um exagero tremendo. No blog Bad Science de Ben Goldacre, o tal perseguidor da má ciência, já havia sido denunciado isto dia 3 de maio (note, a reportagem do Fantástico saiu dia 25 de maio). O tal pó de bexiga de porco teria feito o dedo de um senhor se regenerar. Mas analisando as poucas fotos, um especialista em cirurgia de mãos Simon Kay diz que o ferimento não parece ter atingido o osso, nem a raiz da unha como dito da reportagem. E se isto não acontece, é mais que natural e normal a ponta do dedo crescer e ficar como antes. Ao pedido de mais fotos, não houve resposta.

Mas porque a farsa? O cientista que aparece, dr. Badylak diz a Goldacre que a história vazou na mídia antes de ser publicada como artigo científico, e na verdade não há um estudo preparado. No Fantástico, o tal amputado diz que utilizou o tratamento sugerido pelo irmão veterinário, já falecido. O que não se fala é que o falecido irmão é dono de uma empresa de biotecnologia chamada Acell, que produz o tal pó. Marketing ou homenagem póstuma? E porque não as duas?!

Aliás chamam o pó extraído da bexiga do porco de matriz extracelular, como se só lá houvesse tal matriz. TODOS os nossos tecidos possuem matriz extracelular em torno das células. Esse nome é o mais genérico possível.

Mas não critiquemos a pobre da Globo pela mancada. Esta notícia pode ser velha, afinal apareceu em fevereiro de 2007 no Wall Street Journal, MSNBC, e agora aparece novamente na BBC, Fox e ABC. É o famoso telefone sem fio das agências de notícias. O Fantástico acabou caindo nesta armadilha, que já estava mais do que desarmada.

Elementar, e mui caro, Watson.

Olhem só que beleza, temos mais um ser humano com seu genoma sequenciado: James Watson. Pra quem não se lembra ele foi um dos descobridores da estrutura do DNA. Esta descoberta abriu caminho para a manipulação genética, que é a principal atividade da
biologia atual (quer a gente queira ou não). Foi também esta descoberta que possibilitou o Projeto Genoma Humano (PGH), sequenciamento finalizado em 2001. Mas se já sequenciaram o genoma humano, qual a novidade em sequenciar o genoma do Watson só agora? Elementar meu caro. O PGH foi um sequenciamento de amostras de várias pessoas, que geraram um consenso, ou seja, uma sequencia que bate com a maioria. Era uma amostragem. Agora o que se busca é o sequenciamento individual, pessoal e intransferível. É possível, só que há um probleminha que impede esta etapa: o preço. O PGH durou 13 anos e custou 2.7 bilhões de dólares!

Um outro rapaz já teve seu genoma sequenciado. Craig Venter, o dono de uma empresa de biotecnologia que, em paralelo ao PGH, sequenciou o genoma humano, também teve seu DNA soletrado em A-T-C-Gs. Apesar de ter saído bem mais rápido e barato (100 milhões em 4 anos), ainda é um precinho meio proibitivo para os planos de saúde poderem colocar em seus pacotes de vantagens. Mas esse sequenciamento do Watson começa a trazer o sequenciamento pessoal mais para a realidade. Seu custo: 1,5 milhões. Tempo: 4,5 meses. Não é nenhuma bagatela, mas mostra que os avanços técnicos vêm a galope. Existe uma organização que está oferecendo um prêmio de 10milhões de dólares para a empresa privada que conseguir a seguinte façanha: sequenciar 100 genomas humanos (ou seja, 100 pessoas), em 10 dias, ao custo de 10mil dólares por genoma. Daí já daria pra brincar.

