Divulga Leitura – Poesia e química unidas pela ciência

poesia e quimica

Química e poesia são, aparentemente, ramos opostos da cultura humana, como afirmou o autor Martin Wallau em resenha publicada na revista Química Nova (vol. 37, n. 10, 2014). Porém, ambos podem se complementar e colaborar para uma nova linguagem científica.

Na resenha, o pesquisador refletiu a ideia do vencedor do prêmio Nobel de Química, Roald Hoffmann, e publicada no artigo Sobre poesia & a linguagem de espírito, em que ele lamenta a monotonia nos artigos científicos. Para Hoffmann, “o uso de elementos de estilo literário como coloquialismos ou conversa aberta, nos textos científicos, poderia habilitar o químico a uma comunicação facilitada, sem ser atrapalhada por preconceitos e reservas do público em geral, facilitando assim a aceitação da química na sociedade”.

Na resenha, o autor, químico da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, fez também um paralelo entre os livros As Afinidades Eletivas, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, com o conceito de “atrações eletivas”, do químico sueco Torbern Olof Bergmann.

O romance conta a história de um casal que se apaixona ao mesmo tempo por outras pessoas que eles mesmos haviam convidado para sua casa, gerando um conflito que leva ao caos e a um fim trágico. E o conceito de Bergmann tenta explicar as afinidades como resultado de forças químicas que ele entendeu como atração ao curto alcance influenciado pela forma das substâncias.

Resenha: Química na poesia e poesia na química
Autor: W. Martin Wallau
Revista: Química Nova (Sociedade Brasileira de Química)

Share