Nada de fim do mundo Maia em 2012, ou na virada do século novamente. Nada de Nostradamus ou São Malaquias. Nada de borra de café, tarot ou Oráculo de Delphi. Nada de pólos da Terra se invertendo ou meteoros e planetas assassinos como o Hercólobus. Isso é coisa do passado. O novo futuro é 2019. Aqui o mundo como conhecemos irá acabar.
Em uma revelação feita a mim cheguei a este ano cabalístico. Mas o profeta não sou eu, sou apenas um mensageiro. Os verdadeiros profetas são os gurus científicos de nosso tempo.
Eu apenas percebi os padrões e o significado de suas previsões. Tudo se encaixa perfeitamente. Todos eles prevêem que suas idéias terão aplicação prática para daqui o mesmo tempo: 10 anos!
- O guru criador de vidas – Craig Venter, o paladino solitário da biologia atual, do alto de suas empresas ele vislumbra o futuro da biologia sintética: criar vida e editá-la como bem entender. Com seu cajado, em dez anos fará brotar combustível refinado de algas em biorreatores e que capturam o carbono do ar. Pode ser o fim dos problemas energéticos. Um admirável mundo novo.
- Levanta-te e anda – Miguel Nicolelis, o Antônio Conselheiro de Natal, traz consigo o conhecimento de terras estrangeiras para desenvolver a interação mente-máquina, e assim, permitir que membros paralisados possuam próteses que entendam os comandos do cérebro para se movimentar. É um milagre.
- De 2019 não passarás – Gordon Moore, o verdadeiro profeta. Previu, com boa precisão, toda revolução tecnológica gerada pela computação ao nos dar a Lei. A Lei de Moore diz “a cada ano, a capacidade de processamento do microprocessador – o chip – irá dobrar, e também os preços despencarão. Palavra de Moore”. Dito e feito. Mas o limite chegará em 2019. Moore fez nova previsão: que em dez anos atingir-se-á o limite atômico da miniaturização. Mas nem tudo está perdido, pois poderemos desenvolver maneiras mais otimizadas e criativas de usar os miniprocessadores do futuro.
Pode não ser o fim, e os maias têm que estar errados para passarmos de 2012 e chegarmos lá em 2019. Mas uma coisa é certa: cada vez que damos um passo o mundo sai do lugar, e um novo mundo é o fim do mundo velho.
* Este texto faz parte da Blogagem Coletiva Caça-paraquedista (conheça mais sobre essa iniciativa aqui). Se você entrou aqui pelo Google, seja bem-vindo e aproveite para conhecer um pouco mais sobre o blog e ciência!
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