Mas veja que situação embaraçosa. Muito foi feito e gasto para se sequenciar o genoma de James Watson. Mas ao juntar e analisar esta informação, para apresentar para o próprio Watson, a conclusão não foi elementar, meu caro. Afinal, poucos são os marcadores genéticos de doenças que são confiáveis. Na verdade nenhum marcador genético pode dar certeza de doença. No máximo uma boa dica. O que é um problema para aqueles investidores em biotecnologia que não entendem nada de biologia. Afinal todo este dinheiro usado até agora foi conseguido pela promessa de resultados que seriam úteis na clínica, ou seja, nos laboratórios de diagnóstico pelo mundo. Só assim haverá um retorno financeiro que pague o gasto tido até agora. Não parece ser o caso, pelo menos não tão cedo.Vamos ver até que ponto o lobby da genômica vai levar esses engravatados no bico.

Links:
Dr Watson’s base pairs
James Watson’s genome sequenced at high speed
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Células-tronco embrionárias: o que acontece na Alemanha.

É sempre bom saber como essas questões são tratadas pelo mundo. Aqui um apanhado da situação das células embrionárias na Alemanha, pela agência de notícia Deutsche Welle

Bundestag (Câmara dos Deputados) autoriza cientistas alemães a trabalhar com linhas de células-tronco embrionárias mais novas e de melhor qualidade. Igreja Católica critica a decisão.

Alguns cientistas e políticos alemães consideram ultrapassada a lei que restringe o uso de células-tronco embrionárias na pesquisa científica, mas opositores de uma reforma da lei temem abuso de embriões humanos. (13.02.2008)

Em um gesto favorável aos pesquisadores alemães, o Conselho Nacional de Ética recomendou a flexibilização das restrições legais para que cientistas do país possam realizar pesquisas com células-tronco. (17.07.2007)

O que é feito da dignidade humana, na era da engenharia genética? É possível saber “demais”? A DW-WORLD conversou com Wolfgang van den Daele, do Conselho de Ética da Alemanha. (09.12.2005)

Deu na Nature: Testes clínicos com células-tronco embrionárias

do original “FDA to vet embryonic stem cells’ safety”, Nature

Testes pré-clínicos são as pesquisas que testam tratamentos em animais, e neste estágio as células-tronco embrionárias já mostram resultados muito promissores. Teste clínico é o que testa humanos, e neste estágio as pesquisas estão paradas no mundo todo por não ter havido ainda uma regulamentação satisfatória no quesito segurança do paciente. O FDA, órgão americano que controla o teste de tratamentos, é a referência para todo o mundo nestas questões, e ele está muito atento aos apelos das terapias com células-tronco.

Um encontro reuniu empresas, investidores e pesquisadores da área para discutir as preocupações do FDA quanto às células tronco. As maiores questões são quanto ao aparecimento de tumores e como detectar possíveis efeitos decorrentes da aplicação das células. Deste encontro não sairão aprovações para testes clínicos, ele apenas deixará mais clara as expectativas do FDA, importante para os investidores em biotecnologia saberem se será viável investir neste tipo de pesquisa.

Deu na Nature: Prontos ou não, lá vêm os testes genéticos.

do original “Ready or not”, Nature

Prontos ou não, os testes genéticos comerciais chegaram pra ficar.Várias empresas já vendem kits que permitem coleta e seqüenciamento de trechos do DNA do cliente para calcular risco de doenças como diabetes, câncer ou Alzheimer. Isto tem levantado preocupações. Afinal, os clientes estão cientes do que significa esse risco? Como manter os clientes atualizados com as novas pesquisas que irão refinar cada vez mais estes cálculos? Quem irá regularizar este novo mercado?

Os clientes potenciais destes testes devem ter conhecimento elevado sobre a biologia envolvida neste processo para poder tirar proveito desta informação, e as empresas devem se comprometer a manter estes clientes informados dos avanços nos estudos genéticos relacionados aos testes. Claro que deverá haver uma regulação, e talvez mínima já seja o sufuciente, como a que é feita hoje em dia em outros testes e exames, como os de ressonância magnética.
Mas este sistema só funcionará se também os pesquisadores desta área estiverem dispostos a tomar parte da responsabilidade desta revolução, agindo quando necessário para evitar abusos e enganos.